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5 fatos que marcaram os 25 anos do tricampeonato de Ayrton Senna na Fórmula 1

24 de outubro de 2016, por Eduardo Molinar
Lifestyle
Ayrton Senna

A temporada de 1991 da maior categoria do automobilismo, a Fórmula 1, teve Ayrton Senna como campeão. Naquele ano, Senna sagrou-se tricampeão mundial e obteve vitórias memoráveis, como a do GP de Interlagos. 25 anos depois, o Universo Retrô listou 5 fatos que marcaram aquele grande ano, aumentaram a aura de herói nacional do brasileiro e que influenciaram na conquista do campeonato.

1 – A conquista de um campeonato, segundo Senna, mais “limpo” que o de 89 e 90

O campeonato de 1989 teve o grande rival de Ayrton, Alain Prost, como campeão mundial. Prost ganhou a taça após jogar o carro em cima do brasileiro e tirar os dois da prova de Suzuka. Com os dois fora da pista, a vantagem na pontuação e a amizade com Jean Marie Ballestre (presidente da Federação Internacional de Automobilismo), Prost levou o título. No ano seguinte, já na primeira curva, Ayrton deu o troco da mesma forma, na mesma pista, quase tirando Prost e ele mesmo da prova, mas que permitiu ele ganhar o título, da mesma forma. Quando venceu em 1991, Ayrton declarou que estava feliz por ter sido uma temporada limpa, “sem política e pessoas fazendo joguinhos”.

Gerhard Berger e Ayrton Senna

Gerhard Berger e Ayrton Senna, clima de descontração nos boxes da Mclaren (Foto: Reprodução)

2 – Antigos rivais se aposentaram e novos rivais surgiram

 1991 marcou a aposentadoria do tricampeão brasileiro da F1 Nelson Piquet. Responsável por performances tão geniais quanto as de Senna, Piquet já era um piloto consagrado quando Ayrton começou a se destacar na categoria. Em 91 Mansell também era um grande nome na Fórmula 1, mas foi nessa temporada em que protagonizou a disputa pelo título com Ayrton. Conhecido pela antonomásia de “O Leão”, o britânico se tornaria campeão mundial em 1992. Outro piloto também marcou 1991 com sua estreia na categoria: Michael Schumacher. O alemão se destacaria nas temporadas de 1993 e 1994, e anos depois se tornaria heptacampeão mundial.

Senna

Senna levanta com dificuldade o troféu em Interlagos (Foto: Reprodução)

3 – Vitória com sofrimento no Brasil consagrou Ayrton (ainda mais) herói nacional

 Desde 1986, quando Nelson Piquet ganhou o GP do Brasil, nenhum brasileiro mais havia vencido em nosso país. O hiato foi quebrado por uma vitória mais do que dramática de Senna. Quando estava na liderança, com Patrese em segundo, o carro de Ayrton começou a apresentar problemas no câmbio, o fazendo perder a quarta marcha.

Com o passar das voltas, o câmbio perdeu as outras e ficou apenas com a sexta marcha, levando Senna a pilotar durante várias voltas com a mão direita segurando o câmbio na marcha restante e a esquerda segurando o volante. Devido ao intenso esforço físico, após cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, Senna teve câimbras pelo corpo e não conseguia nem sair do carro. Teve dificuldade até para levantar o troféu, mas sua luta simbolizou a luta do povo do brasileiro por uma vida mais digna.

4 – 1991 é considerado o ano de maior maturidade automobilística do brasileiro

Desempenhos acima da média Ayrton teve em todas as suas temporadas da Fórmula 1, mas em 1991 isso ficou evidente quando ganhou as quatro primeiras provas do campeonato. Apesar de Mansell recuperar os pontos perdidos e diminuir a vantagem do brasileiro, Senna obteve sete vitórias, oito pole positions e duas melhores voltas. Ao todo obteve 96 pontos. Ele não pontuou em apenas duas corridas.

5 – “Defasagem” da equipe McLaren tornava cada ponto ganho como um ato heroico

A McLaren e a Williams eram as duas grandes equipes da época, mesmo a McLaren sendo considerada conservadora, pois deu aos seus carros um design diferente da maioria das outras equipes e utilizava câmbio manual. A Williams teve uma grande parceria com a Renault e os motores desenvolvidos eram muito potentes, além de utilizar câmbio semi-automático.

Apesar da Williams demonstrar supremacia, a McLaren “acordou” e também desenvolveu uma grande projeto com a Honda e com a Shell, além de ter grandes pilotos como Ayrton Senna e Gerhard Berger. No entanto, esse conservadorismo da McLaren custou caro a ela e aos seus pilotos em 1992, quando Senna afirmou que a Williams possuía um “carro de outro mundo”, tecnologicamente muito à frente das outras equipes.

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