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72 anos do fim do Holocausto, um erro da humanidade para jamais esquecer

4 de fevereiro de 2016, por Jane Galaxie
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Em 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertavam, na Polônia, Auschwitz-Birkenau, o maior dos campos de extermínio criados pelos nazistas. Em 2005, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), reafirmando os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, instituía essa data como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Além de ser uma homenagem às vítimas e sobreviventes dos campos de concentração, é uma oportunidade para promover a lembrança dos horrores perpetrados pela barbárie nazista de modo que esta não mais se repita. Isso significa, em grande parte, rejeitar qualquer tentativa de negar o Holocausto como um evento histórico, incentivar a preservação dos lugares onde esses horrores aconteceram, condenar toda manifestação de intolerância ou incitação de violência baseados em religião ou origem étnica.

É ainda uma oportunidade para tentar entender o Holocausto em si, mesmo que esta seja uma tarefa além da racionalidade humana, dada a proporção do que aconteceu. É o que vários títulos da Editora Unesp abordam direta ou indiretamente. Confira nossas dicas de livros sobre o assunto:

Depois de 1945: Latência como origem do presente

Autor: Ulrich Gumbrecht

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Soldados nazistas durante a era Hitler (Foto: Reprodução)

Muito mais destrutiva do que a Primeira, a Segunda Guerra Mundial teria deixado cicatrizes menos profundas? Sem possiblidade de deixar para trás aquele passado trágico, as gerações nascidas posteriormente à guerra, em especial na Alemanha, teriam se confinado em um estado de latência, frustradas com as promessas não cumpridas de uma refundação do mundo.

Neste livro, Hans Ulrich Gumbrecht refuta a tese de reclusão que as manifestações culturais, principalmente a literatura, das duas décadas seguintes à guerra refletiram e estimularam, repelindo ainda a disseminada crença de que a humanidade nada aprendeu com o Holocausto e de que o mundo apenas repaginou o drama humano enquanto continuou legitimando flagelos, violência, opressão, massacres. Gumbrecht transita em sentido contrário, lançando conjecturas de longo alcance que evidenciam a pujança criativa e a originalidade dos caminhos no pós-guerra.

O Crime Ocidental

Autor: Viviane Forrester

Judeus durante o Holocausto (Foto: Reprodução)

Judeus durante o Holocausto (Foto: Reprodução)

A autora analisa o anti-semitismo deflagrado na II Guerra Mundial, esmiuçando seus agentes, motivos e desdobramentos, como o surgimento do sionismo e a criação do Estado de Israel, dando ênfase aos conflitos árabe-israelenses e ao colonialismo judeu na Palestina.

O tempo da história

Autor: Philippe Aries

Crianças em campo de concentração (Foto: Reprodução)

Crianças em campo de concentração (Foto: Reprodução)

O tempo da história Philippe Ariès (1914-1984) produziu os oito ensaios que compõem esta obra entre 1946 e 1951, sob o impacto da Segunda Guerra Mundial. No livro, ele reflete sobre a História a partir de experiências pessoais, autobiográficas, e analisa as diversas concepções da História então existentes – conservadoras, marxistas, científicas e existenciais.

Os anos de chumbo: Economia e política internacional no entreguerras

Autor: Frederico Mazzucchelli

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Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos EUA como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles.

Os percalços e contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entreguerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas tratados no livro.

Correspondência 1928-1940 Adorno – Benjamin

Autores: Theodor Adorno e Walter Benjamin

Walter Benjamin

Walter Benjamin

As cartas revelam a amizade, a parceria e a afinidade intelectual ímpar que Walter Benjamin e Theodor Adorno cultivaram por quase 20 anos. Único acadêmico que logrou manter um relacionamento verdadeiramente próximo e prolongado com Benjamin, Adorno, que era 11 anos mais jovem, chegou a exercer certa influência sobre sua obra. E foi fortemente influenciado por suas ideias.

A maior parte destas 121 cartas – e também as mais longas – foram escritas por Adorno. São comentários e críticas aos ensaios de Benjamin, dos quais ele foi, provavelmente, o leitor mais arguto. Assim, esta correspondência é de grande importância para a compreensão, em especial, do pensamento benjaminiano.

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