A cultura automobilística é repleta de elementos, objetos e muitas histórias. Os Fuzzy Dices (dados de pelúcia) conferem elegância e charme retrô para qualquer carro, quase um item indispensável para quem curte uma ferrugem (carro antigo).
Quem vê esses dados pendurados no retrovisor, seja em eventos automobilísticos ou pelas ruas, por vezes desconhece a sua história, de onde veio ou o seu significado.
2° Guerra Mundial
Fuzzy Dices, hoje um objetivo decorativo para carros (Foto: Reprodução)
Pelo que se sabe, o conceito de fuzzy dices surgiu através dos aviadores americanos (durante a 2° guerra mundial). Antes de decolarem, colocavam os dados no painel de seus aviões, para dar sorte em seus combates.
A variante mórbida e triste da história é de que o significado dos dados servia de lembrete aos pilotos de que talvez eles não retornariam “the roll of the dice” (os dados já estavam rolando).
Considerando que em meados de 1942, os EUA perdiam em média 170 aeronaves por dia, os pilotos poderiam se considerar ganhadores do jogo voltando para a base vivos.
A vez dos Hot Rods
Desenho com representação de corridas de Hot Rod (Imagem: Reprodução)
Com o fim da 2° guerra mundial, os veteranos retornam para casa, agora eles tinham tempo e dinheiro para fazer coisas que antes não era possível durante a guerra. Da adrenalina perdida na guerra, o conhecimento em mecânica dos veteranos de guerra. Surgiu o gosto pela velocidade, os hot rods e pelas competições de rua. Uma subcultura de rua ilegal começava a surgir em várias cidades americanas.
Dados de Sangue (Foto: Reprodução)
Dados da Morte
Não se sabe quem começou a pendurar os dados no retrovisor, resgatando a superstição dos pilotos.
Logo se tornaram parte dessa cultura alternativa.
Porém agora eles tinham outro significado, quem possuía os dados, significava que estava pronto e disposto a se “cortar com a morte” no mundo perigoso e não regulamentado das corridas de rua.
Novos Tempos
As corridas se tornaram organizadas e esportivas, e essa cultura continuou até meados de 1980. Até o final da década de 80, alguns estados haviam proibido pendurar artigos nos espelhos retrovisores e em questão de estética foi se tornando algo comum e desaparecendo.
Não era mais risco ter os dados pendurados. Uma nova geração descobre os modismos retrô e os dados voltam em suas mais variadas cores. Eles não são mais símbolos de imprudência, mas de nostalgia.
