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Com cenário europeu e enredo envolto na história da arte ‘Inferno’ de Dan Brown estreia nos cinemas

13 de outubro de 2016, por Aline Merkle
Cinema & TV
Inferno, Dan Brown

A adaptação do livro Inferno de Dan Brown, autor de Código Da Vinci, lançado em 2013, chega aos cinemas aqui no Brasil nesta quinta-feira (13). Dirigido por Ron Howard (Código DaVinci e Anjos e Demônios) e roteirizado por David Koepp (Jurassic Park e Missão Impossível), o enredo trás novamente Robert Langdon (Tom Hanks) no centro de uma conspiração para mudar o mundo da maneira como o conhecemos. O protagonista vai precisar usar sua experiência como especialista em simbologia, e sua memoria fotográfica, para resolver o quebra-cabeça da vez.

Encontramos o nosso herói em um hospital em Florença, Itália, sem lembranças de como foi parar ali ou dos dois últimos dias. Os efeitos usados para mostrar a confusão, mal estar e a ansiedade na qual o personagem se encontra são bem trabalhados e misturados a visões perturbadoras que ajudam o público a entender esse desconforto que Langdon está sentindo, o problema é que esse recurso é usado de maneira bastante intensa no inicio e depois simplesmente desaparece como se de uma hora para outra ele tivesse se recuperado totalmente, e por mais que essa recuperação ajudasse a história a fluir pareceu forçado e poderia ter sido feita de maneira gradual.

Inferno, Dan Brown

Um das visões de Langdon (Foto: Divulgação)

O professor dessa vez recebe a ajuda da médica britânica Sienna Brooks (Felicity Jones) que explica seu ferimento na cabeça quando ele acorda no hospital. A dupla, após ser obrigada a fugir do local, vai seguir as pistas deixadas por Bertrand Zobrist (Ben Foster), um homem misterioso aficionado pela obra de Dante Alighieri e que acredita que o aumento da população mundial vai acabar destruindo a humanidade. A partir desse momento o objetivo do casal passa a ser descobrir os planos de Zobriste o motivo do envolvimento de Langdon.

Esteticamente o filme é muito bonito e com locações de tirar o folego. Temos de volta o contato com obras de arte, museus e pontos turísticos clássicos e famosos da Europa, tudo o que estamos acostumados a ver dentro do universo criado pelo autor para o simbologista mais inteligente, e com uma sorte um tanto duvidosa, mas dessa vem muito mais pretensioso. As mudanças em relação ao livro como sempre estão lá e serviram mesmo para deixar a narrativa mais rasa.

A maior falha da adaptação é a falta de profundidade de alguns personagens secundários, que deveriam estar lá para dificultar a vida dos protagonistas, como a Dr. Elizabeth Sinskey (SidseBabettKnudsen) e Christoph Bruder (Omar Sy) que trabalham para a Organização Mundial de Saúde e a falta de explicação sobre o que é a organização, comandada por Harry Sims (Irrfan Khan) contratada por Zobrist e qual a sua função, além de encaminhar um vídeo gravado pelo cliente para mídia.

Christoph Bruder

Omar Sy interpretando Christoph Bruder (Foto: Divulgação)

No trailer, e no inicio do filme, o narrador cita um botão que ao ser pressionado matará metade da humanidade naquele momento, mas se o protagonista resolver ignorar o dispositivo em 100 anos os seres humanos serão extintos, infelizmente essa decisão não precisa ser tomada em momento nenhum do filme, será que os roteiristas esqueceram?

Esta é a 3ª vez que uma obra do autor vai para as telonas, todas elas trazendo Robert Langdon como protagonista. Código Da Vinci (2006) e Anjos e Demônios (2009) também foram dirigidos por Ron Howard e estrelados por Tom Hanks. O Símbolo Perdido, lançado em 2009, é o único livro protagonizado pelo simbologista que não adaptado para o cinema até o momento.

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