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Em brincadeira, site descreve discurso de Obama, admitindo que EUA não é o mesmo desde a morte de Buddy Holly

10 de novembro de 2016, por Leandro Franco
Música

O artigo a seguir é uma tradução e adaptação, em português, da publicação original do site The Onion, uma brincadeira com o discurso de transição entre os presidentes americanos Barack Obama e Donald Trump. Clique aqui, para conferir o artigo original em inglês.

Washington – Dizendo que era o momento certo para entrar em acordo com um difícil e duradouro capítulo na história americana, o presidente Obama admitiu, durante seu discurso de transição, que os Estados Unidos “simplesmente não têm sido o mesmo” desde a morte do legendário músico Buddy Holly.

Depois de iniciar seu discurso pelas diversas realizações políticas e econômicas , um saudoso e visivelmente entristecido Obama bruscamente voltou sua atenção para a morte de Buddy Holly, gastando a maior parte da fala discutindo os mais brilhantes anos do pioneiro do rock”n’roll e sua morte súbita no acidente de avião em 1959, e, repetidamente, afirmando que a América, provavelmente, “nunca iria ver novamente”, tempos tão prósperos como aqueles.

Caros políticos e cidadãos: “No meu mandato, mais americanos encontraram empregos, nosso novo sistema de saúde entregou cobertura para milhões de indivíduos, anteriormente não segurados, e nos aproximou mais do nosso objetivo de independência energética”, disse Obama, depois de pausar e refletir. “Mas, apesar de todas estas realizações, é hora de nós como um país reconhecermos que as coisas simplesmente não têm sido as mesmas – de diversas formas, não têm sido corretas – desde aquele dia escuro de fevereiro, quando a América foi roubada de Buddy Holly”.

buddy holly

The Crickets: Buddy Holly (centro), Jerry Alisson (esquerda) e Joe Mauldin (direita). – Foto: Reprodução

“O que nós perdemos naquele dia foi mais que um músico de rock’n’roll – nós perdemos nossa inocência, nós perdemos nossa juventude, todos nós perdemos um pedaço de nós mesmos,”, completou Obama que continuou, acrescentando que Buddy Holly era uma mistura de talento, visão, e vitalidade juvenil e nunca visto na América antes. “E, claro, tudo isso sem mencionar as mortes de Ritchie Valens e The Big Bopper – mais duas estrelas cujo o desaparecimento deixou nossa nação um pouco mais escura.”

Durante os 75 minutos de discurso, Obama discutiu todos três álbuns de estúdio junto com suas inúmeras gravações lançadas postumamente, notando que a morte do músico mudou para sempre cada aspecto da América, introduzindo muita tristeza no coração da nação até os dias de hoje.

De acordo com o presidente, nenhum avanço na ciência, nem subsídios de pesquisa e desenvolvimento, nem mesmo qualquer aumento no financiamento das artes poderia trazer um ícone tão amado de volta, e nenhum projeto do governo de qualquer tipo poderia se comparar com a simples alegria de testemunhar “alguém como Buddy – alguém tão talentoso, tão cheio de vida – subir ao palco com sua Stratocaster e fazer o que ele fazia de melhor”.

Buddy Holly, Richie Vallens e Big Bopper (Foto: Reprodução)

Buddy Holly, Richie Vallens e Big Bopper (Foto: Reprodução)

“Quando nós falamos sobre Buddy Holly, estamos realmente falando sobre uma estrela com uma vida brilhante que nunca será replicada. Obama disse, notando que artistas como Elvis Presley ou mesmo os Beatles não poderiam nunca curar completamente a nação ou restaurar a pureza da vida americana que existia antes da morte de Holly.

“Vamos encarar: Buddy Holly mudou a América. E eu estou falando sobre muito mais do que músicas como ‘That’ll Be The Day’ . Eu estou falando sobre sua atitude, sua presença – Eu estou falando sobre aquele sentimento que você tem quando ouve música selvagem, desenfreada e abraça a sua garota”.

“Você sabe o que eu quero dizer?”- Obama então acrescentou, olhando para um aceno de aprovação do orador, do vice-Presidente Joe Biden. Ignorando o protocolo, Obama gastou aproximadamente 15 minutos recitando a letra de 1957, de Holly, da música “Everyday”, pausando em alguns momentos para deixar as palavras se aprofundarem, e explicando como a inesquecível música simbolizava um tempo mais esperançoso para a América.

Com certeza, aqueles americanos que estavam vivos durante a vida de Buddy Holly sabem exatamente o que era ser transportado por uma música feita de alguns simples acordes que, mesmo assim, conseguiam transmitir um sentimento de brilho ilimitado, otimismo e esplendor.” disse Obama, olhando para a assembléia reunida.

A trágica realidade é que ninguém jamais experimentará esse sentimento novamente. E não importa que realizações nós alcançamos como uma nação, como um povo unido em um propósito comum, nós nunca poderemos recuperar aquela alegria e pureza perdidas que nós deixamos passar batido.

“Meus camaradas americanos, se nós formos verdadeiramente honestos com nós mesmos, eu acho que todos podemos admitir uma coisa” continuou Obama. Os Estados Unidos pode ser forte, mas ele teria sido centena de vezes mais forte se Buddy Holly ainda estivesse conosco.

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