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Entenda a história de Mad Max: Estrada da Fúria

24 de maio de 2017, por Eduardo Molinar
Cinema & TV
Mad Max

Assim que Mad Max – A Estrada da Fúria, ou Mad Max 4, chegou aos cinemas, causou ótimas e más impressões. Logo que o filme foi anunciado no Facebook surgiram frases como “Mad Max sem Mel Gibson não é Mad Max”. Equivocadamente eu compartilhava desta opinião até ver o primeiro trailer. Para nós, os fãs da franquia, seria a continuação de uma das melhores histórias de ação do cinema; para quem não conhecia o personagem Max Rockatansky, havia uma expectativa grande de como seria a “insanidade” que o longa prometia.

No entanto, as pessoas que não assistiram aos filmes anteriores saíram do cinema confusas e sem entender o porquê da busca pela gasolina e quem havia sido Mad Max antes daquela história. Portanto, esse texto visa esclarecer e explicar os elementos que formaram Mad Max – A Estrada da Fúria.

Max Rockatansky

Interpretado por Mel Gibson nos três primeiros filmes (1979, 1981 e 1985), Max era um policial na Austrália do futuro. A polícia que aparece no primeiro filme equivale à nossa polícia rodoviária, mas com um caráter de gangue e com um efetivo bem reduzido. Max tinha uma esposa e um filho, os quais tem uma morte trágica, o que o influencia a largar tudo para buscar vingança. No quarto filme foi brilhantemente interpretado por Tom Hardy, que colocou seu estilo de atuação sem competir com Gibson e foi fiel ao original.

Mel Gibson como Mad Max

Mel Gibson como Mad Max em 1979 (Foto: Reprodução)

Pós apocalipse desde 1979

Mad Max nunca foi e jamais será um filme convencional. Desde o primeiro filme, ambientado na Austrália “pós apocalíptica”, onde há uma crise grave de combustível e rodovias tomadas por gangues de motoqueiros, a loucura e a insanidade já eram presentes. Um filme com poucos diálogos, muitas cenas de violência e corridas, ângulos de câmera nada hollywoodianos, o Mad Max de 1979 inaugurou um outro tipo de filme de ação.

Assistindo a esse filme você conseguirá entender a verdadeira essência da franquia, como a eterna luta por gasolina, o “culto” aos veículos policiais de perseguição V8 e a insanidade dos personagens. A cada filme, a civilização como conhecemos vai se extinguindo, dando lugar a personagens e locais mais caóticos e excêntricos.

Mad Max

Gangue do filme 2. Excêntricos e insanos, os “aiatolás do rock’n’roll” (Foto: Reprodução)

Carros e motos envenenados

Nos quatro filmes da franquia, os veículos são uma peça importante do longa. No primeiro, os carros eram em sua maioria V8 e envenenados, inclusive os da polícia. As motos também não ficavam atrás. Para o primeiro filme, devido ao baixo orçamento, a Kawasaki doou 23 motos ao diretor George Miller. Todas elas foram destruídas, pois o filme conta com cenas de ação reais. Nenhum efeito visual ou de computação gráfica (que engatinhava na época) foi usado. Até a van do próprio diretor não foi perdoada e foi destruída nas cenas iniciais do primeiro filme.

Mad Max

Max e o grupo de crianças que acreditava que aquela civilização – mundo de “hoje” ainda existia (Foto: Reprodução)

Caos, insanidade e uma nação sem pátria

A história de Mad Max se passa no futuro. Você deve ter notado que todos os personagens têm seu nível de insanidade e existe uma causa para isso. No primeiro filme, a gangue de motoqueiros tinha integrantes bem fora da casinha, que só queriam saber de gasolina, matar e estuprar. Em uma fala de Max, dá a entender que eles ficaram assim por ficar muito tempo nas rodovias; No segundo filme já havia uma pequena vila fortificada que abrigava uma refinadora de gasolina.

Dessa vez, bandidos loucos com moicanos, roupas sado – masoquistas e carros e motos adulterados tentavam tomar a refinaria. O terceiro filme é ainda mais estranho, pois Max é feito prisioneiro em uma cidade que tenta se levantar das cinzas e usa metano como combustível. Logo depois se encontra com um grupo de crianças que o ajudam e, pela primeira vez nos filmes, são mostradas cenas da destruição da antiga civilização. Inclusive alguns cartões postais de Sidney aparecem destruídos.

4 Responses

    1. Tiago Moraes

      Não é esclarecido com precisão a cronologia das sequências. A única informação que é dita é que o primeiro filme se passa “30 anos no futuro”. Então o primeiro filme ocorre em uma Austrália pós-apocalíptica e distópica do ano de 2019. Os filmes seguintes simplesmente ocorrem “anos depois”. O quarto filme ocorre “muitos anos” após o terceiro filme.

  1. Brunno

    No Mad Max 2 – A Caçada Continua (The Road Warrior) 1981, dá pra notar que o Max possui algumas mechas grisalhas, mostrando então que ele envelheceu um pouco após os eventos do primeiro filme onde ele era apenas um jovem patrulheiro e era um momento em que talvez a guerra estivesse acontecendo ou já aconteceu a pouco. Não creio que os eventos do primeiro filme se passe em 2019, talvez em 1999, quase perto do ano 2000, pois no início do filme é anunciado, “A few years from now” (Alguns anos adiante) sem especificar quando o ano certo na Austrália pós-apocalíptica, na minha opinião seria 20 anos a frente do ano de produção do filme, 1979, e não 30 anos. Se fosse 30 anos a frente o ano dos eventos seria 2009 e não 2019. Também creio que os eventos do segundo filme se passe 10 anos após o primeiro e por isso que seria uma boa explicação pelo aparecimento das mechas grisalhas no cabelo de Max mostrando que ele envelheceu.

  2. Pita

    Os fatos da ficção científica de Mad Max apontam para um início da Crise Pré Apocalíptica a partir de 2019. Coincidência ou não estamos vivendo os fatos atuais no mundo…como a Pandemia do COVID 19 e Guerra na Ucrânia…

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