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Festa Junina: Conheça a história da música sertaneja no Brasil

1 de junho de 2016, por Leila Benedetti
Música
Caipiras

A Festa Junina, todo ano, é sempre celebrada com a mesma trilha sonora. Muito se ouve a tradicional música O Sanfoneiro só Tocava Isso ou Festa na Roça, ambas de Tonico e Tinoco, ou atuais sertanejos universitários. Mas já parou para pensar como surgiu esse estilo tão popular? Confira agora a sua história.

A história da música sertaneja

Início

Em 1929, o jornalista Cornélio Pires começou a gravar canções baseadas em contos tradicionais da área rural de São Paulo ou de Minas Gerais. Inicialmente batizado de música caipira, o então novo gênero continha letras que sempre remetiam a vida do homem no interior que, muitas vezes, entrava em conflito com um homem da cidade.

Além disso, as canções também retratavam a paisagem bucólica e romântica do meio rural. Hoje, esse tipo de canção é chamado de sertanejo raiz. Vários artistas conhecidos, mesmo décadas depois, adotam e se destacam nesse tipo de sertanejo, como Tonico e Tinoco e Vieira e Vieirinha.

O romantismo e o surgimento das duplas

Depois da Segunda Guerra Mundial, com o aparecimento de duplas e vários estilos vindos do Paraguai e México, o sertanejo foi se tornando cada vez mais romântico, porém mantendo o caráter autobiográfico. Duplas como Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão e Irmãs Castro foram ganhando destaque.

Já nos anos 70, a dupla Milionário e José Rico modificou um pouco o estilo trazendo elementos tradicionais mexicanos como floreios de violino e trompete que preenchiam os espaços entre uma frase e outra. O cantor Tião Carreiro inovava ainda mais o estilo misturando-o com samba e calango de roda.

O sertanejo como conhecemos hoje

É nessa fase que o sertanejo toma a forma que conhecemos atualmente. A introdução às guitarras elétricas e a popularização da rádio FM nos anos 80 torna o sertanejo mais jovial e comercial. Isso fez com que as duplas famosas da época aparecessem vestidas de acordo com a moda urbana da época e cantassem letras que falavam menos do cenário rural e mais de problemas amorosos.

Febre que se estendeu até os anos 90, o estilo passou a ganhar programas específicos e especiais na televisão, como o Sabadão Sertanejo do SBT e o Amigos da Rede Globo. Foi a partir desses programas que Chitãozinho e Xororó, Leandro e LeonardoZezé de Camargo e Luciano fizeram sucesso.

Entretanto, havia aqueles que eram contra a essa comercialização e urbanização que o sertanejo estava ganhando. A dupla Pena Branca e Xavantinho reapareceu na mídia para lançar versões de hits da MPB em viola caipira, enquanto surgia Almir Sater com seu repertório que mesclava o sertanejo raiz com o blues.

A partir dos anos 2000 surgiu o sertanejo universitário, que segue a linha comercial e jovial, porém com letras que remetem a balada e mulheres (muitas vezes de forma machista). Esse estilo perdura até hoje.

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