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Homenagem a Ray Conniff relembra hits do regente-arranjador de orquestras para bailes

15 de junho de 2016, por Jane Galaxie
Música

Para matar as saudades dos bailes com orquestra, que tal uma viagem no tempo com música, figurinos e luzes no clima dos anos 1960? Sucessos desta época são resgatados em Ray Conniff The Tribute Show, show que homenageia o maestro e arranjador americano com oito cantores e pequena orquestra regida pelo sósia do artista, o músico e ator Sidney Leonel. O show terá única apresentação dia 18 de junho, sábado, 20h30, no Teatro APCD, em São Paulo.

A discografia do homenageado ultrapassa a centena de títulos lançados ao longo de mais de 50 anos de carreira. Ele produziu 25 álbuns que ficaram entre os 40 mais vendidos dos Estados Unidos, abocanhou dez discos de ouro e dois de platina. Da obra vasta, o repertório do tributo selecionou The Phantom of The Ópera (de Andrew Lloyd Webber), Volare (Domenico Modugno e Franco Migliacci) e Granada (de Agustín Lara).

Serão apresentados também os sucessos Besame Mucho (de Consuelo Velázquez), La Mer (de Charles Trenet), Aquellos Ojos Verdes (de Adolfo Utrera e Nilo Menéndez) e Aquarela do Brasil (Ary Barroso) do disco Live In Rio, em homenagem ao Brasil. Ray esteve 12 vezes no país, onde fez sua última apresentação em dezembro de 2001.

No espetáculo, o coro é composto por barítonos, tenores, contraltos e sopranos. O músico e ator Leonel interpreta o maestro conhecido por associar vozes masculinas a trombones, trompas e saxofones baixo e vozes femininas a pistons, clarinetes e saxofones altos.

Ray Conniff (Foto: Reprodução)

Ray Conniff (Foto: Reprodução)

“Com baixo, guitarra, bateria, teclado e metais – sax, trompete e trombone, a sonoridade do espetáculo é igual ao som original. Ensaiamos por 18 meses antes de fazer o primeiro show. Há um ano e meio, nos apresentamos por vários Estados e pelo interior de São Paulo, com o aval da família do músico”, diz Sidney Leonel.

Ray Conniff

Na primavera de 1960, Ray Conniff (1916 – 2002) começou a desenvolver nos concertos o seu estilo musical e estourou. Usou um coro vocal como naipe da orquestra e em vez de tocar instrumentos os vocalistas soltavam sílabas como ba-ba e du-du, que juntas ao som de um ritmo musical contribuíram para o tornar mundialmente conhecido.

Mas o músico da franja linear e branca (que já exibia nos anos 1960) não foi desde o começo o sinônimo dos “pá pá rás” que viraram sua marca registrada. Ele tocou trombone para uma série de orquestras. Em Nova Iorque trabalhou como trombonista-arranjador de Bunny Berrigan. Em 1939 começou a trabalhar com Bob Crosby e os Bobcats. Um ano depois foi contratado por Artie Shaw.

Após essas experiências, começou a fazer arranjos para o serviço de rádio das Forças Armadas dos EUA, onde ficou até 1946. A grande oportunidade surgiu no começo da década de 1950 quando conheceu Mitch Miller, da Columbia Records. Na gravadora, fez arranjos e orquestração para outros músicos e seu desempenho incentivou a Columbia a lançar um álbum de sua autoria, S Wonderful, que ficou na lista dos discos de maior sucesso por nove meses em 1956.

SERVIÇO
Ray Conniff The Tribute Show
Única apresentação – 18 de junho, sábado, 20h30
Teatro APCD. Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana (próximo ao metrô Tietê)
Ingressos: R$ 100 (inteira), R$ 50 (meia) e R$ 40 (sócios e funcionários APCD/ABCD)

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