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Quem são as pessoas que curtem a cultura vintage e retrô?

7 de novembro de 2016, por Daise Alves
Lifestyle
Casal Retrô

É perceptível que o fenômeno da cultura retrô tem crescido e ganhado novos adeptos. O conceito ganha espaço tanto no âmbito alternativo (com bandas old school, pequenas marcas retrô, bares temáticos, entre outros), quanto na grande mídia, quando somos impactados por novelas inspiradas no passado, pelos clipes das cantoras pops com referência às pin-ups, nos cinemas com a produção de remakes, nos editoriais de moda das revistas e até nas pautas jornalísticas em programas de TV.

Algumas pessoas se identificam mais, outras menos, mas, de alguma maneira, elas sempre têm alguma conexão com o passado, seja no interesse pela música ou pela moda, até nos gostos por objetos antigos. Não há alguém que não tenha boas recordações quando vê algo “antiguinho”. Mas, quem são essas pessoas? Como podemos identificá-las?

Podemos dizer que há 4 grupos de pessoas que se identificam com a cultura retrô de formas distintas, são elas:

O público primário

Nesse grupo encontram-se pessoas que levam o vintage como estilo de vida. São os apaixonados pelas décadas passadas, que tentam resgatar, principalmente a moda, música, decoração, cinema e tudo que cerca os famosos “anos dourados”, aplicando-os em seu dia a dia. Essas pessoas fazem uma grande imersão sobre a década que mais amam e passam a consumir esse conteúdo transformando em conhecimento para a sua rotina.

Nele, encontramos principalmente os considerados rockers e pin-ups, que resgatam principalmente o lifestyle dos anos 50, a década mais em voga entre o público primário. Entre os que gostam de resgatar verdadeiramente outras décadas, há também os mods, que fazem um revival dos anos 60; os hippies, que resgatam a cultura dos anos 70 e as subculturas rock dos anos 80.

Pin-Ups e Rockers

Pin-Ups e Rockers, conhecidos como o público primário que têm o estilo de vida retrô (Foto: Reprodução)

Os fãs aspiracionais 

Aqui estão as pessoas com alto poder aquisitivo. Elas não necessariamente “se caracterizam” no estilos das décadas anteriores, mas buscam a exclusividade por meio de produtos que só eles terão, mas que, de certa maneira, estão atrelados ao passado.

Entre eles, podemos citar os colecionadores de carros e motos antigas e compradores de objetos de luxo encontrados em antiquários. Eles têm um estilo de vida mais sofisticado, enxergam valor sentimental e histórico no produto adquirido e gostam de se sentir únicos em relação as peças que consomem.

Poder aquisitivo retrô

O grupo aspiracional se interesse por produtos exclusivos com algum valor histórico ou carga sentimental (Foto: Reprodução)

Modernos ou Cults 

Esses são os famosos “formadores-de-opinião”, consideram o vintage cool e querem acompanhar a tendência do vintage, aplicando como um diferencial no seu estilo de vida. Eles são cult, estão sempre antenados nas novidades do mainstream e alternativas, gostam de objetos com aspectos vintage, como vinis e bicicletas old school, mas não dispensam a boa e velha tecnologia, fazendo uma mescla entre o passado e o presente.

Hipster Retrô

Os modernos fazem uma mescla entre o passado e o presente (Foto: Reprodução)

Curiosos ou Nostálgicos

Parte desse público nasceu entre os anos 80 e 90 e têm uma relação afetiva com o passado. Gostam de reviver coisas que realmente fizeram parte da sua infância, resgatando as lembranças de desenhos e filmes que assistiam quando criança, os brinquedos e materiais escolares que usavam, os docinhos que comiam… lembrando sempre como uma “fase gostosa e única da vida”, que com certeza não volta mais .

Diferente dos 3 grupos anteriores, eles não enxergam no passado um estilo de vida, mas se sentem atraídos e se tornam curiosos quando são impactados por alguma notícia relacionada a esse universo da nostalgia.

Público Nostálgico

Felipe Castanhari do canal ‘Nostalgia’ | Fã em exposição do Chaves | Cinthya Raquel, que interpretava a Biba do Castelo Rá-Tim-Bum (Foto: Reprodução)

Observando esses quatro grupos, podemos afirmar que os aspectos da cultura retrô são bem amplos. Há diferentes públicos, que olham para o passado de formas diferentes, mas que podem concordar em uma questão: enxergam no passado o tempo em que muitas coisas eram melhores, mesmo que isso possa não ser uma verdade absoluta.

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5 Responses

  1. As décadas passadas são muito amadas por essa geração e não sabemos até quando isso vai durar, mas tomara que dure por muito, muito tempo mesmo. Digo isso porque agente não vê muito as pessoas seguindo padrões dos século 17,18 ou 19. Por exemplo. eu nasci em 1981 e sigo esse impacto dos anos 80 e 90, e sim adoro pessoas com esse perfil nostálgico e acredito que enquanto as pessoas dessa geração continuar seguindo essa explosão, esse impacto que foi os anos 60,70,80 e 90, mas infelizmente vamos ficar velhos e as gerações vão mudar. Então o negócio é aproveitar até o quanto puder, pois a geração que nasce agora daqui uns 40 anos vão querer estar revivendo os dias de hoje. Por isso, meu ponto de vista é estar revivendo juntos dos amigos nostálgicos esses momentos fantásticos.

  2. Jacqueline

    Creio que essa nostalgia,vem do fato de não vermos muitas pessoas interessantes na nossa época.
    Não sou do tipo que acredita que tudo era melhor antigamente.Há sempre costumes que mudam,para melhor e para pior.
    Devemos sempre ter o olhar crítico,para o passado(que é mais fácil) e para o presente(o que é mais complicado).
    O distanciamento histórico nos ajuda a aprendermos com o passado,para que os erros não se repitam.
    O que tenho saudade é da efervescência cultural dos anos 90 e da MTV,que ajudou na minha formação cultural.Queria ser um pouco mais velha,para ter aproveitado os anos 80 e 90,mas não fico triste em ter nascido em meados dos anos 80,pois sou uma geração privilegiada:sou da transição do mundo analógico para digital.

  3. Anderson

    Curiosos ou Nostálgicos: me encaixo neese perfil.
    Decadas de 60, 70, 80 e 90, minhas preferidas.
    Tenho everedado muito por esse caminho, gostaria de +++ indicações de canais, Instagram’s, páginas aliás tudo que possa relacionar ao passado.

  4. Celso

    Des de criança nunca me identifiquei com munha geração, tenho dificuldade em socializar pois não consigo me identificar em nada atual, tenho muita afinidade com os anos 40/50 até final dos anos 60, gosto dos carros, roupas, músicas. Nunca encontrei alguém que gostasse do mesmo estilo que eu, a não ser minha esposa que aprendeu a gostar da época.
    Apesar de não ser espírita, acredito sim que tive alguma ligação especificamente com os anos 50.

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