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10 coisas que revolucionaram a moda e o comportamento nos anos de 1950

11 de março de 2016, por Daise Alves
Lifestyle

Nos anos 50 houveram muitas mudanças para a história da moda. Tudo estava mudando muito rápido, o surgimento da TV e sua função como entretenimento e aprendizado, mas também responsável pela  diminuição das salas de cinema, fechamento de clubes e salões de dança e desaparecimento de algumas estações de rádio.

Uma geração mais nova começa a ganhar a “voz da juventude”; divas de Hollywood passam a ser veneradas; bonecas se popularizam; movimentos começaram a surgir… Tudo isso cria uma nova indústria, uma nova maneira de pensar e agir e alguns desses coisas revolucionaram a moda e o comportamento nos anos de 1950. Confira:

Meias de náillon

Nos anos de guerra de 1940 houve muita escassez de produtos e as pessoas foram incentivadas a economizar nas roupas, reciclando tudo que pudesse. As meias de náilon, muito utilizada pelas mulheres naquela época, deixaram de ser fabricadas, pois a matéria-prima era mais essencial para a fabricação de paraquedas e barracas. Com o fim da guerra, a produção das meias voltaram para o mercado nos anos 50 e era uma peça tão cobiçada que foram estabelecidas quantidades limitadas para a compra.

Meia de Nailon

Meias de Náilon (Foto: Reprodução)

Biquíni

Apesar de ter sido criado nos anos 40, sendo proclamado como “a invenção mais importante desde a bomba atômica”, na época, foi só em 1953, quando Brigitte Bardot com seus 19, foi fotografada usando um biquíni em uma praia no sul da França. Foi só depois de Bardot ter sido fotografada usando a peça, que o biquíni tornou-se um desejo de consumo comercial, tornando-se a roupa mais arrojada do início da década de 50.

Brigitte

Brigitte no dia em que popularizou o biquíni (Foto: Reprodução)

Jeans

Nascido no Mississippi, o jeans era o traje dos trabalhadores rurais. Também muito usado pelos caubóis no Velho Oeste. Na Califórnia, era uma peça muita usada pelos famosos “rebeldes”, assim como no filme “O Selvagem”. Em Nova York, o jeans era uma paixão dos intelectuais da contracultura. Mas foi Eddie Cochrane que levou a peça para o rock and roll. Entretanto, o glamour do jeans surgiu quando Marilyn Monroe foi vista usando uma calça Levi’s e uma jaqueta Lee modelo Storm Rider, no set de “Os desajustados” (1961).

Marilyn

Marilyn no dia em que usou a jaqueta jeans no set de Os desajustados, 1961 (Foto: Reprodução)

Adolescentes

A prosperidade econômica pós-guerra fez nascer os jovens consumistas que viviam com o conforto da modernidade. Eles se tornaram libertários e com o poder de escolha passaram a ditar a moda e atrair a indústria e a mídia, tornando-se também a primeira geração de jovens  tinha sua própria cultura musical, dando poder ao crescimento do rock and roll.

Jovens se divertindo nos anos 50

Jovens se divertindo nos anos 50 (Foto: Reprodução)

Estilo beatnik

A geração beat foi precursora do movimento hippie. Esses jovens buscavam se desconectar da sociedade e rejeitavam os seu valores. O estilo era definido como “boêmio francês, intelectual inglês e vagabundo americano”. Adoravam jazz e poesia e foram imortalizados na tela por meio da personagem de Audrey Hepburn no filme “Cinderela em Paris”, de 1957, em que a personagem vestia roupas que definia o estilo.

Figurino beatnik de Audrey Hepburn no filme "Cinderela em Paris"

Figurino beatnik de Audrey Hepburn no filme “Cinderela em Paris”, 1957 (Foto: Reprodução)

Jet set

Nos anos 50, os serviços aéreos era algo praticamente voltado para os ricos. Entre eles, pessoas com agendas importantes com compromissos em lugares finos, elegantes e sofisticados. Era algo bem glamoroso, composta por socialites que queriam mesmo é se divertir, sem medo de paparazzi.

Típico vôo nos anos 50

Aeromoça servindo um casal na American Airlines nos anos 50 (Photo by Underwood Archives/Getty Images)

Rock and Roll

Como citado acima, os jovens passaram a ter liberdade de escolha, principalmente em relação a música, na época, o rock era o estilo musical dominante que os cativou, dando a eles uma identidade. Esses eram jovens provocadores, que intimidavam a sociedade conservadora do pós-guerra. Os garotos usavam topetes, jeans e jaquetas de couro. As garotas saida rodada com saiotes de náilon, blusa com decote redondo, cardigã, suéter e camisa com manga três-quartos, além de lencinhos no pescoço.

Marlon Brando e James Dean

Marlon Brando e James Dean representando os jovens rebeldes dos anos 50 (Foto: Reprodução)

Cinta

Enquanto nos dias de hoje a cultura fitness está aí para definir o corpo das mulheres, nos anos 50 elas estavam em busca de conquistar a silhueta perfeita, e para ter a cinturinha dos sonhos a cinta era item obrigatório.

Cinta usada nos anos 50

Cinta usada nos anos 50 (Foto: Reprodução)

Barbie

A Barbie era a representação de tudo o que uma mulher desejava ser nos anos de 1950: glamorosa, famosa, rica, popular, pernas compridas, cintura fina, seios voluptuosos, pele limpa e cílios longos. Ela era considerada um ideal de beleza. A boneca lançada na Feira Americana de Brinquedos de Nova York de 1959, seu sucesso foi instantâneo. As primeiras 351 mil bonecas foram vendidas por US$ 3 cada.

Barbie em seu primeiro comercial, 1959

Barbie em seu primeiro comercial, 1959 (Foto: Reprodução)

Mulheres no mercado de trabalho

Com o fim de Segunda Guerra Mundial e os homens voltado ao mercado, começaram a propagar a ideia de que as mulheres que estavam trabalhando durante a guerra precisam voltar a cuidar da casa, da família e filhos, já que estavam tudo normalizado e já não era mais preciso o apoio delas nas fábricas. Ser uma boa e bela mulher era o que todas as mulheres deveriam ser. Entretanto, muitas preferiram continuar para ter sua independência financeira.

Depois do fim da 2º Guerra, mulheres continuaram trabalhando

Mulheres trabalhando em um computador dos anos 50 (Foto: Reprodução)

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5 Responses

  1. Andressa

    Olá Daise, gostei muito da matéria!! Gostaria de saber a referência das coisas que você escreveu pois estou precisando de fontes confiáveis pra um trabalho acadêmico. Muito obrigada desde já!

    1. Oi Andressa, fico feliz que tenha gostado. A fonte que usei foi um livro de moda publicado pela Folha. “50 ícones que inspiraram a moda de 1950” da Paula Reed. Eles fizeram uma coleção com várias décadas. Espero que tenha ajudado. Beijos

  2. Daniel Soares

    Oi Daise, parabéns pelo artigo. Vou mostrar a minha amiga Josi Ruas, formada em Imagem Pessoal e é personal Stylist. O que acha sobre o caso por exemplo do sumiço das meias de nylon ser justificado pela força da obsolênscia programada? Sucesso!

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