Não é só as musas da década de 1950, citadas em 2016 pelo Universo Retrô, que fizeram história. As mulheres também tiveram o seu destaque na década de 1960, época em que o feminismo foi radicalizado, substituindo a luta pelo sufrágio e a independência masculina, ambos já conquistados, por outras que envolvem a saúde preventiva, métodos contraceptivos, igualdade de gênero, modo de se vestir e de cortar o cabelo e várias outras questões.
Para isso listamos dez ícones femininas dos anos 60 que, seja na arte, moda ou política, deixaram (e algumas delas ainda deixam) sua marca na história e, ao mesmo tempo, mantiveram o seu glamour, confira:
1 – Elisabeth Taylor: A atriz anglo-americana nascida na Inglaterra começou sua carreira como mirim nos anos 40, mas seu auge mesmo foi nos anos 50 e principalmente no início dos anos 60 ao ser a primeira atriz a assinar um contrato milionário para estrelar o filme Cleópatra, de 1963. Nas décadas posteriores, Taylor continuou fazendo sucesso como atriz e ainda foi uma das primeiras celebridades a participar do ativismo contra a AIDS, liderando campanhas de prevenção e criando fundações.
2 – Edie Sedgwick: A socialite, modelo e atriz americana foi uma das musas de Andy Warhol, atuando em vários de seus filmes. Nascida em uma família rica e tradicional, Sedgwick se rebelou contra os padrões do meio onde ela vivia e se tornou a primeira socialite a escandalizar na mídia, gastando todo o seu dinheiro em sexo, drogas, roupas e rock’n roll. Ela também foi a primeira a ser nomeada de it girl pela revista Vogue, por criar tendências na moda apenas andando pela cidade.
3 – Twiggy: A modelo britânica foi uma das figuras que revolucionou a moda nos anos 60, incentivando as meninas daquela geração a cortarem mais os seus cabelos e adotar um estilo um pouco mais “moleca”. Sua icônica maquiagem nos olhos, com pequenos traços de delineador na região da pálpebra inferior, é copiada até hoje.
4 – Nico: Ela começou como modelo aos 14 anos, depois foi para o cinema alternativo e terminou no meio musical como vocalista da banda Velvet Underground até perceber que sua verdadeira função na banda era ser a “musa com rostinho bonito” de um grupo formado inteiramente por homens, sem nenhum poder criativo e de decisão sobre a banda. A cantora ganhou mais autonomia e mais reconhecimento ao atingir a carreira solo.
5 – Catherine Deneuve: A atriz sex symbol de A Bela da Tarde (1967), assim como Elisabeth Taylor, participa no ativismo contra a AIDS e contra o câncer, apesar de curiosamente ser fumante há anos e manifestar contra a proibição de fumar em locais públicos.
6 – Jackie Kennedy: A 37ª Primeira Dama dos Estados Unidos uniu a sua elegância com a vida política. Durante o governo do presidente Kennedy, Jackie participou ativamente nas decisões do marido e inclusive fez algumas mudanças na Casa Branca, desde a decoração do local até o menu dos jantares realizados ocasionalmente.
7 – Mary Quant: A estilista britânica revolucionou o mundo da moda e o comportamento dos jovens com a mini saia e os hot pants, sem contar que transformou o cabelo estilo Beatles em um corte unissex. Empreendedora desde nova, Quant, ao lado do marido, abriu a famosa loja Bazaar, em Londres, que ganhou 150 filiais pela Inglaterra em poucos anos. Hoje, aos 85 anos, ela é dona de uma coleção de cosméticos e acessórios.
8 – Jane Birkin: A cantora britânica fez sucesso ao lado de Serge Gainsbourg em 1969 com a música Je t’aime…moi non plus, que provocou um escândalo e foi banida das rádios de diversos países por conta de seu tom erótico, inclusive no Brasil que passava pela ditadura militar.
9 – Janis Joplin: A Rainha do Rock Psicodélico já quebrava padrões na adolescência, antes de começar a sua carreira como cantora. De família tradicional, conservadora e religiosa, Joplin cresceu ouvindo blues escondida de seus pais, nomes como Billie Holiday, Aretha Franklin e Etta James se tornaram influências para ela. A cantora passou por várias questões sociais que são pautas até hoje, como o bullying sofrido no colégio, sua bissexualidade, o aborto clandestino, depressão e o uso desenfreado de drogas e álcool.
10 – Yoko Ono: Ela não só é artista plástica como também é cantora, compositora e cineasta. Apesar de ter grande mérito pelas suas obras, sejam elas visuais ou musicais, muitos comentam, em tom misógino e xenofóbico, que ela aproveitou de seu casamento com John Lennon para conseguir fama, além de que ela foi a responsável pela separação dos Beatles. Mas ela permanece de cabeça erguida e não se deixa abalar pelos comentários.