Revistas em quadrinhos, refrigerantes, eletrodomésticos, alimentos enlatados ou mitos cinematográficos. Estes e outros elementos tão cotidianos são representados pela Pop Art de uma maneira totalmente original, em contraposto à arte da época: o Expressionismo.
A Pop Art ou Arte Popular nasceu na década de 50 e explodiu nos anos 60, sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra. As obras tinham como objetivo retratar de maneira criativa e ácida os traços de uma sociedade consumista. Questionava-se também, a ideia de que uma obra precisava ser original e única para ser chamada de arte, por isso, começa-se a representar imagens repetidas de um mesmo objeto.
As cores saturadas, as formas nitidamente delineadas e a supressão do espaço profundo caracterizam esteticamente a arte popular dos anos de 1950.
Os artistas do movimento pop criticavam a cultura de massa recorrendo às imagens mais divulgadas na época – aquilo que estava explodindo como notícia – sendo facilmente reconhecidas e veiculadas por diferentes mídias e já saturadas. A finalidade era ”coisificar”, transformar a imagem em produto, a ponto de perder a sua individualização, a preferência, a originalidade; transformando-se em apenas mais um.
Principais Artistas
Andrew Warhol (1928 – 1987): Foi um dos mais importantes ícones da Arte Popular americana. Suas obras continham conceitos de publicidade; uso da técnica da serigrafia; focava em objetos de consumo e temas do cotidiano. Reproduziu vários retratos seriados de personalidades da época, como: Marilyn Monroe, Che Guevara e Elvis Presley.
O artista também transformou a sopa Campbells em arte.
Roy Fox Lichtenstein (1923 – 1997): Pintor estadunidense também do período da Pop Art. Procurou valorizar em suas obras os clichês das histórias em quadrinhos e também fazia críticas à cultura de massa.
O legado da Pop Art
Até os dias de hoje, essa linguagem gráfica influencia publicitários e artistas. Desde propagandas, quadrinhos , cartuns e até o grafitismo se referenciam na Pop Art. A moda também se “vestiu” do movimento pop. Yves Saint Laurent foi o primeiro estilista a estourar com a tendência na sua coleção de Outono/Inverno 1966/1967, quando lançou o vestido Mondrian.
Nos últimos anos, a tendência foi novamente inspiração para grandes grifes como Prada, Kenzo, Prabal Gurung, Phillip Lim, Valentino, Cèline, Tom Ford, Christopher Kane e Fendi.
A tendência também influenciou decorações de ambientes, móveis, objetos e acessórios.
A sopa que se tornou quadro. O quadro que se tornou estampa de vestido. A crítica que se tornou arte. A revolucionária Pop Art dos anos 50, não foi um legado apenas para os saudosos, mas atravessou gerações até se tornar símbolo novamente de contemporaneidade.