Ao passar os olhos por um catálogo de sapatos femininos da década de 1930, você poderá ter a surpreendente impressão de que já viu aquilo tudo antes, nas ruas, nas vitrines ou até mesmo no seu guardarroupa. Os sapatos dos anos 1930 têm ares muito atuais até para quem não costuma mergulhar no universo Art Déco através de filmes, séries e livros.
Dentro de casa, e somente ali, sapatos sem salto eram permitidos. Em todas as outras atividades, trabalho, prática de esporte, festas, compras, estudos, as mulheres usavam sapatos de salto, de altura variável e formato em geral quadrado.
A consolidação da indústria dos calçados permitiu maior experimentação com adornos, estampas e perfurações nos sapatos. Ao longo da década, a fivela tão popular nos anos 20 foi aos poucos sendo abandonada, e o peito do pé poderia tanto ficar livre quanto ser totalmente coberto.
Com um salto menor, os Oxfords passaram a ser usados também por mulheres, em especial quando jogavam tênis ou golfe. Cores contrastantes entraram na moda, em especial branco e preto e branco e marrom.
Não podemos nos esquecer de que os anos 1930 também começaram com a Grande Depressão nos Estados Unidos e todos os países, de um jeito ou de outro, enfrentando as consequências da crise de 1929. Foi, então, a primeira vez que economia e moda convergiram, e surgiu o sapato personalizável: dois em um, o sapato vinha com uma ou mais “franjas” que podiam ser colocadas e desafixadas de acordo com a vontade da dona.
Pense agora em um sapato com amarração na perna. Mas pense nele com um bico redondo, fechado, e você terá os sapatos com Ghillie Laces, a febre tropical da década.
O cinema continuava ditando moda da cabeça aos pés, ainda mais com o fortalecimento do star system Hollywoodiano. A dupla Ginger Rogers e Fred Astaire, ambos com sapatos bicolores, era um grande destaque. É possível ver também sapatos de bico redondo e salto médio nos pés das moças dos filmes pre-Codes, aqueles com mais malícia feitos antes do código de censura de 1934.
Hollywood também ditava a moda masculina. Dois dos maiores influenciadores da época foram Clark Gable, o rei de Hollywood, e o excêntrico produtor Howard Hughes. O estilo dandy de Hughes era o que mais refletia na moda dos calçados. Os sapatos sociais masculinos dos anos 1930 não eram muito diferentes dos da década anterior, mas como novidade foram introduzidos mocassins de couro para descanso e passeio.
Mais de 80 anos nos separam da década de 1930, mas basta olhar bem para o passado, e para a moda, para perceber que os anos pós-Depressão e pré-Segunda Guerra estão mais presentes no nosso cotidiano – e nos nossos pés – do que imaginamos.
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