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Festa Odara comemora 50 anos da Tropicália levando Edy Star ao Cine Joia

9 de janeiro de 2017, por Jane Galaxie
Eventos
Tropicalia

Em 2017, o movimento tropicalista complete 50 anos. Tudo começa em 1967, no Festival da Record, quando Caetano Veloso apresenta sua canção Alegria, Alegria e Gilbeto Gil, ao lado dos Mutantes, Domingo no Parque. Daí em diante, a música popular brasileira nunca mais foi a mesma.

A Festa Odara, que traz no nome a canção homônima de Caetano Veloso e na essência as ideias tropicalistas, vai comemorar durante todo o ano de 2017 os 50 anos da Tropicália. A festa, que sempre teve como objetivo apresentar músicos e bandas com novos trabalhos, promove a primeira edição do ano no Cine Joia.

Festa Odara

(Foto: Divulgação)

Nesta próxima edição, a festa chama ao palco o artista baiano Edy Star (acompanhado de sua banda Os Kurandeiros). Edy foi, ao lado dos Secos & Molhados, o “ponta-de-lança” da versão brasileira do glam rock de David Bowie, Marc Bolan, Elton John e Freddie Mercury. “Todo mundo dizia que era rock glam, mas eu nunca me considerei rocker glam. Eu era cabareteiro, sempre fui cabaré”, relativiza a pecha recebida por conta das plumas, paetês, purpurinas, lantejoulas e saltos plataforma de 1974.

Edy Star

Edy Star (Foto: Reprodução)

Naquele ano Edy gravou pela Som Livre (gravadora da Rede Globo) seu único disco solo, …Sweet Edy…, que contou com canções feitas especialmente para ele por grandes nomes como Roberto e Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Mautner, Moraes Moreira e Luiz Galvão. O disco é considerado por muitos como pioneiro na militância gay – bandeira que Edy rejeita.

O primeiro artista a revelar a sua homossexualidade dentre os artistas do Brasil da década de 70, Edy fez um disco cheio de duplo sentido, principalmente na faixa Bem Entendido, em que os compositores Renato Piau e Sérgio Natureza captam o espírito de cabaré e vaudeville que consagrou Edy Star na noite carioca, quando fazia shows nos inferninhos da Praça Mauá e nas boates descoladas de Ipanema.

Mas ainda antes, em 1971, Edy Star integrou um quarteto-relâmpago de experimentalismo tropicalista, que gravou o antológico disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, ao lado de Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada. Dos quatro, apenas Edy resta vivo.

Desde que voltou para o Brasil, depois de 18 anos na Europa trabalhando num cabaré na Espanha, Edy tem participado de muitas homenagens a Raul Seixas e levado seu show para grandes palcos, como na Virada Cultural, SESC, além de participar de Festivais de Rock, e shows de amigos, como Zeca Baleiro.

É com esse espírito de cabaré, de brilhos, plumas e paetês que Edy Star sobe ao palco da Festa Odara para apresentar um repertório musical que ele chama de brega-chic-tropicalista, com rocks dos anos 50/60, músicas românticas à la Reginaldo Rossi e, é claro, com uma homenagem a seu amigo e parceiro musical Raul Seixas. Revisitar as canções do passado, misturar o cult com o pop, o ditto mau gosto com o bom gosto, como Edy fazem seu show, está na essência do ideal tropicalista de Caetano e Gil.

A discotecagem da noite fica com os DJs Rubens Ca e Rodrigo Faria, misturando grandes clássicos com as novidades da nossa música popular brasileira.

festa Odara

Energia em uma das edições da festa Odara (Foto: Reprodução)

SERVIÇO:

FESTA ODARA
13 de janeiro – sexta – 23h
Com show de Edy Star
DJs: Rubens Ca e Rodrigo Faria

Ingressos:
1º lote – R$20 (+taxa) – ESGOTADO
2º lote – R$30 (+taxa) – À VENDA
(Link venda: goo.gl/e5FZzh)
Porta – R$50
Vendas:
Livepass – http://www.livepass.com.br/event/festa-odara/
Bilheteria do Cine Joia – horários de funcionamento abaixo

Cine Joia:
Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SP
Horário da bilheteria: segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 14h e das 15h às 18h, e durante o final de semana, a bilheteria só abre em dia de show, 1h antes da abertura oficial da casa.
Chapelaria: R$ 5,00 (gratuita para clientes Elo)
Possui área de fumantes e acesso a deficientes

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