Há quem afirme que Elvis não morreu. No entanto, 40 anos se passaram desde que o Rei do Rock disse seu último adeus. Em 16 de agosto de 1977, o mundo se despedia de um dos maiores artistas de todos os tempos. Cantor de voz única, com 61 álbuns lançados, e ator de dezenas de sucessos cinematográficos, Elvis Presley continua sendo sinônimo de sucesso até hoje.
Em 20 anos de carreira, o artista não cansou de se reinventar. Do nascimento do rockabilly e rock ‘n roll, nos anos 1950 e 1960, à fase gospel e country nos anos 1970, Elvis inspirou (e ainda inspira) algumas das maiores lendas do rock, além de embalar gerações. Suas músicas foram relançadas inúmeras vezes e até hoje ele é um dos artistas mais lucrativos do mundo.
Nos 40 anos de sua morte, estima-se que mais de 50 mil pessoas comparecerão a Graceland, residência oficial de Elvis Presley, para prestar uma homenagem ao cantor. Como o Universo Retrô não poderia ficar de fora dos tributos, lançamos o desafio aos fãs de Elvis em nossa equipe, em que cada um teria que escolher sua música favorita do Rei e contar o porquê da escolha. Vamos ver quais canções entraram para a lista?
Daise Alves – Jailhouse Rock
“Jailhouse Rock é uma das músicas de Elvis que mais me marcou. Eu já conhecia a canção, mas não havia assistido a nenhum filme do Rei. Então, entrei em uma maratona assistindo alguns filmes seguidos, entre eles, estava Jailhouse Rock. Lembrei que já havia visto a cena clássica do filme e consegui fazer uma associação melhor com todo o longa. Esse foi o terceiro filme do Rei e ficou notável a melhora na atuação, em relação aos primeiros filmes, sem contar a personalidade do personagem anti-herói que consegue cativar o público. A cena da dança também é praticamente um vídeoclipe. Acredito que a música me marcou muito por conta do filme”.
Zahrah Violet – Bridge Over Troubled Water
“Fica difícil falar sobre a interpretação de Elvis para essa canção, sem me emocionar. Devo tê-la ouvido pela primeira vez ainda bebê; essa é uma das músicas que sempre estiveram na minha vida. A versão do Rei possui uma densidade que dá um sentido maior a ela. Talvez eu o ame tanto exatamente porque vejo o próprio Elvis como essa ponte sobre águas turbulentas, em tantas vezes que seus discos me fizeram companhia. Também me lembra a minha avó, e aquilo que eu gostaria de ser para as pessoas que estão próximas de mim”.
Leticia Hammes – A Little Less Conversation
“A música A Little Less Conversation nos passa uma energia extraordinária. É impossível ficar indiferente ao incrível apelo sexy do Rei nesta canção. A música pertence ao álbum “Almost in Love” e foi trilha do filme Live a little love a little (1968), onde Elvis canta ao redor de uma piscina cheia de personagens interessantes. Aquele tipo de canção que, ao ouvir, você se transporta para um universo maravilhoso”.
Rosiane Cremasco – King Creole
“Dentre todas as belas canções de Elvis Presley, a que mais me marcou foi uma bem divertida, King Creole. Não pela letra ou significado em si, pois na época em que a ouvi pela primeira vez tinha 5 ou 6 anos. Meu pai tinha um compacto brasileiro, onde king Creole era a segunda música de um dos lados. Me recordo de ouvir “It’s Now or Never” sentada no chão, aguardando a segunda faixa começar. Seu ritmo era diferente, com backing vocals contagiantes, me causava euforia e me fazia rodopiar pela sala. Anos mais tarde em aulas de inglês da escola, descobri que a canção, traduzida como “Rei Crioulo”, se refere aos grandes e talentosos músicos negros de blues e rock’n roll, e de como seu ritmo era poderoso e respeitado, mesmo em tempos de segregação. Foi também a canção título de um de seus filmes, em 1958”.
Felipe Lima – Big Boss Man
“Esta música é apenas uma entre as várias em que Elvis consegue empregar uma energia muito contagiante. Com um tom marcante e acompanhado pela gaita, o som traduz sua essência, principalmente, a influência e importância que a música negra teve em sua vida. Gravada por Jimmy Reed em 1960, a música ganhou um toque de Rhythm & Blues (vertente que particularmente sou fã assumido) na versão de Presley, uma de suas últimas obras primas com uma pegada inconfundível”.
Vanessa Rodrigues – Sylvia
“Sylvia é uma canção escrita por Geoff Stephens e Les Reed. A música fez parte do disco “Elvis Now”, lançado em 1972. O que me faz gostar tanto dela é o fato de ser uma das músicas que o meu pai adora cantar. Ele é um grande fã de Elvis e me deu, como herança, a apreciação pelo trabalho deste maravilhoso artista que nos deixou há 40 anos”.
Jacqueline Plensack Viana – If I Can Dream
“O vocal poderoso de Elvis aliado à mensagem pacifista da letra (que cita trechos de discursos de Martin Luther King Jr., assassinado dois meses antes do lançamento da canção) fazem de If I Can Dream a minha música favorita do Rei. Reza a lenda que, após ouvir a música pela primeira vez, o próprio Elvis teria dito que nunca mais cantaria uma música na qual eu não acreditasse. Foi a primeira vez em que ouvi alguém cantar com convicção – e sua mensagem continua forte e atual diante do cenário de intolerância política e social que o mundo vive no momento.
Joanatan Richard – Blue Suede Shoes
“Blue Suede Shoes foi a primeira música do primeiro disco de vinil de Elvis que comprei no final dos anos 1980. Aquele som mexeu comigo, aquela guitarra de Scotty Moore e o jeito frenético que Elvis gravou e todo o conjunto, a sonoridade crua, me fizeram pensar, ‘é isso que eu quero fazer um dia, um som desse jeito’. E hoje, meu som, com certeza, tem muitas referências do Rei”.
Gardênia Soares – Return to Sender
“Escolher uma música favorita de Elvis é uma tarefa difícil. Posso afirmar que sou fã de todas elas, amo cada fase e cada momento do Rei, um artista verdadeiramente completo em todos os quesitos. Mas, “Return to Sender” tem um lugarzinho especial no meu coração. A letra é bem interessante, conta sobre um rapaz, que envia cartas após uma discussão com a namorada, a sonoridade é cativante, impossível não ficar cantarolando. A música é do filme Girls! Girls! Girls!, de 1962. Me marcou bastante pelo cenário Navy, temática na qual sou fã!”.
Leandro Franco – Are you lonesome tonight?
“Minha música preferida de Elvis é “Are you lonesome tonight?”, gravada em 1960. Essa canção entrou, em 2007, para o hall da fama do Grammy. Talvez eu goste por ter toda aquela atmosfera romântica dos anos 1950. Elvis era um dos poucos que cantavam sobre o amor, sem se parecer cafona. Exceto a fase “Elvis 70”, que não sou muito fã”.
Eduardo Molinar – Promised Land
“Eu estava assistindo ao filme Homens de Preto com meu pai na TV, quando conheci Elvis Presley. Tinha apenas 8 anos e, na cena do túnel, onde Will Smith pergunta pergunta a Tommy Lee Jones: ‘Você sabe que Elvis morreu, não sabe?’ e ele responde: ‘Não, Elvis não morreu, só foi pra casa’. A música e o nome ELVIS ficou gravado em minha mente; era algo novo pra mim e diferente de qualquer coisa que tinha ouvido. Então, após a cena, perguntei a meu pai de quem era aquela música e ele disse: ‘É do Elvis’. Aí pronto! Estava dado o meu primeiro passo no rock and roll. Tudo graças a meu pai e Elvis Presley, meus dois grandes ídolos!”
Wagnão – Baby Let’s Play House
“Desde que me conheço por gente eu conheço Elvis Presley, mas de fato fui me interessar por ele na adolescência, mas, até então, para mim ele era sinônimo de música fofa e simpática; até ouvir “Baby Let’s Play House”, aquilo foi uma porrada na minha cabeça, me fazendo, assim, criar um novo olhar sobre o Rei e sua obra. Essa música, na verdade, foi gravada originalmente em 1954 por Arthur Gunter, pelo selo Excello, e a releitura de Elvis aconteceu no dia 11 de fevereiro de 1955, pela Sun Records, que deu uma roupagem toda nova a essa ótima canção; roupagem essa que podemos chamar de rockabilly music”.
Leila Benedetti – C’mon Everybody
“Minha música, com certeza, é C’mon Everybody, que fez parte da trilha sonora do filme “Viva Las Vegas” (1964). Escolhi essa porque lembra minha época de colégio, chegava às 13h e sempre assistia a esse filme enquanto almoçava; foi aí que passei a gostar de Elvis Presley”.
Mirella Fonzar – Memories
“Apesar de amar o rockabilly de Elvis Presley, da época da Sun Records, foi o lado ‘cafona’ que me fez conhecer mais sobre esse artista que, com certeza, mudou a minha vida. Escolhi ‘Memories’ por ser uma canção que marcou uma fase minha de transição e descobertas. Com uma letra profunda, um vocal doce e muito pouco lembrada, ela faz parte do melhor show do Rei, na minha opinião, ‘Elvis’ Comeback Special’, um especial da NBC em que o Rei aparece vestido todo de couro, num retorno triunfal. Pra mim, ali ele estava em seu auge; mais maduro, mais seguro e mais completo como artista. Além do mais, lindo de viver!”.
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