No último sábado, 9, aconteceu em Ribeirão Preto, interior de SP, o já tradicional festival da cidade, João Rock. O evento, que nasceu em 2012, acontece desde então com o objetivo de enaltecer e fortalecer a cena do rock nacional. Trazendo sempre bandas com grande trajetória musical e abrindo as portas para as novas gerações, essa edição não poderia ser diferente.
Com 3 palcos, o festival contou com o Palco Fortalecendo a Cena, que trouxe bandas como Kilotones, Sinara, Froid, Dônica, Rael e Convidados e Francisco El Mombre. O mix de bandas no palco mostrou que o rock se reinventa a cada dia e se aproxima cada vez mais de gêneros como o reggae e o rap e mantém forte a sua conexão com a música brasileira.
Houve também o Palco Brasil, que enalteceu os 50 anos de Tropicália com músicos que representaram o movimento como Os Mutantes, Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso, com projetos que envolvem seus filhos e amigos, como Refavela 40 e Ofertório, respectivamente.
E claro, no Palco Principal, que por questões lojísticas foi divido em 2 para não atrasar os shows – uma ótima sacada do evento -, contou com bandas já tradicionais do rock nacional. O que podemos perceber, e que, assim como o Palco Brasil que homenageou um movimento forte no país, o Palco João Rock contou com bandas que tiveram seu auge nos anos 1990 e 2000.
Com exceção de Napkin, de Joinville (SC), banda que venceu o concurso promovido pelo festival e que abriu os shows do palco principal, o line up foi composto por Raimundos (1987), que trouxe seus clássicos para o evento; Skank (1991), que conseguiu agitar toda a galera; Gabriel, o Pensador (1992), que convidou alguns artistas para o palco, entre eles Mariana Nolasco, mostrando integração com a nova geração; Planet Hemp (1992), com Marcelo D2 e BNegão, com toda uma sinergia no palco; a banda pernambucana Cordel do Fogo Encantando (1994) e Natiruts (1996).
Já na linha dos anos 2000, quem ganhou espaço foi Criolo (2004), com Dandan que deu muito peso ao show e Supercombo (2007), trazendo um rock mais alternativo.
O destaque vai para a cantora Pitty, que explodiu em 2003 com o álbum Admirável Chip Novo, e que mostra estar sempre atualizada e se tenta sempre se reeinventar. Esse foi sua volta oficial aos palcos após a maternidade. A cantora aproveitou para mostrar seu mais recente trabalho Contramão, um feat com a cantora de rap Tassia Reis e Emmily Barreto (vocalista da banda Far From Alaska). As cantoras ainda fizeram versões de músicas de cantoras pops, como Beyoncé, que foram muito bem aceitas pelo público.
O festival ainda contou com o palco Redbull que trouxe outros novos artistas da música e ativações de marcas como Fini, MCD, Jack Daniel’s, entre outras.
Apesar da época fria o evento teve uma ótima tarde quente com direito a um lindo por do sol e que se estendeu para uma noite agradável e com muita energia. Para os amantes do rock nacional, o evento é uma ótima oportunidade para ver bandas que marcaram o ápice do rock nacional e reviver canções clássicas das nossas rádios e se encontrar em novos sons.