O mundo da moda recorre cada dia mais ao glamour dos anos 60: o charme dos vestidos tubinho e muita máscara nos cílios fascinam fashionistas do mundo todo. A França, como a mais poderosa capital da moda, lançou tendências com suas divas pop da época. Inspire-se nas divas francesas para compor o perfeito visual sessentinha!
Brigitte Bardot – Ícone atemporal de beleza: em sua época, levou homens e mulheres ao delírio, e hoje, mais de 40 anos após sua retirada do universo do entretenimento, continua a ser venerada como a paixão dos fashionistas. Brigitte não coleciona prêmios no cinema, porém, em termos estéticos, jamais houve mulher como ela: BB introduziu frescor à moda, com seus diastemas (dentes separados) e bronzeado natural. Popularizou o biquíni e lançou as sapatilhas. Sinônimo de luxo e glamour, os altos penteados enfeitados por tiaras e faixas são referências nas passarelas e nas ruas.
Anna Karina – A dinamarquesa Anna Karina fez fama em terras francesas como a musa do diretor Jean-Luc Godard (com quem foi casada), e tornou-se a principal atriz da Nouvelle Vague (movimento cinematográfico de diretores independentes, que contestava o cinema comercial), protagonizando clássicos ‘cult’ como Vivre Sa Vie e Pierrot Le Fou. Foi homenageada por Serge Gainsbourg no musical para a televisão ANNA, de 1967. Anna é também lembrada por seus grandes olhos verdes delineados, e por seus looks e penteados icônicos: caminhando entre a meninice e a sensualidade, com laços, saias, pulôveres, cardigãs, sapatilhas, plumas, meias-calças e trenchcoats, e recorrendo a acessórios como chapéus para o arremate de suas composições, chiques e divertidas.
Jean Seberg – Americana, apareceu pela primeira vez nas telonas no papel-título de Joana D’Arc (filme de Otto Preminger), em 1957. Mudou-se para a França, e protagonizou, ao lado de Jean-Paul Belmondo, o primeiro longa-metragem de Godard, O Acossado (À Bout de Souffle), em 1960. Com visual andrógeno, Jean Seberg é precursora dos cabelos curtíssimos (ou, como conhecemos, o corte “joãozinho”). A bela abusava de listras e combinava camisas a peças de cintura alta.
Jane Birkin – Ela foi musa de diretores independentes. Em fins dos anos 1960 e começo de 70, ela e Serge Gainsbourg formavam o casal mais ousado de que já se ouvira falar: exploravam as sexualidades alternativas e causavam horror aos puritanos. JB fez sua estreia no cinema em BlowUp, de Michelangelo Antonioni, em uma das primeiras cenas de nu frontal da história do cinema. Os looks despojados exaltavam a sensualidade e silhueta magérrima: cestinhas em lugar de bolsas, minissaias, calças Saint-Tropez e transparências.
Françoise Hardy – Uma das mais queridas cantoras francesas: surgiu ao público aos dezessete anos, e emplacou, em 1962, o maior sucesso de sua carreira, a canção Tousles garçons etlesfilles. Françoise mantinha relações próximas com artistas de diversos segmentos, e Mick Jagger disse a imprensa, certa vez, que ela era “a mulher ideal”. Suas roupas possuem as características da moda sessentista/setentista. A francesinha, uma das principais lançadoras da tendência do delineador gatinho, jamais perdeu a essência de garota tímida e charmosa.
Chantal Goya – A atriz e cantora, nasceu em Saigon, Vietnã. Mudou-se com a família para Paris aos 4 anos. É mais conhecida por sua interpretação de Madeleine, namorada de Jean-Pierre Léaud no filme de 1966 Masculin Féminin, de Godard. Chantal vestia-se de maneira semelhante às cantoras de iê-iê-iê de seu tempo, com vestidos tubinho e conjuntinhos monocromáticos.
France Gall – Ícone teen na França dos anos 1960. Tornou-se popular no Reino Unido ao interpretar composições de Serge Gainsbourg. Em seus figurinos, adotava cores, e sua moda fez fama entre as adolescentes.
Com essas inspirações, agora ficou fácil fazer um visual mais sessentinha.