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Mulheres dos anos 30: 10 nomes que marcaram a década

8 de março de 2022, por Leila Benedetti
Lifestyle
Mulheres dos anos 30

Os anos 20 foram prósperos e “loucos” até chegar a crise de 1929, vinda de uma queda na Bolsa de Valores de Nova York. Milionários perderam suas fortunas de um dia para o outro, várias empresas faliram, milhões se tornaram desempregados e, consequentemente, não houve mais tanta boemia como antes e tampouco ousadia na forma de se vestir, apesar de reforçarem a elegância, porém em equilíbrio com a economia. Mas os anos 30 também nos trouxe coisas boas, como a Era de Ouro de Hollywood e mais mulheres que fizeram história, confira dez delas:

1 – Martha Graham

A bailarina e coreógrafa americana revolucionou a história da dança moderna. Ainda, sua influência no ramo é frequentemente comparada à influência de Picasso na pintura, ou de Frank Lloyd na arquitetura, ou de Stravinsky na música. Ela também foi quem fundou a Martha Graham Dance Company, uma das mais antigas e conceituadas companhias de dança dos Estados Unidos. Além disso, foi professora de grandes bailarinos e coreógrafos de gerações futuras, como Alvin Ailey e Twyla Tharp, a primeira dançarina a se apresentar na Casa Branca e a virar embaixadora cultural do país.  

Martha Graham
(Martha Graham revolucionou a história da dança moderna. | Foto: Reprodução)

2 – Maria Montessori

A educadora, médica e pedagoga italiana se tornou conhecida por desenvolver um método educativo muito usado até hoje por escolas públicas e privadas ao redor do mundo, o Método Montessori. Além disso, ela era uma alta defensora da liberdade, atividade e estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças, alegando que a liberdade e a disciplina não podem ser conquistadas uma sem a outra. Lembra do tal Material Dourado, que sua professora do fundamental apresentou para você e seus colegas nas aulas de matemática? Foi ela quem criou. 

Maria Montessouri
(Maria Montessouri e o Material Dourado. | Foto: Reprodução)

3 – Babe Didrikson

A atleta americana, que se chamava Mildred, recebeu o apelido “Babe” ainda criança por ser constantemente comparada ao jogador Babe Ruth pela sua habilidade em bater a bola de beisebol mais longe que qualquer outra pessoa de sua cidade. Já na fase adulta, ela focou seus dotes esportivos nas Olimpíadas de 1932, em Los Angeles. Lá, ela conquistou duas medalhas de ouro e marcou dois recordes mundiais, um para o arremesso de dardo e outro para a corrida de 80 metros com barreiras. Após os Jogos, ainda na década de 30, ela continuou seu sucesso como atleta se dedicando ao golfe. 

Babe Didrikson
(Babe Didrikson se consagrou nas Olimpíadas de 1932. | Foto: Reprodução)

4 – Frances Perkins

A socióloga e política americana serviu como Secretária do Trabalho dos Estados Unidos entre 1933 e 1945 e se tornou a primeira pessoa a permanecer por mais tempo nessa posição em toda a história do país. Além disso, ela estabeleceu benefícios para desempregados, aposentadoria para idosos, melhoria do funcionamento do Estado Social e criou leis a respeito do salário mínimo, da jornada de trabalho e suas horas extras, assim como as que proíbem o trabalho infantil e as que reduzem os acidentes de trabalho.

Frances Perkins
(Frances foi quem estabeleceu importantes e atuais leis trabalhistas para os Estados Unidos. | Foto: Reprodução)

5 – Mary McLeod Bethune 

Além de educadora, a americana também era filantropa e ativista dos direitos civis dos Estados Unidos. Ainda, ela abriu uma escola particular para afro-americanos na Flórida e ficou conhecida como “A Primeira-Dama da Luta”, por conta de seu compromisso em obter uma vida melhor para os negros do país. Com a ajuda de outros filantropos, ela também conseguiu transformar sua escola em uma faculdade, que, mais tarde, se tornou a Universidade Bethune-Cookman. Ela também foi conselheira do então presidente Franklin D. Roosevelt e formou o “gabinete negro” no governo. 

Mary McLeod Bethune
(A educadora e filantropa fundou uma escola particular para afro-americanos, que, posteriormente, se tornou uma universidade. | Foto: Robert Abbott Sengstacke/Getty Images)

6 – Amelia Earhart

A americana foi a primeira mulher aviadora da história. Ela quebrou vários recordes, escreveu livros sobre suas experiências com voo e inspirou várias outras moças que desejavam pilotar. Seu maior (apesar de trágico) momento foi sua tentativa de dar a volta ao mundo em 1937, porém ela desapareceu no meio do Oceano Pacífico. Amelia foi declarada morta dois anos depois e até hoje muitos especulam sobre seu desaparecimento.  

Amelia Earhart
(Amelia foi a primeira mulher a pilotar um avião da história e inspirou futuras aviadoras. | Foto: Reprodução)

7 – Wallis Simpson

A socialite americana se tornou Duquesa de Windsor após se casar com o Duque Edward VIII, que antes reinava o Reino Unido e abdicou do trono por ela. Esse casamento gerou uma polêmica entre a família real britânica pelo fato de ela ser uma americana com dois ex-maridos ainda vivos, além de ter começado seu romance com Edward ainda casada. Sua história na realeza é muito comparada com a de Meghan Markle nos dias de hoje. 

Wallis Simpson
(Seu casamento com o Duque de Windsor causou polêmica na família real britânica. | Foto: John Rawlings)

8 – Soong May-Ling

Ela era uma pintora e figura política chinesa, além de, mais tarde, nos anos 40, ser a primeira-dama da República da China. Ativa na vida cívica de seu país, Soong ocupou vários cargos honorários, entre eles o de presidente da Universidade Católica Fu Jen. Em 1937, ela e seu marido, o Generalíssimo e presidente Chiang Kai-Shek, foram nomeados como “O Homem e a Mulher do ano” pela revista Time. 

Soong May-Ling
(Soong ao lado do marido. | Foto: Reprodução)

9 – Frida Kahlo

A pintora mexicana é uma das fortes influências do feminismo atual e da comunidade LGBTQ+. Seus destaques eram seus retratos, autorretratos e pinturas inspiradas na natureza e elementos mexicanos, que levantavam questões de identidade, gênero, classe e raça na sociedade de seu país, além de apresentar traços autobiográficos que misturavam a realidade com a fantasia. Muito além de seu tempo, ela era bissexual, as vezes se vestia com trajes masculinos e seu casamento com o artista Diego Rivera era aberto. 

Frida Kahlo
(Hoje, Frida é uma das grandes referências no feminismo e na comunidade LGBTQ+. | Foto: Reprodução)

10 – Billie Holiday 

A cantora e compositora autodidata americana é considerada pelos críticos de música uma das maiores e melhores cantoras de jazz da história, ao lado de outros grandes nomes como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Dinah Washington. De origem pobre, ela e sua mãe estavam ameaçadas de despejo por falta de pagamento e, portanto, ela passou a trabalhar como garota de programa. Cansada desse cargo sofrível, ela migrou para a música graças a um pianista de um bar, que a colocou para cantar em um palco e a garantiu um emprego fixo no estabelecimento.  

Billie Holiday
(Billie era uma das maiores cantoras de jazz da história, ao lado de Ella Fitzgerald. | Foto: Reprodução)

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