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Ainda Estou Aqui: 5 curiosidades sobre o filme que rendeu um Globo de Ouro à Fernanda Torres

23 de janeiro de 2025, por Leila Benedetti
Cinema & TV
Ainda Estou Aqui

Foto da capa: Alile Dara Onawale/Divulgação

A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro como Melhor Atriz pelo filme Ainda Estou Aqui continua dando o que falar não apenas nas redes sociais, como também na mídia no geral. Com isso, o filme de Walter Salles atraiu ainda mais a atenção do público, e sabe quando você se sente tão atraído por um filme e resolve pesquisar bem a fundo sobre ele, principalmente sobre seus bastidores? Nós do UR apostamos que muitos devem estar passando por isso neste exato momento e, portanto, vamos ajudar a saciar algumas curiosidades. 

Mas, antes, é bom dar uma pincelada na sinopse. Ainda Estou Aqui é uma adaptação cinematográfica do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva, de 2015, e conta a história de Eunice (Fernanda Torres), uma mulher casada com o político Rubens Paiva (Selton Mello) que vê sua vida mudar completamente com o exílio e desaparecimento de seu marido durante a Ditadura Militar. Sem mais delongas, vamos às curiosidades sobre o filme, confira. 

5 curiosidades sobre o filme Ainda Estou Aqui

1 – Não são apenas negócios!

Ainda Estou Aqui não é apenas mais um filme para o currículo de Walter Salles, mas, sim, um certo valor afetivo por parte do diretor, que é amigo pessoal da família de Marcelo Rubens Paiva desde a adolescência. A adaptação para o cinema foi meio que uma homenagem à obra e à família do autor, visto que o livro é baseado na sua história real. 

Marcelo Rubens Paiva, Fernanda Montenegro, Walter Salles e Selton Mello.
Marcelo Rubens Paiva, Fernanda Montenegro, Walter Salles e Selton Mello representando o filme no Festival de Veneza. | Foto: Alberto Pizzoli/AFP)

2 – Do Globo ao Oscar

A Academia Brasileira de Cinema cotou Ainda Estou Aqui para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, sendo o primeiro brasileiro a ter chances de concorrer a estatueta desde 2008. Além disso, o filme também visa outras categorias, como a de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Principal. 

Fernanda Torres no Globo de Ouro
(Fernanda Torres, que já ganhou um Globo de Ouro de Melhor Atriz com o filme, pode concorrer a mesma categoria no Oscar 2025.| Foto: Mario Anzuoni/Reuters)

3 – Sobre o personagem de Selton Mello

Lá para o último mês de dezembro, Selton Mello foi dar um oi para Ana Maria Braga no Mais Você e, na entrevista, citou as mudanças drásticas que precisou passar para interpretar Rubens Paiva. De acordo com o ator, ele precisou engordar quase 20kg e se segurou ao máximo para não se comover nas gravações. 

Sua caracterização ficou assustadoramente fiel à do político desaparecido, foi um trabalho “mais espiritual do que técnico”, pois o ator buscou saber sobre o “espírito dele” ao invés de seu jeito de andar ou falar. Sobre as suas emoções, Selton afirmou que uma das cenas do filme foi a mais difícil da vida dele, pois era a que Rubens se despede da esposa para trabalhar e nunca mais volta para casa. “Eu sabia o que acontecia depois, mas ele não sabia. Ele não imaginava. Ele disse: ‘volto a tempo do suflê’, e ele realmente achava isso”, conta. 

Selton Mello e Rubens Paiva.
(Selton Mello interpreta o político Rubens Paiva. | Foto: Divulgação)

4 – Nada de IA ou computação gráfica

Enquanto a maioria das grandes produções usam e abusam do chroma key para fazer os cenários, a produção de Ainda Estou Aqui se empenhou em adaptar locais reais do Rio de Janeiro para reproduzir paisagens e lugares que fizeram parte da história da família Paiva nos anos 70. Exemplos são a avenida Delfim Moreira, que foi fechada para colocar dezenas de carros de colecionador contratados circulando pelas ruas, ou a Confeitaria Manon, que foi adaptada para parecer a antiga lanchonete Chaika, ou uma residência na Urca alugada e repaginada para parecer a real e extinta casa dos Paiva, que ficava no Leblon. 

Ainda, a Rua Almirante Pereira Guimarães, também no Leblon, passou por uma ação de panfletagem promovida pela produção chamando moradores que residiram por lá entre 1969 e 1971 para compartilharem fotos do local para ajudar na reconstituição das fachadas das casas e prédios. 

Família Paiva fictícia na lanchonete Chaika fictícia.
(A Confeitaria Manon, tradicional no Rio de Janeiro, foi repaginada para parecer com a extinta lanchonete Chaika, onde a família Paiva comemorava seus momentos de glória. | Foto: Alile Dara Onawale)

5 – Um tópico dedicado especialmente à casa dos Paiva

Ainda sobre a direção de arte de época impecavelmente criada sem nenhuma intervenção virtual, a produção recriou o interior da casa dos Paiva o mais fiel possível lá na casa alugada da Urca mesmo, sem cenário montado em estúdio. A equipe chegou a contar com a ajuda das irmãs do Marcelo, que, de acordo com ele, enviaram croquis e explicaram todos os detalhes da casa. Além disso, móveis e quadros originais preservados pela família também foram utilizados nas gravações. Marcelo Rubens Paiva e sua família cortaram muita cebola com tudo isso? ~não, magina, nem um pouco!~

Leblon vs Urca
(Uma residência alugada na Urca foi usada nas gravações para representar a extinta e real casa da família Paiva. | Foto: Divulgação)

Ainda Estou Aqui segue em cartaz nos principais cinemas brasileiros. 

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