Quando pensamos nos anos 60, logo vêm à nossa mente cores, muitas cores, em uma combinação ousada e psicodélica. Para a sociedade de modo geral, esta foi a década de mais mudanças e questionamentos, além de grandes avanços nos direitos dos negros e das mulheres. Foi, claro, só o começo de uma longa caminhada. E o espírito livre invadiu também o mundo da moda.
Os jovens dos anos 60 não queriam ser como os pais. Eles queriam liberdade, novos valores e conforto. Sentir-se bem era mais importante que usar alta-costura ou calçados de marca. O consumo crescia devido à aparente prosperidade, e sapatos ficaram mais baratos, apesar de menos duráveis.
Os sapatos femininos de salto baixo, ou sem salto algum, se tornaram os favoritos. Com o vestido cada vez mais curto, a invenção da minissaia e a adoção de calças capri, as sapatilhas ganharam destaque no look. Elas não eram mais uma simples peça complementar, mas sim um acessório que poderia ou não contrastar com o resto da roupa.
Todos os tipos de sapatos de salto das décadas anteriores se transformaram em sapatilhas. Muito populares, porém um pouco desconfortáveis, eram as sapatilhas de ponta finíssima. Os poucos sapatos de salto que estavam na moda eram os modelos Mary Jane com salto quadrado.
E foi nos anos 60 que a primeira releitura da moda invadiu as lojas. Em meados daquela década os estilistas se inspiraram em sapatos do século XVII, tanto em estilo régio, com ponta mais fina e uma língua decorada no peito do pé, até o estilo peregrino, com franjas invadindo o peito do pé.
Novos materiais deixaram sapatilhas e, em especial, botas, mais modernas. Esqueça a bota de chuva ou de neve: passou a ser moda usar botas de PVC, menos práticas mas muito mais coloridas. Era só usar um vestido acima do joelho com uma bota de tom berrante ou metálico um pouco abaixo do joelho e pronto: mais moderno, impossível.
Como as botas de PVC esquentavam muito a pele, era mais prático usar um tipo primitivo de ankle boot com bico bem fino ou mesmo tênis, que se popularizaram ao longo da década. Homens e mulheres jovens, em especial estudantes, adotaram os tênis como calçado de todos os dias e todas as ocasiões.
Um grupo bem característico dos anos 60 é o dos hippies. Sabe qual tipo de calçado fazia sucesso entre os hippies? Sapatos ortopédicos! E tudo graças a uma astuciosa jogada de marketing da marca Birkenstock: uma distribuidora americana percebeu que o calçado rústico com sola de cortiça ia de encontro com a paz e o amor dos hippies e começou a anunciar especificamente para eles.
Os jovens não-hippies tinham seu estilo fortemente influenciado pelos Beatles. As Beatle boots eram botas justas, de salto quadrado e que acabavam pouco depois do tornozelo. Outro grande fã de botas era o ator Steve McQueen. Para os mais elegantes, a inspiração era Michael Caine.
Os anos 60 foram de muitas mudanças duradouras, inclusive na vestimenta e nos calçados. Vários modelos que surgiram ali são ainda queridinhos fashion, e a busca pelo conforto foi o estopim para o início de uma nova era na moda.
Faltou incluir o sapato masculino feito a mão pelo Souza, rua Marechal Floriano, RJ. Era moda entre os jovens no fim da década de 60 inicio dos anos 70.
Nasci em 1959. Lembro que até 4 ou 5 anos, usava uns sapatinhos da Kicker, com a ponta arrebitada, de pelica e sola de borracha antiderrapante. Já procurei imagens dele e não existem!
quando criança, não tinhamos recursos, usava saparo de borracha, era cheio de furinhos minusculos
No ano 1960 meu sonho era ter um par de chinelos que era de dedo, estofadinho e de plástico e tinha uma pena desenhada alguém conheceu?
Nos anos 66 eu usava uns sapatinhos parecia de boneca com os acabamentos parecia rendado !
Uma sandália tipo com tirinha atrás vermelha com furinhos brancos e tudo tinha que combinar pelo menos com a mini saia embora a blusinha era verde fluorescente! Eu me achava viu .
Os cropped não era igual hoje , eram mais curtindos e bem colado, mas a gente tinha corpinho bem enxutinho hhhh hooo saudade kkkke