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Britney Spears completa 40 anos livre após 13 anos sob tutela de seu pai

3 de dezembro de 2021, por Leila Benedetti
Música
Britney Spears

É isso mesmo o que você leu no título. Britney Spears, aquela cantora pop adolescente e cheia de polêmicas, já completou 40 anos nesta última quinta-feira (2). Além disso, para a alegria dos fãs, a musa dos anos 90 e 2000 faz aniversário livre do total controle pessoal e profissional de seu pai, Jamie Spears, pela primeira vez em 13 anos. 

Em 2007, Britney passou por situações difíceis como o divórcio, uso de drogas e a perda da guarda dos filhos. Ainda houve algumas atitudes por parte da cantora que foram flagradas pela mídia, entre elas um ataque com um guarda-chuva contra um grupo de paparazzi, além de sua cabeça inteiramente raspada (a cabeça dela, as regras dela, mas para a época era um absurdo). Naquele mesmo ano, o pai da cantora entrou com um pedido de tutela emergencial provisória para “garantir seu bem-estar”. 

Britney Spears
(Britney Spears e seu atual noivo Sam Asghari. | Foto: Axelle/Bauer Griffin, Film Magic)

Este caso ganhou tremendas proporções no mundo inteiro a ponto dos milhares de fãs se mobilizarem e criarem o movimento mundial #FreeBritney. Esta ação levantava a hipótese (posteriormente comprovada) de que o pai da cantora estava usando a tutela de forma abusiva, chegando até a restringir sua vida pessoal, e tinha como objetivo romper essa medida jurídica antes de Britney completar 40 anos. Tudo saiu conforme planejado, pois a tutela foi anulada um mês antes do aniversário da artista.  

“Acho que, por muito tempo, ela queria poder fazer o que quiser e festejar seu dia do jeito que queria. Então foi uma conquista muito especial para nós. Estamos muito felizes”, conta o fã brasileiro Felipe Servat, que reside nos Estados Unidos e ajudou a organizar o ato na Flórida. 

A liberdade da cantora também foi celebrada aqui no Brasil. O fã Gabriel Weinstein, que criou o site BritneyOnline.com.br ao lado do também fã Alan Mangabeira, afirma que Britney foi constantemente tratada como criminosa. Já Alan, que chegou a publicar uma tese de doutorado sobre o fandom da cantora, diz que ela tinha problemas como qualquer outro ser humano. 

Britney Spears

Nascida em 1981, a cantora entrou para o ramo artístico ainda criança, frequentando aulas de canto, dança e ginástica, além de participar de competições de nível estadual e shows de talentos. Ela também passou a infância participando de peças teatrais e atuando em comerciais e em pequenos papéis na televisão até a adolescência, quando assinou contrato com a Jive Records em 1997. 

Mas ela só alcançou o sucesso a partir de seus dois primeiros álbuns Baby One More Time e Oops! I Did It Again, de 1999 e 2000, respectivamente. Apesar da superexposição de sua vida pessoal, polêmicas e as constantes internações em clínicas de reabilitação, Britney foi sensação entre os adolescentes durante a década de 2000, mesmo estando sob a tutela de seu pai. 

Na década de 2010 ela manteve um sucesso mais discreto com seu público já envelhecido e seu último álbum de estúdio, Glory, lançado em 2016. Em 2019, ela anunciou um hiato de tempo indeterminado em sua carreira por conta de problemas pessoais. Mesmo longe dos microfones ela ainda mantém uma significativa base de fãs, que lutaram, com sucesso, pelo fim da tutela. 

De acordo com os fãs, a cantora teve um forte papel na luta pelo empoderamento feminino ao explorar a sensualidade e o desejo feminino em suas músicas, videoclipes e apresentações, mostrando que as mulheres também podem expressar suas vontades tanto quanto os homens. Mas “ela era tratada como uma mulher burra, o que é algo muito machista”, nas palavras do fã Alan. “Ao ser tratada dessa forma, isso se refletia, por exemplo, em meninos gays de 11 anos, como eu, que eram fãs dela e tratados como de menor importância”, continua. 

Além de símbolo do feminismo, a cantora também tem uma ótima representatividade na comunidade LGBTQIA+. Sua base de fãs é, também, fortemente composta pelas pessoas do movimento. Ainda, ao longo de sua carreira, ela demonstrou apoio pela causa e se transformou em uma voz ativa dentro desse meio. Inclusive, ela chegou a receber o prêmio Vanguard Award, da Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês). 

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