A cesta de natal é um dos itens mais esperados de final de ano, principalmente por colaboradores que costumam receber esse presente das empresas, como forma de agradecimento pelo trabalho realizado ao longo do ano, motivar para o ano seguinte e fortalecer valores como solidariedade, parceria e cidadania.
Ao longo dos anos, a cesta de natal também se tornou presente entre familiares, parceiros e amigos, que presenteiam seus entes queridos com cestas cheias de itens da época como panetone, frutas secas e cristalizadas, vinhos, chocolates, champagne e outros embutidos.
Mas, como uma cesta cheia de comidas virou símbolo do Natal? É o que veremos a seguir:
A origem da cesta de natal
No Império Britânico do século XVII, os empregados da aristocracia trabalhavam para seus patrões durante a festa de Natal e apenas no dia seguinte tinham folga para visitar os familiares.
Como forma de agradecimento, os patrões os presenteavam com caixas de comida. Desde então, em países como Inglaterra, Escócia, Irlanda, Nova Zelândia e outros de origem inglesa, celebram dia 26 de dezembro, o Boxing Day, sendo até feriado em alguns países e um dia de promoções nas lojas.
Cesta de Natal no Brasil
No Brasil, a tradição de presentear com cesta de Natal só surgiu na década de 1950, e era motivo de alegria entre as famílias que muitas vezes faziam prestações da cesta para recebê-la no final do ano.
Uma empresa que marcou época foi a Amaral, localizada na região da Mooca, em São Paulo. Fundada em 1945, a empresa foi pioneira no ramo de empacotamento de alimentos e vendas ao consumidor.
Em 1953, a Amaral decidiu criar as “cestas de natal”, conhecidas como “Cestas de Natal Amaral”, em que o consumidor pagava um carnê, conhecido como “Carnê da Fortuna” para recebê-la no final do ano. Além da cesta, os consumidores ainda concorriam a prêmios como eletrodoméstico, casas e carros.
A cesta era um desejo de muitos, principalmente porque continha várias coisas que muitas pessoas não tinham fácil acesso na época, eram caras, ou algo que não se encontravam em qualquer lugar como uva passa, nozes, damasco e champagne.
A cesta ainda vinha com um brinde para as crianças, o boneco de plástico: Gigante Amaral. Em uma das mãos ele segurava uma casa e na outra um carro, que eram alguns dos itens sorteados para os compradores. Com o tempo, o boneco foi substituído por representações de Emília e Pelé, ícones da época.
Com o passar dos anos a tradição mudou, as pessoas deixaram de comprar suas próprias cestas de natal e passaram a receber das empresas em que trabalhavam ou recebê-las de presente de familiares ou amigos.
As companhias identificaram que um presente como uma cesta de natal teria um valor significativo, já que para muitos é uma forma de proporcionar a ceia de Natal e celebrar esse marco religioso e cultural.