Dizem que amigo é a família que escolhemos para nós. Pessoas que estão em sintonia com nossas ideias, gostos, ou, simplesmente, que fazem um bem enorme só por estarem perto da gente. No mundo da música não é diferente. Para que uma grande parceria musical aconteça e resulte em grandes obras, não necessariamente é preciso pertencer a uma mesma banda ou estilo musical. É necessário, em primeiro lugar, que haja amizade, sintonia e respeito entre os músicos. Aproveitando esse Dia do Amigo, listamos as 10 grandes parcerias musicais de todos os tempos. Veja quem entrou para nossa lista!
1 – Million Dollar Quartet – Elvis Presley, Carl Perkins, Johnny Cash e Jerry Lee Lewis
O nome do álbum que reuniu os quatro amigos e lendas do rockabilly já mostra o valor dessa parceria – Quarteto de um Milhão de Dólares. Além de dividirem o mesmo palco por diversas vezes, Elvis Presley, Carl Perkins, Johnny Cash e Jerry Lee Lewis, se juntaram, em 4 de dezembro de 1956, nos estúdios da Sun Records em Memphis, Tennessee, para uma descontraída “jam session”. O resultado da bagunça organizada por Sun Philips, você confere abaixo:
2 – Michael Jackson e Diana Ross
Quando os irmãos do Jackson Five mudaram-se para Los Angeles, o pequeno Michael, aos 11 anos, acabou indo morar na casa de Diana Ross, a pedido do dono da gravadora Motown, Berry Gordon, que queria que ela o ensinasse tudo que sabia. Desde essa época, o cantor começou a desenvolver uma certa fascinação por Diana. Ele admirava sua voz, seu glamour e classe. Costumava dizer aos irmãos: “Ela não anda… ela flutua!”. E com o passar do tempo, essa admiração se transformou numa grande amizade e parceria musical que podemos ver em diversas apresentações.
3 – Vinicius de Moraes e Tom Jobim
Tom e Vinicius, uma amizade para toda a vida. Parceiros em composições e bebedeiras, foram responsáveis pelos maiores sucessos da música brasileira. A dupla compôs seus primeiros sambas para a peça Orfeu da Conceição, que estreou no Teatro Municipal do Rio, em 25 de setembro de 1956. No entanto, só foram mesmo firmar essa parceria de sucesso, em 1962, com o hit da Bossa Nova, “Garota de Ipanema”, uma das canções mais executadas do mundo.
4 – Billie Holiday e Lester Young
Uma das maiores amizades da música resultou numa das parcerias mais incríveis do jazz. O som do saxofone de Lester Young era perfeito para a voz singular de Billie Holliday. Lester foi o responsável pelo apelido “Lady Day”, como Billie ficou conhecida posteriormente. Ela, em contrapartida, chamava o músico de “The Presidente”, apelido que foi encurtado mais pra frente e virou “Pres”. Essa parceria nos deixou inúmeras gravações, entre elas: “He’s Funny That Way,” “Travlin’ All Alone” e “Easy Livin”.
5 – Wanda Jackson e Jack White
Apesar da diferença de idade, essa amizade já vem se mostrando bastante promissora. A parceria entre Jack White e Wanda Jackson surgiu quando o guitarrista resolveu produzir o trigésimo disco da rainha do rockabilly, The Party Ain’t Over, que contou com a participação especial do próprio Jack na guitarra e de músicos de sua gravadora, Third Man Records. A cantora, que fez muito sucesso nos anos 1950 e 60, com seu rockabilly, estava um pouco sumida. O amigo foi responsável por resgatá-la e colocá-la novamente em foco nas paradas de sucesso.
6 – BB King e Eric Clapton
Assim que recebeu a notícia que BB King havia falecido, Eric Clapton foi às redes sociais para lamentar a morte do amigo. “Só queria expressar minha tristeza e dizer obrigado ao meu querido amigo B. B King. Queria agradecê-lo por toda a inspiração e incentivo que ele me deu ao longo dos anos e pela amizade que mantivemos. Não restaram muitos para tocar da maneira pura como ele tocava”, disse. Um dos frutos dessa parceria é o álbum “Riding with the King”, que os dois lançaram juntos em 2000.
7 – Os Glimmer Twins (Gêmeos Deslumbrantes): Mick Jagger e Keith Richards
Se o garoto Keith Richards tivesse embarcado em outro trem, no dia 17 de outubro de 1961, em Dartford, Inglaterra, talvez não tivesse acontecido o papo que lhes renderia a melhor parceria musical de todos os tempos: The Rolling Stones. Apesar da amizade um pouco balançada nos últimos anos, por conta de revelações feitas por Keith em sua autobiografia, “Vida”, a parceria com banda segue firme e forte, com apresentações constantes ao redor do mundo. Ao dividirem a paixão pelo blues e rock ‘n roll, os dois encontraram, na junção entre a guitarra de Keith e a voz de Mick, a perfeita sintonia musical, que ultrapassa meio século de duração.
8 – Bob Dylan e Johnny Cash
Segundo o filho de Johnny Cash, quando Bob Dylan conheceu seu pai, no início dos anos 60, ele pulou na cama do quarto onde Cash estava hospedado em Nova Iorque e começou a pular, gritando: “Eu conheci Johnny Cash, eu conheci Johnny Cash!”. Os dois amigos já trocavam cartas, mas nunca haviam se encontrado pessoalmente. Apesar de terem perdido o contato durante um certo tempo, a amizade e a admiração permaneceu e os dois acabaram gravando juntos em 1969, em Nashville.
9 – Tony Bennett e Lady Gaga
Apesar de inusitada, a amizade entre Tony Bennett e Lady Gaga nasceu de uma admiração dele por ela. Os dois se conheceram no baile de gala da Robin Hood Foundation, em Nova Iorque, em 2011. Na ocasião, ela interpretou “Orange Colored Sky”, um clássico de Nat King Cole. Ao ver a apresentação, o crooner ficou encantado com o potencial da cantora e decidiu convidá-la para participar de seu novo CD de duetos, Duets II. O clássico “The Lady is a Tramp” foi a canção escolhida, mostrando um outro lado da cantora pop. Com o sucesso da parceria, os dois resolveram gravar um álbum inteiro juntos: Cheek To Cheek.
10 – Elis Regina e Jair Rodrigues
Outra grande amizade na MPB aconteceu entre Elis Regina e Jair Rodrigues. Os dois se conheceram nos bastidores do programa de televisão “Almoço com as Estrelas”, na TV Tupi, e acabaram gravando posteriormente três discos ao vivo, todos com o título Dois na Bossa. “Ela disse que era minha fã e que gostaria que eu desse um autógrafo para ela, e eu sugeri trocarmos as gentilezas. A partir dali, nasceu uma grande amizade”, contou Rodrigues, em uma de suas entrevistas sobre a cantora. “Nós juntávamos a fome com a vontade de comer. Era uma alegria geral, total e irrestrita, tanto fora, como dentro do palco. Nós vivíamos num mar de rosas”, afirmava.