O Dia Internacional do Jazz cai neste domingo, dia 30 de abril, e nada melhor que comemorar a data ao som de uma playlist do gênero, principalmente uma formada com nomes femininos que fizeram a história desse estilo musical. Portanto, o UR listou algumas “íconas” para servir como dica na hora de pesquisá-las para ouvir. Confira!
5 divas para ouvir no Dia Internacional do Jazz
1 – Carmen McRae
A cantora americana Carmen McRae é bem lembrada pelo seu fraseado por trás do ritmo e suas letras irônicas, fora que ela é uma das mais influentes do gênero no século XX. Seu contato com a música começou aos oito anos de idade quando começou a estudar piano, mas a decisão de seguir carreira no jazz veio lá na adolescência, quando conheceu Billie Holiday, que se tornou sua inspiração.
Seus primeiros passos foram aos vinte e poucos anos como pianista no Minton’s Playhouse, o clube de jazz mais famoso do bairro novaiorquino de Harlem. Já em 1944 fez a sua primeira gravação como pianista na Mercer Ellington Band. Mas seu sucesso veio por meio de seu contrato de cinco anos com a gravadora Decca, onde lançou 12 LPs solo. Entre seus álbuns podemos destacar o de estreia solo A Foggy Day with Carmen McRae (1953), Blue Moon (1956) e Birds of a Feather (1958).
2 – Peggy Lee
Nascida no estado americano de Dakota do Norte, Peggy Lee se mudou ainda jovem para Chicago em 1941. Lá, ela se juntou a um dos melhores grupos de Big Band da América, a de Benny Goodman, onde permaneceu até 1943. Logo quando deixou a banda, ela se casou com o guitarrista Dave Barbour e passou a compor suas músicas junto com ele, foi nessa fase que hits como It’s a Good Day (1947) e Fever (1958) surgiram.
Além disso, Peggy também era atriz, se consagrando no ramo dublando vários personagens em A Dama e o Vagabundo (1953), onde também escreveu várias músicas para a animação da Disney, e atuando como secundária no filme musical Pete Kelly’s Blues (1955). Seu auge durou até os anos 70, quando tentou acompanhar as tendências musicais da época gravando álbuns de pop-rock. Nos anos 80 ela voltou a gravar jazz, desta vez sem pensar no quesito comercial e acabou se eternizando como ícone do gênero.
3 – Dinah Washington
Considerada a mais popular artista feminina negra dos anos 50, Dinah Washington não só cantou jazz, como também blues, rendendo assim o título de Rainha do Blues. Nascida no Alabama, Dinah se mudou ainda criança com a família para Chicago, passou a tocar piano e cantar na igreja junto com sua mãe. Já aos 16 ela passou a cantar e tocar piano no quarteto Sallie Martin Colored Ladies.
Aos 18, ela passou a tocar em clubes noturnos, sendo um deles o Three Deuces, onde Billie Holiday se apresentava na época. Suas apresentações lhe renderam gravações de estúdio, entre elas Evil Gal Blues, Salty Papa Blues, ambos de 1943, e Blow Top Blues, de 1945. Dinah teve um fim precoce, aos 39 anos, devido a uma preocupação excessiva com seu peso e, consequentemente, a adoção de dietas rígidas e fatais.
4 – Toshiko Akiyoshi
A chinesa Toshiko Akiyoshi começou a tocar piano aos 7 anos. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando tinha 16 anos, ela se mudou com a família para o Japão. Lá ela passou a tocar o instrumento em salões de dança, muito comuns na época e onde ela despertou uma paixão pelo jazz. Em 1953 ela gravou o seu primeiro álbum, Toshiko’s Piano, lhe rendendo uma bolsa de estudos na Berklee School of Music, em Boston.
Em 1959 a cantora viu sua carreira alavancar em Nova York ao tocar para casas de jazz famosas, com o Five Spot e Birdland. No final dos anos 60, ela se casou com o flautista/saxofonista Lew Tabackin e, no início dos anos 70, se mudou para Los Angeles com o marido. Juntos, formaram a banda de 16 membros chamada Toshiko Akiyoshi Jazz Orchestra feat. Lew Tabackin. Nessa época, ela passou a misturar o jazz com sons tradicionais japoneses, além de adicionar vocais nas composições e, entre os anos 80 e 90, se consagrou com sua nova sonoridade.
5 – Blanche Calloway
Além de ter uma carreira consagrada no jazz que durou mais de 50 anos, Blanche Calloway também ficou conhecida por ser a primeira mulher a liderar uma orquestra formada apenas por homens. Nascida em Nova York em 1902 e irmã mais velha do também consagrado Cab Calloway, Blanche teve contato com a música desde criança, pois sua mãe era professora dessa arte, e começou a cantar ainda jovem no coral da igreja. Em 1921, ela saiu de casa para fazer turnês ao lado de grupos de cabaré até se mudar para Chicago em 1927, se apresentar nos clubes locais e se tornar uma artista popular daquela região.
Em 1931, ela formou a big band Blanche Calloway and her Joy Boys, se tornando a primeira mulher a liderar uma orquestra masculina. Com este grupo, ela gravou várias músicas entre os anos de 1931 e 1935 pelo selo da RCA Victor. Just a Crazy Song, Make Me Know It e I Need Lovin, são alguns de seus destaques.