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Elvis in Concert traz banda original de Elvis Presley e emociona fãs paulistanos

26 de outubro de 2013, por Mirella Fonzar
Eventos
Elvis In Concert

Foto: Vinícius Bueno / Universo Retrô

Este final de semana tive a comprovação que faltava para afirmar que “Elvis Presley não morreu”. Não, não o encontrei velhinho, aos 78 anos, morando numa cabana no Havaí ou fui a uma sessão espírita. Na última sexta-feira (25), pude ver e ouvir o rei – em parte – no espetáculo Elvis in Concert, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Parece confusa, mas a ideia do evento, que passa pelo Brasil pelo segundo ano consecutivo, é super simples. Idealizado em 1997, quando se completou 20 anos da morte do cantor, o show simula a presença de Elvis em enormes telões de LED, ao lado de sua banda original, tocando ao vivo.

Foram compiladas suas melhores performances e extraído apenas o áudio de sua voz, que é perfeitamente sincronizado com o instrumental durante o evento. O grupo que se apresenta é a TCB Band, que acompanhou Elvis nos palcos e no estúdio, entre 1969 e 1977.

Elvis In Concert

Elvis In Concert (Foto: Vinicius Bueno / Universo Retrô)

Com a trilha de Also Sprach Zarathustra, introdução cinematográfica que costumava abrir vários shows do cantor, uma enorme cortina branca foi aberta, dando início ao espetáculo. Além de guitarra, baixo, bateria, o show contava com piano, violinos e impressionantes vocais de apoio para embalar os sucessos do rei, como See See Rider, escolhida para começar a apresentação.

Dividido em dois atos, com um intervalo de 15 minutos, o show contou com sucessos do começo da carreira, como Burning Love, Heartbreak Hotel, All Shook Up e Mistery Train. Hits de outros artistas do auge do rock ´n roll e rockabilly também não foram esquecidos, como Blue Suede Shoes, de Carl Perkins, e Johnny Be Good, de Chuck Berry, perfeitamente conduzido pelo guitarrista James Burton.

Em geral, o espetáculo dá mais destaque à figura de Elvis nos anos 1970, em sua fase mais caricata, com calças pantalonas, franjas, brilhos, óculos aviador, grandes costeletas e quase sem topete. Isso também inclui sua música, que se diferencia bastante da fase rock ‘n roll dos anos 1950, com baladas e canções gospel – aparentemente, a parte favorita da maioria do público presente.

Elvis In Concert

Elvis In Concert (Foto: Vinicius Bueno / Universo Retrô)

Sucessos como You’ve lost that loving feeling, Just pretend, Sweet Caroline e Love me tenderfizeram os fãs cantarem em coro. Outro momento bastante ovacionado pelo público foi durante a música Bridge over trouble water, de Paul Simon, que também ficou famosa na voz de Elvis. Nesta parte, o telão foca no rosto do cantor e sua voz, entoando os doces versos, se torna o centro das atenções.

Outro destaque é quando, no telão principal, Elvis convoca seus backing vocals para cantar uma música à capela – *Sweet Sweet Spirit, o qual ele não costumava cantar, apenas ouvir seu pequeno coral. Realmente, parecia que aqueles que ali estavam, de alguma maneira (acredite ou não) invocavam o espírito de Elvis Presley, que enchia aquele local de amor e boas energias. Enquanto isso, no telão, era transmitida a imagem do rei às lágrimas, apenas ouvindo. De arrepiar!

*There’s a sweet, sweet Spirit in this place (tradução livre: tem um doce espírito neste local)

Há tempos, nenhum artista vivo conseguia despertar este sentimento em mim durante uma apresentação – creio que na maioria do público presente também. A super produção Elvis In Concert é realmente de arrepiar até quem não conhece muito sobre o rei do rock, além de emocionar em grande estilo seus seguidores – pessoas de todas as idades, classes sociais, vindas de diferentes regiões, etc.

Elvis In Concert

Elvis In Concert (Foto: Vinicius Bueno / Universo Retrô)

Não só pela música valeu ter visto o espetáculo, mas por toda a história de vida e carreira do mito que foi apresentada nos telões. Foi mostrado o lado “família” de Elvis, em fotos com seu pai e sua mãe, quando pequeno, e momentos com a mulher Priscila Presley e a filha Lisa Marie, ao som de You’re always on my mind. Além disso, seu lado Pop Star pôde ser visto em gravações onde ele aparece beijando as fãs em seus shows.

Apesar de ter ouvido muitas críticas sobre o formato do espetáculo (como se fosse algo ‘macabro’), acredito que esta mistura entre imagens raras e música ao vivo, sincronizada com a voz do cantor, transformam o show em algo único para os fãs de Elvis.

Afinal, para quem não teve a oportunidade de conferir nenhuma apresentação do cantor em vida, essa é uma bela maneira de saudar nosso rei. Se eu, que sou fã, chorei até não poder mais, não acho que com a maioria das pessoas ali presentes tenha sido diferente. Vida longa ao rei do rock!

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