Barulhento, feio, distorcido, cru, gritado, novo e maravilhoso. São alguns adjetivos que me vieram à tona ao ouvir o segundo disco dos alemães do Degenerated.
A banda de Berlim ousou e contra todas as expectativas inovou. Inovar é criar algo novo! Isso é tão raro nos tempos atuais onde pessoas só querem ouvir mais do mesmo. E em termos de cena é ainda mais preocupante, já que estamos falando de um pequeno grupo de pessoas que seguem um tipo de som e estética já pré-definidos.
O mesmo sentimento que muitas vezes faz pessoas desistirem dessas cenas musicais, culturais e urbanas, o sentimento de não haver uma novidade, uma quebra, algo novo e fresco, pode ser usado pra criar uma obra-prima, algo que contraria o óbvio, como é o disco Degeneradiation.
Só em 2019 a banda tocou no Japão, Estados Unidos e México, além das gigs européias, algo histórico e incrível para uma banda do porte deles.
Infelizmente os planos para 2020 foram adiados devido a COVID-19. E falando desse momento, lhes dou algumas boas razões para ficar em casa.
- 1º Ler essa maravilhosa entrevista;
- 2º Ouvir essa banda incrível;
- 3º Restaurar sua fé no psychobilly;
- 4º Ter uma trilha sonora para nosso apocalipse, ou quem sabe, alguma fagulha de esperança em poder ver esses caras ao vivo um dia, em um mundo melhor.
Falamos com o guitarrista e vocalista Max e o baixista e vocalista Madman a respeito da banda, turnês, política e cena psychobilly.
Leia a entrevista completa com Degenerated
Universo Retrô: Olá Max e Madman! Qual a história da Degenerated? Sei que ela começou como um projeto do Madman, mas em qual momento vocês decidiram dar vida ao projeto?
Madman: Você está certo! Inicialmente a Degenerated começou como um projeto. Eu queria começar uma banda, mas não encontrava nenhum músico na área em que vivia naquela época. E mesmo que houvesse alguns, eu não estava confiante o suficiente para abordá-los.
Então, eu acabei gravando algumas coisas sozinho! Quando saí da universidade, voltei para a casa dos meus pais por um tempo, onde ensaiei algumas vezes com dois de meus irmãos. Nós até tivemos um pequeno show em um centro de juventude! Naquela época eu também gravei mais algumas músicas junto com meu irmão mais novo.
Então me mudei para Hamburgo, e alguns anos depois para Berlim. Os anos se passaram e eu não toquei mais, e em algum momento vendi o baixo porque precisava de dinheiro para pagar impostos (ou, digamos, para comprar drogas. Precisava trabalhar na minha credibilidade nas ruas).
Eu costumava ir a shows e conheci Max, e quando contei a ele sobre o meu projeto, ele teve a ideia de ensaiarmos juntos – foi assim que tudo começou! Isso deve ter sido por volta de 2010.
Max: Sim, foi em 2010. Depois que Madman me contou sobre seu projeto passado por volta de 2009, enquanto conversava com um amigo que eu tinha em mente para tocar bateria.
Eu pensei que ele me havia dito que tocava bateria, na verdade ele não tocava, mas estava interessado em aprender. Eu aprendi violão quando criança, parei de tocar por anos, mas em 2008 eu comecei de novo e ensaiamos primeiro em meu apartamento até que os vizinhos reclamassem. Estava na hora de conseguir uma sala de ensaio.
Madman: Inicialmente a Degenerated era composta por mim, Max e Tobi na bateria. Em 2011 fizemos nossos dois primeiros shows e depois disso Tobi deixou a banda porque voltou para sua cidade natal. Ele foi substituído por Sexy, que também era o vocalista da banda Al & The Coholixxx na época. Ele que gravou a bateria no nosso primeiro álbum.
Logo após as gravações, ele deixou as duas bandas para se tornar um hippie. Então, Gordon, que era baixista do Al & The Coholixxx, foi recrutado e assumiu a bateria. Esta formação está estável há 5 anos, e Gordon foi o complemento perfeito para a banda!
Psychobilly e Política
Universo Retrô – “Psychobilly com atitude punk”, vocês sempre se definem assim. Já vi que vocês dividem palco com diversas bandas punks, e até mesmo em shows e festivais anti-fascistas.
O psychobilly sempre foi uma cena apolítica, mas vejo que nos tempos de hoje algumas bandas tem se posicionado contra algumas políticas repressoras. O que vocês pensam disso?
Madman: Sim, psychobilly deveria ser uma cena apolítica, mas para muitos isso é uma farsa. Aqueles que são mais barulhentos em dizer “sem política” geralmente não têm problemas com as atitudes da direita, e isso é algo que experimentei desde que comecei na cena.
Enquanto eu amo psychobilly e muitas das pessoas na cena, isso é algo que sempre me irritou. Não tenho tolerância ao racismo e ao fascismo, e nunca entendi como uma subcultura diversificada e internacional como a psychobilly pode considerar tolerar pessoas que trazem esse tipo de pensamento para os shows.
Enquanto há pessoas na cena que são abertamente de ala direita ou pelo menos toleram nazistas, os punks costumam ser maltratados, e acho que isso mostra claramente o quão hipócrita é essa coisa toda de “sem política”.
Na Alemanha, a cena psychobilly tem sido frequentemente considerada de direita pelas pessoas de fora da cena, e houve momentos em que esse era um problema enorme. Pareceu melhorar ao longo dos anos, mas recentemente percebi que partes da cena estão se desenvolvendo nessa direção novamente.
Além da cena, é um problema geral da sociedade ultimamente, e você pode ver em todo o mundo que o nacionalismo e o racismo continuam crescendo. Esses desenvolvimentos sociais também se refletem na cena psycho.
Se você olhar ao redor no Facebook, verá cantores de bandas conhecidas e populares, promotores e também fãs postando porcaria anti-imigrantes, memes racistas, teorias de conspiração da direita e outras merdas nojentas. Talvez eles sempre tenham tido essas crenças, mas o Facebook as torna visíveis.
E por tudo isso, acho importante sair da zona de conforto apolítica e tomar uma posição. Eu sei que existem pessoas que nos odeiam por isso, mas isso é bom para mim. Eu não quero bajular racistas apenas para conseguir um show ou vender discos. Além disso, ser anti-fascista e anti-racista não é uma coisa política para mim, é muito mais sobre senso comum e decência.
Max: Estou completamente de acordo com as palavras de Madman e tenho que acrescentar um pensamento meu. Acho que ser apolítico é um tópico incompreendido. Começa com a aparência. Nos anos 80, quando as pessoas eram rejeitadas por se parecerem punks (o que os psychobillies sempre foram para mim) é uma afirmação política.
Não dar a mínima para o que a sociedade pensa e seguir seu estilo de vida. E há muitas bandas que também fizeram músicas políticas – só porque nem sempre é um tópico de esquerda / direita, não significa que a música permaneça livre de tópicos políticos.
Em uma entrevista com o King Kurt, Maggot disse algo como se eles estivessem crescendo na Guerra Fria. A tensão estava por toda parte e a cena punk enfrentava toda essa merda com agressão e mau humor. Eles estavam cercados por isso o tempo todo, então queriam se divertir nos finais de semana.
Isso significa para mim, não falar sobre política quando você está bebendo, se drogando, tendo um bom momento, ou em um período difícil. Você ainda tem ambições políticas. Mas muitas pessoas na cena parecem ser mais consumidores do que pensadores e, portanto, a mensagem foi transportada de maneira errada.
Sobre a última turnê
Universo Retrô – Japão, Estados Unidos e México no mesmo ano! Essas turnês foram feitas de maneira independente ou vocês tiveram alguma ajuda externa, de selo, ou algum fã milionário, etc?
Isso foi planejado com muita antecedência? Como foi tocar nesses lugares? Vejo que muitos psychos europeus ainda estão relutantes em aceitar o som do Degenerated, porém a banda caiu na graça dos fãs de outros países.
Madman: Sem fãs milionários, sem selo, 100% DIY! Viajar pelo Japão era um plano desde que Max e Gordon conheceram os Psyclocks (banda japonesa de psychobilly) no Psychobilly Meeting.
Demorou um pouco até que tudo se encaixasse, mas uma vez que realmente começamos a planejar, não perdemos muito tempo! Os Psyclocks foram uma grande ajuda e cuidaram muito de nós.
Foi incrível fazer uma turnê no Japão, a cena tinha tudo o que eu sentia falta nos últimos anos na Europa: muita diversidade, um verdadeiro espírito de faça-você-mesmo, garotas bonitas, grandes bandas com estilos únicos, um público animado, sem besteiras.
Para mim parecia que a cena japonesa é mais sobre inclusão do que sobre exclusão e sobre subculturas juntas. Para mim, essa experiência foi algo que me ligou mais ao psychobilly novamente, antes eu estava um pouco cansado de tudo.
Max: Sim, a mágica começou no Psychobilly Meeting 2017 (na Espanha) quando Junichi (vocalista do Psyclocks) me perguntou se estaríamos interessados em tocar no Japão em 2018.
Infelizmente eles não conseguiram em 2018, se desculparam e disseram que para o outro ano eles ainda estavam interessados em nos receber lá. Como eles tinham tudo preparado, apenas nos disseram para chegar até lá. Então nós fizemos.
Ao publicarmos sobre a turnê recebemos o proposta de Los Angeles. E foi de fato uma benção experimentar tudo isso em sequência, foi um sonho inesperado se tornando realidade.
Madman: A turnê nos EUA e no México aconteceu porque Randy (Diabolic Events) queria que tocássemos em LA. Assim que isso foi garantido, começamos a planejar uma turnê de forma independente. Novamente, sem a ajuda de grandes pessoas, isso não teria acontecido!
Eu tenho que mencionar Richie aqui, que realmente queria que tocássemos no México e investiu seu dinheiro suado em passagens aéreas. Ainda estou surpreso por termos tido a chance de fazer uma turnê no Japão, EUA e México, enquanto somos praticamente ignorados por aqui na Europa.
As influências no álbum Degeneradiation
Universo Retrô – Falando sobre o incrível “Degeneradiation”, ele foi pensado para ser algo “novo”? Ou vocês apenas deixaram as coisas fluírem naturalmente? Alguma banda que foi influência?
O que vocês tem escutado nos últimos tempos influenciou? Acredito que vocês não são 100% do tempo influenciados por psycho e rockabilly.
Madman: Acho que quando fomos ao estúdio, já tínhamos em mente fazer algo diferente, mas no final foi apenas o fluxo natural das coisas, tudo estava progredindo automaticamente.
Com certeza queríamos um contraste com o som da velha escola do nosso primeiro álbum, pois não refletia tão bem o nosso som ao vivo, que sempre tocávamos mais de maneira mais suja e agressiva. Então, nossa primeira abordagem foi gravar o álbum ao vivo em estúdio, para ficar perto do nosso som ao vivo.
Mas como havia muito tempo entre as sessões de estúdio – às vezes até 3 ou 4 meses – nossas músicas continuavam se desenvolvendo, e a primeira abordagem não podia mais lhes fazer justiça, então começamos a regravar grande parte do material.
Continuamos tendo novas ideias, então no final demorou muito tempo para terminar as gravações. Nós realmente nos esforçamos para finalizar isso!
Max: Sabíamos o que não queríamos fazer – fazer mais do mesmo – deixamos que tudo viesse até nós. Desde que encontrei minha voz interior, as músicas que componho parecem sair mais naturalmente.
Primeiro meu estudo antes e enquanto compunha o Aargh! (primeiro disco do Degenerated), aprender como as músicas são construídas no Psychobilly, para entender e ser capaz de me compor eu mesmo, mas eu percebia que estava fazendo a mesma merda que foi escrita antes, e copiada e colada mil vezes por outras bandas.
Então decidimos dar dois passos à frente, em vez de um para a frente e dois para trás, simplesmente dando nossa cara às nossas músicas. E não forçamos nada. Se alguém está se perguntando como está o nosso interior, confira Degeneradiation.
É o som de nossas cores interiores, refletindo nossas emoções. É por isso que soa assim. É verdadeiro e emocional. Nenhuma besteira, nenhuma frescura ou falsidade…
Madman: Não existe uma banda específica que influencie o som do nosso álbum. Prefiro pensar que a soma de todas as coisas que gostamos é a influência! Há tantas coisas que estamos ouvindo, e algumas delas estão extremamente distantes de Psychobilly ou Rockabilly.
Max: Para citar alguns gêneros que amamos:
Punk, Metal, Bluegrass, Crust, Doom, Stoner, New Wave, Soul, Psychedelic, Blues, Swing, Raggae/Dub, Jazz, Folk, Rockabilly, Country, Rag-/Oldtime-Music, Rhythm’n’Blues.
Na grande maioria desses estilos há ainda mais subgêneros e coisas boas para descobrir!
Redes sociais a favor do psychobilly?
Universo Retrô – Madman teve um papel importantíssimo no começo dos anos 2000 criando o fórum psychobilly-online, conectando psychos do mundo inteiro. Hoje em dia as redes sociais estão maiores que nunca, e englobam muito mas gente e países.
Você nota alguma diferença daquela época para hoje em dia? O Facebook ajudou na divulgação da cena psychobilly ou só deixou tudo mais fútil e superficial? Ou sempre houve esses dois lados da moeda?
Madman: Provavelmente hoje em dia a maioria das pessoas esqueceu que houve um tempo antes do Facebook! Eu acho que muitas coisas mudaram desde que as redes sociais surgiram. Tudo parece estar mais conectado, mas geralmente é mais superficial.
Os algoritmos mostram apenas o que eles acham que você precisa ou deseja ver, as discussões são lineares e desaparecem após um tempo. Todos podem enviar eventos ou notícias, mas, devido aos algoritmos, a maioria deles é visível apenas para um punhado de pessoas, a menos que você pague por isso.
As coisas parecem convenientes, porque tudo é fácil de usar e parece muito acessível, mas no final não sinto que as mídias sociais melhoraram as coisas, mas na verdade as tornaram mais superficiais. É mais sobre uma representação pessoal do que se preocupar com a sociedade.
Max: Sim, foda-se essa merda. As superficialidades são mais importantes que tudo. As pessoas se expõem de uma maneira que não é real. E eles não vêem que agem como pessoas que deveriam ter deixado para trás pelo caminho que escolheram.
Então, se eu quiser seguir todas as porcarias que me dão, tendo pressão como motivação para ser como as pessoas querem que eu seja, não preciso participar de uma subcultura.
Madman: É engraçado, ainda conheço pessoas que se aprofundaram no Psychobilly através do Psychobilly-Online há 15 a 20 anos, e às vezes em lugares muito inesperados! Eu até conheci um antigo ex-membro do fórum quando tocamos no México.
Universo Retrô – Vejo que muitos psychos tem uma relação de amor e ódio com a cena. Tocando em uma banda que soa tão diferente de tudo que há por aí hoje em dia vocês ainda se sentem ligados à ela?
Madman: Relação amor-ódio, de fato! Ainda me sinto conectado à cena, mas de uma maneira muito diferente da que há 20 anos. Há muitas coisas que me incomodam ultimamente, além do racismo acima mencionado, especialmente porque o Psychobilly se está transformando cada vez mais em uma coisa retrô.
No final, não é uma surpresa! Psychobilly tem 40 anos agora. Quando o psychobilly começou, o rockabilly dos anos 50 estava com 30 anos, então hoje em dia os primeiros Meteors estão mais distantes do que Johnny Burnette estava para os primeiros psychobillies.
Ainda assim, é um pouco triste ver isso. As pessoas não querem mais inovação, elas querem principalmente a recreação de que sempre gostaram. Quase semanalmente há luxuosos lançamentos em vinil de gravações demo, algumas bandas longínquas gravadas nos anos 80, e as pessoas gastam muito dinheiro com isso.
Mas, ao mesmo tempo, essas pessoas não compram novos lançamentos, ao menos que seja de uma banda que já existia nos anos 80. E há muitas novas bandas boas! Talvez esteja na hora de um movimento Neo-Psychobilly.
Max: Exatamente, Madman! Sempre me senti conectado ao sentimento subcultural da vida. Sendo um rejeitado da sociedade, um pária. Se decidir. Pensar por si mesmo… Então, eu me sinto conectado a todos que compartilham esse sentimento.
Falando sobre uma cena, não resta muita cena em Berlim e a cena em toda a Alemanha também perdeu muitas pessoas boas, principalmente por causa de alguns idiotas e racistas dominando algumas comunidades.
Expectativas da Degenerated
Universo Retrô – O que podemos esperar do Degenerated para 2020? Nova tour? Novo disco? (A entrevista foi feita antes da pandemia, então ainda haviam planos para 2020…)
Madman: Bem, estamos no meio de uma pandemia global agora, então a maioria dos planos está em espera. Na verdade, planejamos não fazer muitos shows este ano e nos concentrar em novas músicas, mas ainda assim tivemos que cancelar alguns shows pelos quais estávamos realmente ansiosos.
Além disso, estávamos apenas começando a planejar turnês para 2021, que também estão em hiato agora, pois não sabemos como as coisas se desenvolverão.
Então, continuaremos trabalhando em novas músicas, nos preparando para gravar material por conta própria e trabalhando em mais coisas, como um videoclipe com material de nossa turnê nos EUA e algumas colaborações.
Também fizemos uma live ao vivo no Wild at Heart. Novo disco da Degenerated? Provavelmente não em 2020, mas não vai demorar tanto quanto o nosso segundo álbum!
Max: Exatamente! Usando o tempo todo para ensaiar novas músicas. Material suficiente já está escrito e composto. Agora, é preciso reunir e organizar.
Esteja animado ou tenha medo!
Gordon: Também estamos trabalhando num pequeno selo/distribuidora (B.F.O.S. Records). Nosso objetivo é apoiar as bandas pequenas e que lutam para deixar seus países de origem para levar sua música ao mundo.
E há um número incrível delas! Estamos no mesmo barco há um tempo e não teríamos conseguido tudo isso sem ajuda, pelo menos levaria muito mais tempo. Como ainda não temos possibilidades financeiras para produzir singles, CDs ou outras coisas, criamos outra coisa.
Um dar e receber entre gravadora e bandas, por assim dizer. De qualquer forma, garantimos que não fiquemos parados, mas continuemos desenvolvendo sem perder de vista a meta!
Universo Retrô – Obrigado pela paciência caras, e deixem alguma mensagem para os fãs brasileiros!
Madman: Obrigado pelo seu interesse e seu apoio! Realmente esperamos tocar no Brasil em breve! Foda-se os “sem política”!
Max: Não sejam como muitos europeus! Não envelheça em sua mente e em suas opiniões políticas! Mantenha o psychobilly MALUCO!!!! Mantenha SUBCULTURAL!!!! Mantenha SEM NAZIS!!!! Make Psychobilly great again!!! Obrigado pelo seu apoio e por ler tudo! Obrigado a você Marci por essas profundas e incomuns perguntas! Gostei de suas palavras sobre nós!