Seja por influência da família ou por vontade própria, existem crianças que não querem saber só de modernidade e se rendem aos encantos do passado. Abaixo, selecionamos alguns garotinhos de destaque na cena vintage e conversamos com seus papais e mamães para saber mais sobre sua relação com o retrô. Vamos conferir?
Edwin Kenzo Hayashi Kassa, 9 anos – São Paulo (SP)
“Ao observar o estilo rocker do pai (Osakabilly – baixista Space Comets), que toca em bandas de rockabilly e hillbilly, o Kenzo sempre me pedia para vestir ele igual ao papai e os amigos do papai. Chorava para ter uma bota e fazer o cabelo do Ton White, o vocalista da banda. Sempre adorou ir aos shows, mas sempre queria escolher o que vestir. Hoje, acompanha o pai em ensaios em casa, tocando um pouco de bateria, e adora um bom hillbilly. O motivo do Kenzo gostar de se vestir assim é gostar muito do som e com certeza foi através da influência do pai que toca”. – Mamãe Denise Kamikazi.
Arthur, Miguel e Otávio Finco Maidame, trigêmeos, 7 anos – Atibaia (SP)
“A experiência de gostar do estilo e do movimento vintage em geral é, talvez, por minha influência. E mais remotamente da mãe Gabriela Finco. Gostamos de coisas clássicas, desde o modo de agir mais cortês às roupas de época. E, no meu caso, a paixão por motos e carros antigos vem desde a infância, e isso acabou influenciando os meninos. Os trajes da foto são para um dos encontros de motos antigas que costumamos frequentar e acontecem em setembro em São Paulo e nós todos vamos caracterizados. O nome do encontro é The Distinguished Gentlemans Ride”. – Papai Márcio Maidame
Arthur Uziel, 7 anos – São Paulo (SP)
“Eu sempre gostei de estilo retrô, principalmente para homens, pois acredito que dá aquele ar de eterno menino levado. O Arthur é mais fã de morcegada, dark e coisas do tipo, não só visualmente, mas também musicalmente falando. Uma de suas bandas favoritas é Depeche Mode, e gosta também de David Bowie e Bauhaus. Mas, se a calça for justa e tiver a ver com rock, ele gosta. Sem contar esse brinquinho que ele não tira de jeito nenhum”. – Mamãe Ka Uziel.
Olavo Novaes, 6 anos – de São Paulo (SP)
“Sempre fui apaixonada por tudo que representa as décadas de 40, 50 e 60; o glamour, a moda, música e comportamento. Não sei dizer ao certo quando tudo começou, mas essa paixão me acompanha até hoje, e não tem como não influenciar meu guri Olavo de seis anos. Ele não entende muito bem o significado de ser retrô, mas percebe e gosta de ser diferente do estilo dos outros amiguinhos. Sempre que posso, trago uma novidade, acessórios, boinas, camisetas personalizadas e ele adora.” – Mamãe Janaina Novhaes.
Lorenzo Homem de Mello Siqueira, 2 meses e meio – São Paulo (SP)
“Minha relação com o vintage é total; começou pelo som, e aí vieram as roupas, decoração e tudo que remeta à época. Uma coisa puxa a outra. Curto toda essa coisa de anos 50 há muito tempo, mesmo antes de sair pra role, pois minha mãe quando era jovem cantava Jovem Guarda na rádio, em Apucarana (PR), e com isso cresci ouvindo não só Jovem Guarda, mas Elvis e tudo relacionado à época. O meu primogênito Yuri já tem 15 anos, então não consigo mais vesti-lo com meu gosto, pois o dele hoje é diferente, mas quando era pequeno eu fazia topete e tudo. Acredito que eu vá fazer a mesma coisa com o caçula, o Lorenzo, e espero que ele continue se vestindo assim e curtindo o mesmo que eu, pois o Yuri não continuou, gosta de rock, mas não rockabilly – risos.” – Mamãe Patty Boop
Lucas Cremaschi Lemes, 11 anos – São Paulo (SP)
“O Lucas conheceu o universo do rockabilly aos 6 anos através de mim e meu marido (Hilton Lemes), que já frequentávamos há tempos. De lá pra cá virou figurinha carimbada em todas as festas por ter se tornado um exímio dançarino, totalmente autodidata. Já esteve presente em shows dos grupos Firebirds, The Jets e Go Getters e seu sonho é poder participar do concurso de dança do festival Viva Las Vegas, mas ainda a pouca idade o impede, pois o evento é destinado para maiores de 18 anos”. – Mamãe Luciana Cremaschi.
Luiz Filipe Bastos, de 2 anos – Manaus (AM)
“Fui influenciada indiretamente pela minha mãe e meu tio através da música e de filmes. Adorava assistir aos musicais e achava demais quando ela ouvia Jerry Lee e outros clássicos do rock’n’roll, mesmo sem saber quem eram. Anos depois, na faculdade de moda, adotei o estilo e me familiarizei mais com a cultura retrô, mas se não fosse pela influência deles talvez não associasse o visual com a música. Com o Luiz Filipe fiz questão de passar isso também: desde quando ainda estava na minha barriga colocava um CD do Elvis no estilo caixinha de música, feito especialmente para bebês, presente esse que ganhei, claro, da minha mãe.
Hoje, a gente se diverte ouvindo rockabilly, rock’n’roll e eu acabei aprendendo um pouquinho do estilo retrô pra meninos, pra poder vesti-lo. O suspensório e o jeans com a barra dobrada já virou praticamente uma marca registrada dele. Talvez ele não queira seguir o estilo quando crescer ou goste de outro estilo musical; talvez nem queira usar um topete. Mas assim como a minha mãe me influenciou indiretamente, eu quero ser uma boa influência pro meu filho, a diferença é que eu faço isso de uma forma totalmente direta e proposital e vou amar vê-lo crescer e se tornar um rocker”. – Mamãe Laila Jéssica Zuko.
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