Já conhecido pelo duo Brothers of Brazil, em parceria com o irmão Supla, João Smith também vem se destacando pelo projeto João Suplicy & The Hound Dogs, onde canta e toca guitarra ao lado do baixista Danyael Lopes e do baterista Jeff Billy. A banda faz um rock ‘n roll do jeito que João gosta: cheio de experimentos, versões de clássicos e sons autorais.
Há tempos, o filho dos senadores Eduardo e Marta Suplicy adotou um visual rockabilly que também se reflete em sua música. Em 2006, gravou um inusitado tributo a Elvis Presley todo em Bossa Nova e, hoje, com os Hound Dogs, mantém os clássicos do rei e de outros ídolos dos anos 1950, 1960 e 1970 em seu repertório.
Enquanto, com o Brothers, João acaba de voltar de uma turnê na Europa para divulgar seu terceiro álbum, Melodies From Hell – lançado em 2014 pela SideOneDummy Records de Los Angeles -, com os Dogs acabar de lançar a primeira faixa da banda, Dedo na Ferida, e vem apresentando o novo trabalho em bares e casas noturnas paulistas. A banda, inclusive, vai encabeçar o line-up do Big River Festival, no dia 11 de julho, em São Paulo.
Em poucos versos, o som composto por João aborda assuntos atuais de forma crítica e direta, como a crise hídrica e a insatisfação dos brasileiros com a política nacional, sem deixar a pegada rocker de lado. Aproveitamos a novidade e fomos bater um papo exclusivo com o músico sobre esse novo projeto que tem a essência do Universo Retrô. Confira!
Universo Retrô – Sabemos bastante sobre o seu duo com seu irmão Supla, o Brother’s of Brazil, mas o projeto João Suplicy & The Hound Dogs é algo relativamente novo. Nos conte um pouco como começou e como vem sendo a repercussão da nova banda.
João Suplicy – Eu tinha a intenção de montar um show em tributo ao Elvis e para isso pensei num trio típico rockabilly. Por indicação do Alexandre Yé, que dá aulas de dança nesse estilo, marquei um estúdio pra levar um som com Jeff Billy na batera e Danyael Lopes no contra baixo. Logo de cara rolou uma sintonia muito legal.Tem um lance da gente se divertir muito tocando juntos.
O Jeff toca bateria de pé e é bem performático, enquanto o Danyael leva um baixo acústico responsa, além de mandar bem nos backing vocals. Aos poucos, o repertório foi se desenvolvendo pra outras coisas, inclusive, músicas minhas que não toco com o Brothers. Acho que, ao invés de tributo a Elvis, o show está ficando mais pra o Rock do João (risos).
UR – Vocês se consideram uma banda de rockabilly ou preferem não se rotular?
João – A banda a princípio é sim, mas eu, pessoalmente, não me considero, porque sou ligado a muitos estilos diferentes. O Jeff, com certeza, é o mais rockabilly de todos nós.
UR – Você acha que tem espaço para este tipo de som no Brasil? Como o público vem recebendo a sua banda?
João – Acho que tem espaço pra tudo. Os shows tem sido um sucesso e a resposta do público a melhor possível.
UR – Você sempre se mostou apaixonado pelos anos 1950, tanto na maneira como se veste, como nas referências musicais, etc. De onde e quando surgiu essa paixão?
João – Eu sempre curti as músicas. O lance do visual veio mais a partir do Brothers. Foi aí que comecei a adotar um visual mais anos 1950.
UR – O que te encanta tanto nesse universo do retrô?
João – A música tem uma pureza e, ao mesmo tempo, uma empolgação que contagia. E quando o visual acompanha isso, fica tudo mais legal.
UR – Uma pergunta que todo mundo quer saber: o Supla não fica com ciúmes do novo projeto com outros músicos? É possível conciliar as duas bandas?
João – Nesse meu projeto toco coisas que não toco no Brothers, além disso o Supla faz várias coisas sem mim, pricipalmente de televisão, então, acho de boa eu também ter um projeto paralelo. Sim, super tanquilo conciliar as duas bandas.
UR – Vimos que você também vem compondo músicas para este novo projeto. O que te inspira pra compor?
João – Pode ser qualquer coisa. Desde algo que escute na rua, ou alguma coisa de comportamento que venho observando. Escrevi, por exemplo, uma que se chama “Dedo na ferida”, que fala de várias questões do nosso tempo, como a falta de água, por exemplo. Relacionamentos amorosos também me inspiram bastante, principalmente no começo e no final (risos).
UR – Já sabemos que Elvis é seu ídolo. Quem mais você toma como referência e inspiração?
João – Na verdade sou mais fã de Beatles do que de Elvis. Na minha maneira de tocar fui muito influenciado por Hendrix, Steve Ray Vaughan, Santana, Baden Powell, Gilberto Gil, Jorge Bem…
UR – Bossa Nova com Rockabilly. Alguns diriam que é uma mistura bastante inusitada, mas você não tem medo de fazer. E faz muito bem, diga-se de passagem. De onde surgiu a ideia?
João – Em 2006, cheguei até a gravar um álbum inteiro de Elvis em Bossa Nova, com produção do Roberto Menescal, mas não é a pegada desse novo projeto, que é mais rock´n roll mesmo. Em alguns momentos ainda entra algumas referências à bossa nova, mas agora o pique é outro.
UR – Tem previsão de lançamento de CD?
João – Pretendo gravar algo em breve, sim, mas ainda é cedo pra falar.
PING-PONG
MP3 ou Vinil? Vinil
Um lugar… Praia
Um ídolo… Paul Mccartney
Um lugar para ouvir música… No carro
Um show memorável… Ray Charles
Um músico… Tom Jobim
Um disco… Let It Be
parabens mirella pelo seu site universo retro divulgando e trazendo um pouco da cultura rockabilly
vintage para que viveu os anos 50 matar a saudade da juventude ,e para as novas geraçooes conhecer essa cultura
linda
Agradeço o carinho, Leonardo! :)