Há poucos dias foi divulgado uma ótima notícia para os fãs da banda punk The Clash. London Town, um longa metragem “inspirado em uma das canções do Clash”, trará parte da história do grupo associando a mesma à história de dois amigos e a situação política/econômica da Inglaterra dos anos 70. Para o papel de Joe Strummer, a acertada escolha de Jonathan Rhys-Meyers, que já interpretou (muito bem, diga-se de passagem), Elvis Presley em 2005. London Town tem a estréia oficial programada para 7 de Outubro e, além da trilha ser composta pela única banda que importa, ainda há um set list incrível com Buzzcocks, The Stranglers, Toot & the Maytals, Willie Williams e Stiff Little Fingers.
O trailer se passa em 1979, mas também faz um resgate do início do Clash, em meio a protestos interraciais contra o partido fascista National Front, a composição de White Riot, o festival Rock Against the Racism (Rock contra o racismo), no qual o Clash participou em 1978. Além dos “resgates históricos”, segue a história paralela de Shay (Daniel Huttlestone) e a garota punk Sandrine (Natascha McElhone). Eles se conhecem em uma viagem de trem e, a partir daí, Shay também conhece as músicas da única banda que importa, fato que muda sua vida.
Como o trailer gerou um grande entusiasmo neste que lhes escreve, o Universo Retrô foi atrás da opinião de fãs do Clash sobre London Town:
Barbara Moraes, assistente de exportação e apaixonada por The Clash: “Fiquei surpresa ao assistir o trailer do London Town. Alguns anos atrás tinha um boato de um possível filme sobre o Clash. Lembro que na época o John Cusack era o meu preferido para o papel do Joe Strummer. Gostei do Jonathan no papel do Elvis e até como o Bowie. De cara ele não tem nenhuma semelhança com o Joe, isso é fato, mas acho que na verdade nenhum ator ou até mesmo filme vai transmitir a mesma energia da banda, acho até impossível”.
Alberto Rinaldi, vocalista da banda We Are The Clash: “Eu gostei muito do trailer. Sinceramente, espero um filme tão bom quanto o ‘Love Kills’, que contou a história de Sid & Nancy, ou até mesmo o ‘Control’, que narrou a vida conturbada de Ian Curtis, líder do Joy Division. Esses filmes que contam histórias de ícones do punk rock são sempre uma boa pedida, pra mim que, além de fã, tenho uma banda cover do The Clash. E outro detalhe importante do filme, é que tirando o ‘Rude Boy’, que conta a história do The Clash com os próprios membros da banda, nunca se foi feito um filme sobre a ‘única banda que importa’.
Kimberly Santo, estudante de Engenharia Química e fã de The Clash: “Ao saber do filme, me entusiasmei de imediato. Até hoje não tive decepções com materiais relacionados ao The Clash e já tinha certeza de que desta vez não seria diferente. Mas, me surpreendi. O que eu pensava ser uma biografia mostrou-se um túnel que me levou de volta aos tempos de pré/adolescência em que Joe Strummer, através das músicas do Clash e The 101’ers, era praticamente um tutor. Trouxe-me de volta à visão de alguém que pode aprender a amadurecer, desenvolver valores e ideais através da música e paixão de uma das personalidades imortais do Punk Rock. E emoções à parte, nomes como Natascha McElhone e Jonathan Rhys Meyers confirmam a boa surpresa que London Town é”.
Paulo Caramês, responsável pelo blog Sequela Coletiva: “Apesar do The Clash há muito merecer uma cinebiografia ainda não foi desta vez que isto aconteceu. (O filme) parece promissor dado o histórico de Meyers que já interpretou Elvis Presley com muito acerto. O trailer, além das cenas dos embates que deram origem a White Riot, traz a representação da performance do quarteto no London’s Victoria Park para 80 mil pessoas em abril de 1978 e é de tirar o fôlego”.
Leandro Romano, jornalista formado pela Universidade Sant’anna : “Ainda não encontrei palavras para descrever a euforia que tive ao ver o trailer de “London Town”. The Clash além de sua música ser politicamente ativa no cenário do rock inglês, merecia há tempos uma homenagem como essa. Falo isso com tal propriedade, pois não desmerecendo outras bandas do gênero, mas vejo o The Clash como uma revolução musical da época. Creio que todo o adepto do Rock n Roll, independente do gênero, deve garantir um lugar na fileira da frente, para apreciar e cantar junto ‘White Riot’, a plenos pulmões”.