Foto de Capa: Divulgação/Empório Vó Olívia
Com a nostalgia cada vez mais virando tema no design atual, as louças de ágata também entraram para a lista dos “itens casa de vó que voltaram à moda”. Para quem só viu, mas nunca soube o nome desse item, louças de ágata são aquelas panelas e canecas metalizadas e esmaltadas com borda brilhante que não apenas eram vistas nas casas de nossas avós, como também em residências rurais.
Além do design nostálgico, outro principal motivo de seu retorno é a sua durabilidade (o que inclui a sustentabilidade por dispensar o uso de descartáveis) e sua maior segurança em relação à saúde e o bem-estar do consumidor, já que não há superfícies porosas capazes de absorver resíduos e gerar bactérias, ser resistente a riscos e lascas, além do esmalte não intoxicar os alimentos.
As louças de ágata também são versáteis, podendo ser usadas tanto para cozinhar como para servir qualquer tipo de refeição, desde sopas até sobremesas, fora que, desde que foram lançadas no mercado pela primeira vez lá pelos idos do século XIX, é possível vê-las nas mais diversas cores e estampas. Sobre essas últimas, encontramos temas floridos em sua maioria, mas é fácil achar estampas mais geométricas e descoladas também.
História
As louças de ágata têm suas origens na Europa do século XIX, mais precisamente em 1850 na Áustria e Alemanha, ano e lugares em que os primeiros produtos feitos com chapas de ferros esmaltados foram fabricados industrialmente. Logo depois, a França passou a usar este mesmo material para fabricar utensílios de cozinha, inicialmente, com esmalte preto, mas, rapidamente, foram produzindo utensílios de ágata com uma variedade maior de cores.
Mas quem popularizou esses itens foi a Inglaterra, ainda no mesmo século. Fábricas inglesas como a Staffordshire, que antes eram famosas pela produção de peças em cerâmica, passaram a fabricar e comercializar louças de ágata. Sua popularidade se tornou a nível mundial e as peças começaram a ser usadas em cozinhas domésticas (tanto urbanas como rurais), restaurantes e até mesmo em acampamentos.
Entretanto, seu declínio começou a dar as caras a partir dos anos 50, quando as indústrias tiveram o seu auge e as cozinhas domésticas ficaram mais modernas, dando maior espaço para materiais como o aço inoxidável e o plástico resistente ao calor, que também ofereciam uma boa durabilidade, facilidade de manutenção e design moderno. Mas, agora que a nostalgia e a sustentabilidade estão tomando conta de nosso século, as louças de ágata voltaram nos mais variados estilos, desde o tradicional até os mais descolados.
Cuidados
Por mais que sejam resistentes, as louças de ágata também exigem um certo cuidado para prolongar sua vida útil. A começar pela sua lavagem, que, apesar de serem bem-vindas na lava-louças, é sempre preferível serem lavadas à mão. Se optar por esta segunda opção, também é preciso evitar utensílios abrasivos, como esponjas ásperas e lãs de aço, que podem arranhar a peça ou descascar o seu esmalte. O ideal é sempre lavar as louças de ágata com água morna, sabão neutro e uma esponja suave.
Além disso, a questão térmica também deve ser relevada. Embora possam ir na airfryer (dependendo do tamanho), essas peças não podem ir no microondas, fora que devem ser sempre levadas vazias ao fogo antes de acrescentar o alimento. As louças de ágata também são muito sensíveis ao choque térmico, jamais coloque uma peça quente em água fria ou superfícies frias, pois pode danificar o esmalte.
Agora, para quem tem louças de ágatas antigas, mais especificamente datadas antes dos anos 80, o cuidado é redobrado. O motivo disso é que essas peças normalmente vieram de uma produção que não seguiu as normas da Anvisa e do Inmetro, onde o teor de chumbo, arsênio, cádmio, mercúrio, antimônio e cobre devem ser inferiores a 1%. Em casos assim, as chances de liberação de metais tóxicos são altas e, por consequência, drasticamente nocivas para a saúde do consumidor. Se este for o caso, o ideal é ter essas peças como item de decoração e comprar outras novas.
Nota: Esta foi a nossa primeira matéria com parte de nossas fontes vinda da IA. Quanto às outras, estas foram tiradas de forma convencional, que, para este texto, foram a Revista Casa e Jardim e Cozinha Retrô.