Foto da capa: Cleo Velleda/Imprensa Oficial
Junho e julho serão meses de pura viagem no tempo para o Luz na Tela, o cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa. Serão duas sessões, uma neste dia 27 e outra dia 25 do próximo mês, exibindo filmes que, além de clássicos, serão rodados em película 16mm.
A primeira sessão exibirá Jeca Tatu, uma das comédias mais icônicas de Mazzaropi dirigida por Milton Amaral e lançada em 1959. Baseado no personagem de Monteiro Lobato, o longa conta a história de um caipira preguiçoso e simplório que vive em um sítio no interior de São Paulo com a mulher e seus filhos e que luta para proteger sua família e terras em meio a dívidas e intrigas.
Já a segunda traz a primeira versão cinematográfica de King Kong, lançada em 1933 e dirigida por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack. A trama é sobre um gorila gigantesco que foi levado da ilha onde vive no Oceano Índico por um grupo de empresários inescrupulosos para virar atração teatral em Nova York.
Tal qual todas as sessões do Luz na Tela (as duas primeiras aconteceram em abril e maio), estas terão seus filmes exibidos em uma tela de 4 por 2,3 metros instalada no Pátio B do Museu e distribuirão pipoca e guaraná para os seus espectadores. Já a sessão de Jeca Tatu celebrará a época de festa junina e terá o espaço de exibição decorado com bandeirinhas e outros adereços da temática, além de distribuir quentão sem álcool.
Projeto Luz na Tela
Luz na Tela é um projeto do Museu da Língua Portuguesa em parceria com o Museu Soberano – Rua do Triunfo, que reabriu recentemente a fim de resgatar a produção cinematográfica no bairro da Luz, em São Paulo, e arredores. Mensalmente, a iniciativa exibe uma sessão ao ar livre gratuita com filmes clássicos, sendo Luzes na Cidade (1931), de Charlie Chaplin, o cartaz de estreia.
O objetivo desse projeto é fortalecer e valorizar a cultura cinematográfica em uma região completamente esquecida pela sociedade paulistana – a Cracolândia. Denominada antes como Boca do Lixo pela imprensa sensacionalista, a região é habitada por pessoas consideradas marginais, como moradores de rua, prostitutas e dependentes químicos. Entretanto, produtoras de filmes independentes se instalaram e se consagraram naquele local, saindo de lá nomes como o de Zé do Caixão, por exemplo.
A iniciativa é um desdobramento do 1º Festival Cultura e Pop Rua – População em Situação de Rua e Direito à Cultura. Também realizada pelo Museu da Língua Portuguesa, mas em parceria com o Sesc São Paulo, a ação ocorreu em 2023 e ofereceu uma série de atividades culturais, rodas de conversa e serviços à população em situação de rua. Além disso, fortaleceu a rede de parceiros do território e promoveu o debate aprofundado sobre o papel das instituições culturais ante a esse grande desafio social.

Serviço
3º e 4º Luz na Tela
Datas: 27 de junho (Jeca Tatu) e 25 de julho (King Kong), às 19h30.
Local: Museu da Língua Portuguesa (Pátio B) – Praça da Língua, s/nº, Luz, São Paulo/SP
Entrada gratuita