Quem tem bebês sabe que as fraldas descartáveis facilitam muito no dia a dia. Mas, nem sempre foi assim. Você já parou para pensar como as mamães faziam para cuidar da higiene de seus filhos antes dessa tecnologia?
Muitas pessoas que tiveram filhos até a década de 90 devem lembrar o trabalho que era lavar fraldas de pano. Há relatos de que até as antigas civilizações usavam alguns tipos de fraldas improvisadas. Eles confeccionavam musgo, pele de coelho e grama.
A influência da Segunda Guerra Mundial no uso de fraldas
A Segunda Guerra Mundial também contribuiu para o surgimento das fraldas descartáveis. Com a escassez de algodão, começou a faltar matéria prima para o tecido de fraldas de pano. Além disso, as mulheres começaram a entrar no mercado de trabalho e precisavam de produtos que pudessem facilitar o seu dia a dia no cuidado com os filhos.
Marion Donovan criadora das fraldas descartáveis
Não podia ser por menos, as fraldas descartáveis foram criadas no início da década de 1950 por uma mulher: Marion Donovan.
Dizem que, Marion cansada da vida de trocar as fraldas de seu filho, decidiu criar uma capa de fralda para manter seu bebê seco. Ela então, com sua máquina de costura, uniu a fralda de pano com o forro plástico – a princípio, ela usava cortinas de banheiro para criar a capa impermeável que iria proteger as fraldas de pano.
Apesar de muita tentativa e erro, o formato era a prova d’água e permitia que o bebê ficasse seco por mais tempo. Essa pode ser considerada a primeira versão do que viria a se tornar as fraldas descartáveis que conhecemos hoje. Donovan apresentou sua invenção para muitos fabricantes dos Estados Unidos, mas sempre ouvia que a ideia era inviável.
O avanço das fraldas descartáveis
Mesmo com o avanço das fraldas descartáveis na indústria, ainda era visto como artigo de luxo, já que ainda era um produto muito caro no comércio, por isso, eram usadas apenas em ocasiões especiais, como festas, viagens e visitas ao médico.
Em 1959, Victor Mills, engenheiro químico da Procter & Gamble, desenvolveu um novo tipo de fralda descartável, que batizou de Pampers (que significa mimar). A fralda fez muito sucesso, e foi o ponto de partida para produção em grande escala.
Mas tinha um problema, como naquela época ainda não tinha fita adesiva nas fraldas, era preciso usar fita crepe, o que não era muito prático, já que era preciso estar sempre com uma fita crepe do lado.
Ou usar broches, como na campanha de Pampers, abaixo:
Apenas na década de 60 que a fralda descartável começou a ser mais otimizada, trocando papel tissue por fibras de celulose (melhorando seu desempenho), a ter fitas adesivas acopladas e moldando a estrutura para que não tivesse vazamento.
Foi com a evolução do absorvente feminino (também criado por uma mulher: Mary Kenner), que as fraldas descartáveis também começaram a ganhar mais desenvolvimento, já que perceberam que poderiam usar a mesma tecnologia para diferentes produtos.
Na década de 70, a Johnson & Johnson entra no mercado de fraldas descartáveis já com fitas adesivas laterais acopladas. Com mais marcas no mercado, o preço do produto foi ficando mais acessível
Fraldas descartáveis hoje em dia
Hoje em dia, há muitas opções de fraldas descartáveis, atendendo os mais diversos públicos e com diferentes necessidades. Há fraldas com cheiros, tamanhos diferenciados e diferentes estampas. O produto atende não só as necessidades dos bebês, como também de adultos que perdem o controle de suas funções fisiológicas, conhecidas como fraldas geriátricas.