Calma, calma! Não estamos lançando uma nova receita de frango empanado! É sobre esse “nugget” que achou que era o texto? Para o bem ou para o mal, precisamos te dizer que não é! Na verdade, Nugget também é um termo retirado do vinil Nuggets: Original Artyfacts from the First Psychedelic Era, 1965–1968. Em 1972, Lanny Kaye (que se tornaria guitarrista do Patti Smith Group) e Jac Holzman, um dos fundadores da gravadora Elektra, organizaram uma coletânea dupla com o melhor da cena underground americana do rock psicodélico dos anos 1960.
Nuggets logo virou uma série e, com isso, acabou tornando-se um termo para designar esse tipo de cenário: artistas superinteressantes que foram engolidos pelo sucesso das bandas mais famosas e caíram em um tipo de limbo. Normalmente o termo nos leva a essa época do rock dos anos 1960 e 1970. Inclusive, porque a série – que teve o último volume lançado em 1989 – era voltada para bandas de garage e acid rock, psicodélico, surf music e tudo mais, que trazia órgão e pedal fuzz lançado nessas décadas.
A capa do primeiro Nuggets é a definição da palavra “piscodelia” (Foto: Reprodução)
No Brasil, também temos os nossos “Nuggets”. Um blog muito importante, o Brazilian Nuggets, foi um dos principais responsáveis por apresentar esse som para a geração do download. Disponibilizava os áudios, histórias da banda e da gravação do LP e toda a (ainda) rara informação que conseguiam coletar sobre esses artistas.
Também seguindo essa linha de eternizar os nossos Nuggets, a gravadora Groovie Records já lançou três volumes em vinil da série Brazilian Nuggets – Back To The Jungle, onde cavam o mais fundo que conseguem resgatando bandas da jovem guarda e do rock nacional do fim dos anos 1960 que mal dá para imaginar que existiram.
UNIVERSO RETRÔ NO SPOTIFY
Nós do Universo Retrô, ligados no som e na importância de muitos desses grupos, agora lançamos em nosso perfil no Spotify o primeiro volume da série de playlists Nuggets com Banana. Porém, em nossas listas, vamos mostrar não só artistas brasileiros que caíram no esquecimento das rádios ou nem chegaram aos ouvidos do grande público, mas também uma face de músicos hoje consagrados que, nessa época, fizeram um som inspirado nessas vertentes da música, mas com um jeitinho todo brasileiro.
Vamos descobrir (ou relembrar) Os Brazões, Casa das Máquinas e A Bolha. E também parar de pensar, por exemplo, no Caetano Veloso tocando Sozinho no violão e sentir as vibrações do baiano transformando o samba de Monsueto Quero Essa Mulher Assim Mesmo em um acid rock ligadíssimo.
Na capa, uma foto tirada no festival de Woodstock em 1969, personalizada com a energia de cores e vibração, causadas pelo nosso tropicalismo.
Curtiu? Então, essa é a hora! Aperte o play e viaje nessa psicodelia brasileira!
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