Comemorando os 80 anos da cantora, que seriam completados no próximo dia 19, a Globo lançou a série documental O Canto Livre de Nara Leão. Parte do núcleo de documentários do programa Conversa com Bial, a produção também segue disponível no catálogo da Globoplay.
Com cinco episódios, nós do UR conferimos o primeiro (depois acessaremos os demais) e adiantamos que a série mostra um conteúdo rico logo no início. Obviamente, a produção começou abordando sobre o começo da carreira de Nara, no final dos anos 50. Mas, ao mesmo tempo, já mostrou sua grande importância no empoderamento feminino e na revolução cultural que engatinhava no país, através, principalmente, da música.
Traços de sua personalidade também foram revelados, mostrando o quão podemos amar e se identificar com a artista. De acordo com a produção, Nara era uma moça tímida, não era vaidosa e era bem a frente do seu tempo com seu visual mod. Além disso, ela tinha um grande talento para a música e protestava, mesmo antes da Ditadura Militar, por meio dessa arte, ao lado de nomes como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto.
Quanto à estética da série documental, ela combina muito bem com seu tema por mostrar imagens das praias do Rio de Janeiro nos anos 60, despertando a nostalgia dos cariocas que viveram a década e o deslumbramento daqueles que são entusiastas por este cenário. Além disso, a pegada modernista dos anos 60 também está presente na abertura e em outros efeitos gráficos, com figuras geométricas e cores vibrantes.
O Canto Livre de Nara Leão foi dirigido por Renato Terra e teve membros da família da homenageada na equipe de produção. Além do ex-marido, o cineasta Cacá Diegues, entre os entrevistados no documentário, sua filha, a também cineasta Isabel Diegues, trabalhou na consultoria e seu neto, José Bial, filho de Isabel com Pedro Bial, cuidou da produção de conteúdo.