Depois de ser lançada como um podcast documental pela Radio Novelo em 2020, a Praia dos Ossos ganha nova adaptação pela HBO em forma de minissérie dramatúrgica. A gigante do audiovisual anda anunciando a chegada da nova obra tem algum tempo. Mas agora ela vem nos trazendo mais novidades, como o seu título, que será homônimo ao podcast, e o início das gravações, que já tem imagens (algumas de bastidores) oficialmente divulgadas.
A produção baseada no podcast, que, por sua vez, foi baseada em fatos reais, terá Marjorie Estiano no papel de Ângela Diniz, Emilio Dantas como Doca Street e Antônio Fagundes como o advogado e ex-ministro do STF Evandro Lins e Silva. Haverá também outros nomes de peso, como Thiago Lacerda no papel de Ibrahim Sued e Thelmo Fernandes como Milton Villas Boas.
Além disso, a HBO divulgou que a produção será assinada pela produtora Conspiração, contará com seis episódios, além de Elena Soárez e Andrucha Waddington no roteiro e na direção, respectivamente. Entretanto, sua data de lançamento ainda segue sem nenhuma previsão.
O podcast, assim como a minissérie, relembram o caso criminal envolvendo a socialite mineira Ângela Diniz, que foi vítima de feminicídio pelo namorado Doca Street. Enquanto passavam o verão de 1976 em uma casa de veraneio na Praia dos Ossos, no Rio de Janeiro, a moça foi assassinada com três tiros no rosto e um na nuca por motivos de ciúmes e possessividade por parte do parceiro.
Antes do podcast, o crime na Praia dos Ossos também teve sua história contada por outras produções, não apenas audiovisuais, como também literárias. Em 1982, a Rede Globo lançou a minissérie Quem Ama Não Mata, que, aliás contou com Marília Pêra e Cláudio Marzo no elenco. Já nos anos 2000, virou pauta para um episódio do Linha Direta e quase ganhou um filme com Deborah Secco, mas este último só foi realizado em 2023 com Isis Valverde no lugar.
Na parte literária, Doca publicou o livro Mea Culpa em 2006, onde ele dava a sua versão sobre o caso. Lá constava que, durante uma discussão, Ângela o agredia com uma maleta, no qual estava o revólver dentro. Em algum momento, o revólver caiu no chão e Doca aproveitou para matá-la em legítima defesa. Outro livro sobre o caso era Mulher Livre, de Adelaide Carraro, onde Doca também teve uma participação.