Você, com certeza, quando criança, acabava com o resto de bateria que tinha do celular de sua irmã mais velha jogando Snake. Aí, quando você completou 15 anos e ganhou seu primeiro Nokia, passou a jogar o tal “jogo da cobrinha” na sala de espera do dentista, ou no intervalo durante os primeiros dias na escola nova, um pouco antes de começar a se enturmar.
Soou muito específico? É que esses foram meus primeiros contatos com o clássico jogo de celular, lá no início dos anos 2000.
Bem, independente das circunstâncias e da idade que você teve naquela época, é claro que você deve ter passado o máximo de tempo disponível jogando aquele jogo que revolucionou a forma que utilizamos o celular. Mas fica aqui uma curiosidade, o Snake não foi instalado pela primeira vez nos celulares da Nokia.
O Snake (que ainda não se chamava Snake) antes de virar mobile
Em 1976, o jogo foi desenvolvido pela Gremlin Interactive e batizado de Blockade. Lançado para os fliperamas, o jogo era monocromático e o personagem era movido pelas setas do teclado, porém sua única diferença era sua jogabilidade multiplayer. Seu objetivo também era o mesmo, cada personagem tinha que “comer” o que aparecia na tela e evitar choques contra os muros do cenário. Aquele que “comia” mais, ao mesmo tempo que mantinha o personagem ileso, era o vencedor.
O então Blockade fez tanto sucesso que acabou servindo de inspiração para desenvolvedores concorrentes anos depois, inclusive a Atari, que lançou o Worm em 1978. O jogo só ganhou uma versão single player em 1982 chamada Nibbler pela empresa de fliperamas e jukeboxes Rock-ola, que mais tarde lançou para computadores domésticos e para a própria Atari.
A popularização do Snake pela Nokia
Depois de anos lançado em CD-ROMs com resoluções mais avançadas, como o 8 e o 16bit, o jogo ganhou uma versão mobile, apesar de monocromática. Em 1997, a Nokia lançou mais um tijolão, só que desta vez, capaz de ir mais além do que fazer e receber uma simples chamada. O então novo modelo 6110 da marca finlandesa se mostrou multifuncional ao chegar com o jogo instalado em sua memória, além de outros recursos.
A versão adaptada para mobile pelo programador Taneli Armanto, que trabalhava na Nokia, não tinha grandes novidades no início, apenas a possibilidade de ser jogado em qualquer lugar, como se fosse um Gameboy, e seu nome alterado para Snake. Mas quando foi lançado o Nokia 3310 em 2000, o jogo ganhou uma segunda edição, ainda monocromática, porém com um visual mais detalhado e a inclusão da contagem de pontos.
Tão nostálgico quanto o Tamagotchi
Assim como o bichinho virtual, o Snake é mais procurado pelos nostálgicos atualmente e ganhou apps para smartphones que variam do estilo tradicional (cuja interface até imita um celular antigo) até os mais modernos com jogabilidade diferente. Inclusive, o próprio Taneli, hoje desligado da Nokia, em parceria com a Rumilus Design, desenvolveu o Snake Rewind, uma releitura do jogo clássico com interface mais moderna e melhorias na jogabilidade.
Também houve ocasiões em que o “jogo da cobrinha” foi relançada literalmente de forma nostálgica. Em 2017, a Nokia lançou uma releitura do modelo 3310 com um design mais moderno e mais fino (porém com tela “não touch” e discagem por botões), entrada para USB e fones de ouvido, câmera integrada, além de, claro, o jogo Snake na sua forma clássica, porém um pouco mais atualizada.
Muito bom parabéns ??
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O link sim, aliás, agradecemos! ;)
Top demais! Eu posso compartilhar?
Opa, fique à vontade!^^