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The Beach Boys: a banda que mudou os rumos do rock and roll

26 de janeiro de 2016, por Eduardo Molinar
Música
The Beach Boys

O início dos anos 60 foi uma época de grandes mudanças no rock and roll, musicalmente falando. O ritmo agressivo, rebelde e inovador que Elvis Presley, Chuck Berry e Eddie Cochran ajudaram a definir nos anos 50, começou a se popularizar entre todas as faixas etárias, e, de certa forma, deixou de ser um estilo apenas de jovens. Há vários motivos para que isso tenha acontecido. No entanto, uma banda foi, talvez, a principal causa dessa mudança: os Beach Boys.

Fãs do rock and roll e de doo wop, além de possuir uma excelente educação musical, o grupo se juntou em 1961. A formação clássica era Mike Love (vocal), Brian Wilson (vocal, baixo e teclados), Dennis Wilson (bateria), Carl Wilson (guitarra solo) e Al Jardine (guitarra base). Vindos da cidade californiana de Hawthorne, que se localiza no litoral do estado, no primeiro ano houve o lançamento do single “Surfin’/Luau” e os colocou nos top 100 dos EUA, dando a eles um contrato com a Capitol Records.

The Beach Boys

O grupo em uma de suas primeiras apresentações (Foto: Reprodução)

Em 1962 entra David Marks no lugar de Al Jardine. O single “Surfin’ Safari/409” vai para o Top 20 dos EUA e também à Inglaterra, mas sem o mesmo impacto. No entanto, o single os colocou no cenário nacional e tornou o surf rock uma febre. Seu som que misturava rock, surf music e doo wop transformou aquele ritmo originário dos anos 50 em algo mais pop, e o rock and roll dava seus primeiros passos para se tornar apenas rock.

Um belo registro feito em cinema das mudanças ocasionadas na música e no público em geral pelos Beach Boys foi no filme “American Graffitti”. Na cena em que John Milner (Paul Le Mat) está andando com seu deuce coupe pela cidade com Carol (Mackenzie Phillips), eles discutem sobre seus artistas preferidos de rock. Carol, 13 anos, quando começa a tocar no rádio Surfin’ Safari, diz que “os Beach Boys são o máximo”. John, 22 anos, replica com “desde que Buddy Holly morreu o rock and roll não foi mais o mesmo”. O longa metragem se passa em 1962, na Califórnia, época em que os Beach Boys estavam em ascensão.

 Surfin’ Safari

Capa do primeiro álbum da banda, Surfin’ Safari (Foto: Reprodução)

Em 1963 eles lançam o single “Surfin’ USA/Shut Down” e estouram nas paradas de sucesso ao redor do mundo, alcançando o Top 10 no Canadá, Estados Unidos, Suíça e Austrália. O álbum, intitulado “Surfin’ USA”, dá ao grupo seu maior sucesso até então, sendo o mesmo uma super produção, deixando claras as habilidades musicais dos rapazes. Logo eles lançam mais álbuns e, com a chegada da Invasão Britânica, os Beach Boys “declaram guerra” às bandas inglesas e começam a mudar seu som, o tornando mais polido e adicionando outros elementos como música erudita, rock progressivo, rock psicodélico, jazz e vocais ainda mais aprimorados.

A partir de 1965, com álbuns conceituais e diversas experimentações, eles forçam os Beatles e The Who a compor cada vez melhor e aprimorarem a si mesmos. Reza a lenda que os Rolling Stones induziam seus fãs a comprar o álbum “Pet Sounds” dos Beach Boys, e que esse mesmo álbum levou os Beatles a comporem o icônico Sgt. Peppers Lonely Hearts Club. Na mesma época é lançado o compacto “Good Vibrations”, que vendeu milhões de cópias e colocou os Beach Boys como grandes nomes da psicodelia.

Após a fase psicodélica o grupo segue lançando ótimos trabalhos, como o álbum “Friends”, que é considerado o disco mais “maduro” deles. Com o passar dos anos, várias mudanças no grupo, os Beach Boys continuaram a produzir excelentes trabalhos e tornaram o rock uma música que tem apelo a todas as idades. Sem dúvida eles são um daqueles grupos que não podem passar despercebidos por quem realmente gosta de música em geral. Em 2012 lançaram o álbum “That’s Why God Made the Radio”. São 50 anos de muito sol, som surf e sal, e os Beach Boys certamente mudaram os rumos do rock para sempre.

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