A segunda noite da 19º edição do Psycho Carnival, aconteceu nesse sábado (10), no Jokers Pub, em Curitiba. O já tradicional evento da cidade durante essa época do ano contou com banda de surf music, duas estrangeiras de língua espanhola (Colômbia e Espanha) e três bandas paranaenses, sendo uma de Londrina e duas de Curitiba. Devido a problemas com o visto de última hora, a banda Klax (EUA) não pôde participar do evento e a curitibana CWBillys completou o line-up.
A noite começou com Footstep Surf Combo de Campinas (SP), trazendo toda a energia do seu surf music. A banda que vem se destacando na cena trouxe toda a sua potência para o palco, cativando o público que estava chegando no evento. Além de som próprio e clássicos da surf music, ainda tocaram músicas de bandas, que segundo o líder Gabriel Martins, os influenciaram muito, como Ramones e Dead Rocks.
Para quem acha difícil assistir uma banda de surf music, principalmente quando é só instrumental, não consegue imaginar como a banda é cativante. Quem não foi perdeu e quem tiver a oportunidade veja essa banda um dia.
A noite segue com a banda curitibana Mongo, trazendo um psychobilly intenso para o festival com toda agitação do vocalista Guilherme Rubini, mais conhecido como G-lerm. Entre os destaques do show, uma versão psychobilly da canção I Will Survive, conhecida na voz de Glória Gaynor, e a camiseta que o líder usava embaixo da camisa com a frase “Deus perdoe essas pessoas ruins”, que chamou atenção daqueles que estavam assistindo ao show.
Com o cancelamento do show da banda Klax, a banda CWBILLYS composta por Bruno Rocker (vocal e guitarra, também integrante do B.Booms), Peppeu Flukeman (vocal e baixo) e Clau Sweet Zombie (vocal e bateria, também da Diabatz), sendo ela a única mulher a tocar na noite, substituiu Klax no line up e trouxe um psychobilly com letras divertidas. Entre elas, uma versão cômica de Estúpido Cupido e uma performance na canção Circo dos Horrores. A banda ainda tocou covers de duas bandas nacionais que os influenciaram, Kães Vadius e Ovos Presley.
Entre as três bandas da noite, fomos surpreendidos com uma performance burlesca de Larissa Maxine. Ela subiu no palco e performou duas canções, ganhando ainda mais destaque no segundo momento, trazendo toda sua sensualidade ao som de Bourbon in your Eyes da cantora de rockabilly Devil Doll. Sua presença de palco conquistou o público.
13 Bats foi a primeira banda estrangeira da noite e também a primeira vez que vieram tocar no Brasil. Direto de Madrid (Espanha), o trio que, une elementos punk rock com o psychobilly, estava mesmo animado para tocar por aqui. Entre as homenagens aos brasileiros, fizeram uma versão psycho de Homem Primata, música que está no álbum Cabeça Dinossauro (1986), dos Titãs.
A segunda banda estrangeira a tocar na noite foi a colombiana Salidos de La Cripta, a primeira banda latino-americana a tocar nessa edição do festival e que pisa pela primeira vez em território brasileiro. As origens da banda são evidentes, quando o trio sobe no palco e traz toda a força latina para o show em seu discurso. A banda ainda divulga o álbum “Enemigos De La Humanidad”, lançado em 2017 e celebram 10 anos de existência.
Por fim, a banda mais esperada, Frenet Trio, um dos principais nomes do psychobilly brasileiro e uma das mais antigas do Paraná, volta ao palco após 13 anos. Mesmo anos inativos, o trio não estava nem um pouco enferrujado, trouxe toda a sua energia para o palco que refletiu muito bem no público que fechou a noite com muito wrecking.