Em 1º de junho deste ano, se estivesse viva, Norma Jeane Baker completaria 90 anos de idade. Você pode achar que não conhece a figura dona deste nome, mas certamente sabe quem é Marilyn Monroe, nome artístico que a fez conhecida pelo mundo todo. A musa passou por vários casamentos, casos amorosos e inúmeros escândalos em sua carreira, mas, ainda assim, se mantém há décadas como sinônimo de beleza, sensualidade e glamour.
Para homenagear este ícone do cinema, fizemos uma pequena retrospectiva da história de Marilyn. Nesse texto você poderá saber um pouco mais sobre a vida da diva. Mas, caso se apaixone, ou já seja apaixonado pela loira, uma boa dica é ler o livro “A vida secreta de Marilyn Monroe”, de J. Randy Taraborrelli; uma das biografias mais completas sobre a diva do cinema.
Em 1º de junho de 1926, nascia em Los Angeles Norma Jeane Baker, filha de Gladys Pearl Baker e de pai desconhecido. Sua mãe trabalhava como editora de filmes, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego e ela foi levada para uma instituição psiquiátrica.
Norma Jeane passou grande parte de sua infância em orfanatos até que, com 11 anos, mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, amiga da família. Mas, em 1942, a família Goddard foi transferida para a costa Leste americana e não tinha condições financeiras para levar a garota.
Na época, com 16 anos, Marilyn tinha duas opções: voltar para o orfanato ou se casar. Então, no dia 19 de julho de 1942, ela se casou com Jimmy Dougherty de 21 anos, com quem estava namorando há seis meses. Foram dois anos de um casamento feliz, até que em 1944 Jimmy também foi transferido, só que para o Pacífico Sul, por entrar na Marinha.
Após a partida de seu marido, Norma começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition em Burbank, na Califórnia. E lá foi descoberta, pelo fotógrafo David Conover que a convidou para posar como modelo. Assim, em 1946 ela se tornou uma modelo respeitada, estampou as capas de diversas revistas e começou a estudar teatro, sonhando com o estrelato. Porém, Jimmy Dougherty retornou para a Califórnia no mesmo ano, e reprovava o trabalho da esposa.
Assim, mais uma vez, Norma Jeane – que ainda usava o sobrenome Dougherty – tinha que fazer uma escolha, dessa vez entre seu casamento e sua carreira. Ela então pediu o divórcio, tingiu seus cabelos de loiro e assinou um contrato com a 20th Century Fox. A grande mudança de sua vida aconteceu nesse dia, quando Bem Lyon – recrutador de novos talentos e diretor de elenco da Fox – sugeriu que Norma Jeane mudasse seu nome.
Ele afirmava que Dougherty tinha uma pronúncia muito difícil e que as pessoas não saberiam ao certo como dizê-lo. Então, Lyon e Norma Jeane escolheram Marilyn Monroe. Marilyn por causa de Marilyn Miller, uma famosa atriz da Broadway na década de 1920, e Monroe por ser o sobrenome da família da mãe de Norma Jeane.
O primeiro papel de Marilyn em um filme foi uma participação em The Shocking Miss Pilgrim (sem tradução em português, 1947). Em seguida fez pequenas atuações, até 1950, quando seu papel como Claudia Caswell em A Malvada (1950), filme que estrelou Bette Davis, lhe rendeu muitos elogios. A partir daí, interpretou personagens cada vez mais importantes.
Em 1953, o sucesso de Marilyn no filme Torrentes de Paixão, que a tornou estrela de fato, lhe proporcionou os papéis principais em “Os Homens Preferem as Loiras” (1953) e “Como Agarrar um Milionário” (1953). Nesse ano a revista Photoplay votou em Marilyn como Melhor Atriz Iniciante, e, apesar de aos 27 anos de idade ela ter sido, sem dúvida, a loira mais amada de Hollywood pelo público, os produtores de cinema ainda não a respeitavam e ela se indignava por ganhar um dos menores salários entre as estrelas de Los Angeles.
Mas a insatisfação dos produtores de Hollywood com Marilyn não era tão infundada assim. Ela era conhecida por sempre se atrasar para as gravações dos filmes que fazia e frequentemente se ausentava dos sets de filmagens por indisposição. Os diretores também se irritavam porque a atriz dependia muito de seus professores de atuação. Como Natasha Lytess e Paula Strasberg, que passaram pela vida da atriz.
No dia 14 de janeiro de 1954, Marilyn se casou com o jogador de baseball Joe DiMaggio, em São Francisco, Califórnia. DiMaggio adorava Marilyn, costumava fazer de tudo para agradá-la, mas a fama e a figura sensual da atriz se tornaram um problema em seu casamento, que terminou nove meses depois. O objetivo de Marilyn era se livrar da imagem de furacão loiro, que ela achava ser a culpada por toda a sua falta de credibilidade frente aos produtores de cinema.
Para isso, mudou-se de Hollywood para Nova Iorque para estudar na escola de atores de Lee Strasberg, onde conheceu o dramaturgo Arthur Miller, com quem se casou em 1955. No mesmo ano, Marilyn abriu sua própria produtora, a Marilyn Monroe Productions. A empresa produziu Nunca Fui Santa (1956) e O Príncipe Encantado (1957). Esses dois longas serviram para mostrar seu talento e versatilidade como atriz e lhe renderam elogios da crítica.
Com sua personagem na comédia musical Quanto Mais Quente Melhor (1959), ela ganhou o Globo de Ouro como Melhor Atriz na categoria Comédia. Mas, mesmo estando no auge de seu sucesso, Marilyn começou a ter problemas com uso excessivo de remédios, álcool e com seu marido. Depois de dois abortos e um caso com o ator italiano Yves Montand, seu casamento com Arthur Miller chegou ao fim. Mas o escritor deixou para a loira o papel principal em seu filme Os Desajustados (1961), último filme completo de Marilyn.
No Golden Globes de 1962, Marilyn foi nomeada a personalidade feminina favorita de todo cinema mundial, mas poucas semanas depois foi cortada do elenco de Somethings Gotta to Give (1962) por atrasos frequentes e uso de drogas. Somethings Gotta to Give, inclusive, ficou marcado por ter sido rodado na época do aniversário de 45 anos do presidente norte-americano John F. Kennedy.
Marilyn gravou algumas semanas do longa (antes de ser cortada do elenco) e, em um desses dias – mais precisamente, 19 de maio –, deixou o set de filmagem e voou para Nova Iorque, até o Madison Square Garden, para cantar o memorável “Happy Birthday Mr. President” para Jonh Kennedy, com quem, especula-se até hoje, a atriz teve um intenso e conturbado caso de amor.
Na manhã do dia 5 de agosto do mesmo ano, aos 36 anos, Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, Califórnia. A notícia chocou o mundo todo, e inúmeros boatos da causa de sua morte foram explorados pela mídia, inclusive o de que ela teria sido morta por interesses do FBI em acabar de ver com seu envolvimento com John Kennedy. Mas a versão oficial foi a de que Marilyn teria tido uma overdose. No dia 8 de agosto de 1962, seu corpo foi velado no Corridor of Memories, nº 24, no Westwood Memorial Park em Los Angeles, Califórnia.
Durante sua carreira, Marilyn atuou em 30 filmes, sendo o mais marcante “O Pecado Mora Ao Lado” (1955), que traz a famosa cena de seu vestido branco esvoaçante; teve três casamentos em sua vida e nunca conseguiu o respeito e o reconhecimento que buscava ter frente aos produtores de Hollywood. Mas para o público isso nunca importou muito. Marilyn, mais do que uma estrela, foi um marco na história do cinema. A popularidade da diva era tanta que acabou ultrapassando as barreiras do tempo e a faz presente até hoje como um dos grandes ícones do retrô.
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