No último sábado, dia 18 de junho, Paul McCartney, o homem que compôs algumas das canções mais populares da história do rock, completou 74 anos de idade. E para celebrar a vida e as contribuições desta lenda do rock à música em geral, preparamos uma matéria especial sobre a trajetória de sua carreira.
Começar pelos Beatles? O Universo Retrô pula essa parte. Os Beatles são indescritíveis e dispensam qualquer tipo de apresentação. Talvez você os conheça por “Os Garotos de Liverpool” ou por “a banda mais famosa de todos os tempos”, já que eles continuam conquistando gerações, mas, de alguma forma os conhece, já ouviu ou cantarolou uma das músicas da banda.
Junto com John Lennon, Ringo Starr e George Harrison, Macca, como é conhecido, fez parte de uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais da história. Tornou-se o baixista mais conhecido do rock e, em 2008, foi eleito o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Ou seja, mesmo após o fim dos Beatles, Paul só fez confirmar todo seu talento e justificar o espaço reservado que conquistou na história da música mundial.
Em junho de 2010, o tão premiado músico se apresentou na Casa Branca, frente ao presidente americano Barack Obama. Ele mesmo foi o protagonista de um show em sua homenagem, que contou com estrelas como Stevie Wonder, Elvis Costello e Emmylou Harris. No evento, o ex-Beatle recebeu o prêmio Gershwin Prize, o qual presta homenagem a artistas por sua contribuição à música.
Para os Beatles, Paul compôs canções que certamente marcaram época, como “Love Me Do”, “I Saw Her Standing There”, “Can´t Buy Me Love”, “Michelle” e “Hey Jude”. Mas ele não parou por aí. Em sua carreira solo, que se iniciou em 1970, Macca lançou vários álbuns. O primeiro foi denominado Paul McCartney (1970), em que escreveu todas as canções, gravou todos os instrumentos e produziu o disco em seu próprio estúdio. Em seguida, o disco RAM (1971), onde o músico alfinetava seu ex-parceiro musical, John Lennon.
Já em 1971, com sua mulher Linda Eastman, Paul montou a banda Wings, na qual gravou oito álbuns entre 1971 a 1979, atingindo com o disco Red Rose Speedway (1973) o primeiro lugar das paradas de sucesso. Em 1979, os Wings chegaram ao fim e McCartney voltou em sua carreira solo. Deste ano em diante, o músico colecionou sucessos em uma discografia que conta com 30 discos entre trabalhos de estúdio, compilações e gravações ao vivo.
Em abril de 1990, Paul se apresentou no Brasil, em duas noites no Estádio do Maracanã. O segundo dia de concerto contou com uma plateia de aproximadamente 185 mil pessoas, entrando para o Guiness Book como o show de maior público pagante por um único artista em todo o mundo. Em 1993, ele voltou ao país para cantar em São Paulo. Depois, em 2010 voltou a dar seu show como presente aos fãs brasileiros e repetiu a dose recentemente, em maio deste ano.
Macca continua batendo recordes. Em março de 2009, ele se tornou o recordista mundial em rapidez de venda de ingressos para um show musical, ao ter todos os bilhetes postos à venda para uma apresentação em Las Vegas, Estados Unidos, esgotados em apenas sete segundos.
Anos iniciais
Em 1957, McCartney, que tinha apenas 15 anos, foi assistir ao show da banda de John Lennon, The Quarrymen, em Woolton – Liverpool. Lennon acabou convidando-o para entrar para a banda e os dois começaram a maior história de parceria em composições. Paul chamou George Harrison, em 1958, para os Quarryman. Após a entrada de Harrison como guitarrista, Stuart Sutcliffe, amigo de John Lennon, também foi integrado à banda como baixista.
O grupo mudou de nome várias vezes, até começarem a se chamar The Beatles, que faz um trocadilho com beetles (besouros) e beat (batida ou compasso ritmado). Em 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show no Cavern Club, em Liverpool. Foi ainda no mesmo ano que eles conheceram Brian Epstein, que se tornou empresário da banda e conseguiu o contrato com a EMI Parlophone.
Com a assinatura do contrato, o baterista foi dispensado e, em seu lugar, entrou Ringo Starr, resultando na formação que ficou conhecida mundialmente. McCartney escreveu as principais canções românticas do Beatles. “Yesterday”, escrita por ele, é a música mais regravada por outros artistas em todos os tempos. No auge da fama, em 1966, a banda parou de fazer shows ao vivo, Brian Epstein morreu e John Lennon, depois de conhecer Yoko Ono, passou a ter novos focos na vida.
McCartney, então, tentou se tornar líder da banda e, assim, entrou em conflito com Lennon. O músico ainda tentou convencer os outros Beatles a retomar as apresentações ao vivo, o que não aconteceu. No dia 10 de abril de 1970, Paul anunciou oficialmente em entrevista coletiva o fim da banda.
Paul is dead
Uma das maiores conspirações do mundo pop é a lenda sobre a morte de Paul McCartney e sua substituição por um sósia, em 1966. Com o nome de Paul is dead (Tradução livre: Paul está morto), os boatos começaram logo após o lançamento do álbum Revolver – quando os Beatles pararam com os shows ao vivo – baseados em um acidente de motocicleta, sem maiores consequências, sofrido por Paul. A história é cheia de evidências. Para saber mais, clique aqui.