Representante maior da Jovem Guarda, um dos principais movimentos musicais da década de 1960, a cantora Wanderléa é a “cereja do bolo” do documentário musical 60! Década de Arromba, dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer e que chega aos palcos no próximo dia 29 de novembro. A cantora participa pela primeira vez de um musical, interpretando ela mesma. O espetáculo utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
“60 foi uma década muito importante em vários aspectos: nas artes, no esporte, nos movimentos sociais e políticos e no avanço tecnológico. Descobri durante o processo da peça que estávamos fazendo um documentário musical, em que cantamos toda a história sem utilizar nenhum personagem real. A única personagem que trazemos para a cena é a Wanderléa, interpretando ela mesma. Um luxo”, conta o diretor Frederico Reder.
O momento era de grande agitação política, jovens reivindicavam seus direitos pregando a bandeira o amor. Wanderleia embalava os sonhos de milhões de brasileiros com os versos bem apropriados para a época na música É o Tempo do Amor. Fruto de uma extensa pesquisa feita por Frederico Reder e Marcos Nauer, 60! Década de Arromba – Doc. Musical fica em cartaz quinta e sexta às 21h, sábado às 18h30 e 21h30 e domingo às 20h, até o dia 18 de dezembro, no Theatro Net Rio.
O espetáculo inicia com um prólogo em 1922 contando a chegada do Rádio no Brasil, para em seguida mostrar o início da Televisão e aí sim, sua popularização na década de 1960. A partir daí a peça narra os principais acontecimentos, apresentando mais de cem canções dos mais diversos gêneros. De Roberto e Erasmo, passando por Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto, Elvis Presley, Beatles, Tony e Celly Campello, Bibi Ferreira, Edith Piaf, Tom e Vinicius, Milton Nascimento, Gil e Caetano, Maysa, Geraldo Vandré e tantos outros nomes importantes na música.
Se hoje em dia a discussão em torno do empoderamento feminino está em alta, já em 1960 mulheres marcaram época com frases que deram o que falar. “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” afirmava a escritora francesa Simone de Beauvoir. Marilyn Monroe fazia sucesso e bradava “mulheres comportadas raramente fazem história”. Aqui no Brasil, mulheres como Leila Diniz também não ficavam atrás com atitudes e frases que marcaram história, como: “Na minha cama deita quem eu quiser”.
Ícone pop da década de 1960, Wanderléa sempre foi considerada um símbolo de vanguarda. Primeira mulher a posar nua grávida para uma foto e pioneira no uso das minissaias e do silicone, contribuiu para os direitos e a liberdade das mulheres de sua geração. “Fiquei muito emocionada em receber esta homenagem justamente quando a Jovem Guarda completa 50 anos. Ainda mais estreando neste palco, onde fiz shows memoráveis como ‘Maravilha’ e ‘Feito Gente’. Nunca havia imaginado integrar um grande musical”, diz Wanderléa.
Produzido pela Brain+ em parceria com a Reder Entretenimento e a Estamos Aqui, “60! Década de Arromba” é uma superprodução com 20 cenários, 10 toneladas de material cênico e mais de 300 figurinos, e além dos 24 atores, conta também com uma orquestra de 10 músicos.
“Escrever um doc. Musical foi começar do zero. Definimos que não seria biográfico e não seria ficcional, sem dramaturgia clássica. Tudo que está em cena se originou do documental, do fato, da história real. Não há personagens definidos, o elenco em cena são todas as pessoas que viveram aquela época. As músicas cantadas na cronologia em que foram lançadas e fizeram sucesso. O espectador acompanha a narrativa do espetáculo ano a ano, relembra sua história e descobre novos acontecimentos”, conta o autor Marcos Nauer.
Um espetáculo construído a partir de canções conhecidas de todo o público, feito para toda a família, que mistura humor, números de circo, ilusionismo e cheio de emoção. Uma história cantada com fatos e músicas memoráveis. No repertório não faltam sucessos como Banho de Lua, Biquíni de Bolinha Amarelinha, Beijinho Doce, Lata D’água, Travessia, Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, Era um Garoto que como eu Amava os Beatles e os Rollings Stones, Ponteio, Nós Somos Jovens, Filme Triste, Prova de Fogo, Pare o Casamento, Calhambeque, e outras internacionais como Blue Moon, La Bamba, Non Je Ne Regrette Rien, Yellow Submarine, I say a litlle prayer for you, entre tantos outros. Uma verdadeira viagem no tempo!
SERVIÇO:
60! DÉCADA DE ARROMBA – DOC. MUSICAL
Theatro Net Rio – Sala Tereza Rachel. Rua Siqueira Campos, 143 – Sobreloja – Copacabana. (Shopping Cidade Copacabana).
Ingresso:
Direito à meia entrada e descontos: http://www.theatronetrio.com.br/pt-br/bilheteria.html
Pré-estreia: 24, 25, 26 e 27 de Novembro.
Estreia: 29 de Novembro.
Temporada: 1 a 18 de dezembro de 2016.
Horário: Quinta e Sexta às 21h / Sábado ás 18h30 e 21h30 / Domingo ás 20h
Ingressos: Quinta e Sexta: R$ 160,00 (plateia e Frisas) R$ 120.00 (Balcão I) R$ 50,00 (Balcão II) R$ 25,00 (Visão Parcial)
Sábado e Domingo: R$ 180,00 (Plateia e Frisas) R$ 140,00 (Balcão I) R$ 50,00 (Balcão II) R$ 25,00 (Visão Parcial)
Classificação: 12 anos.
Duração: 150 minutos.