Abigail e a Cidade Proibida chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12). O filme foi dirigido pelo russo Aleksandr Boguslavskiy (Mentes em Jogo). O filme conta com uma trama promissora, porém se perde um pouco no meio do caminho.
O enredo do longa gira em torno de Abigail Foster (Tinatin Dalakishvili), que vive em uma cidade com suas fronteiras fechadas há mais de 100 anos, seus governantes alegam tentar proteger os habitantes de uma doença altamente contagiosa. Neste contexto qualquer um identificado como portador do vírus é levado pelas autoridades, e seu destino permanece desconhecido.
Quando nossa protagonista tem 6 anos, seu pai Jonathan Foster (Eddie Marsan), é levado, e ela passa a ser criada apenas pela mãe, até que algo dentro dela desperta, e faz com que a garota passe a buscar respostas. Aos poucos ela vai descobrindo os verdadeiros motivos por trás desse isolamento, e as mentiras contadas durante todos esses anos por quem está no poder.
Mesmo com premissa interessante, e de ser visualmente muito bonito, o filme sofre com a falta de desenvolvimento da história, que não se aproveita de aspectos interessantes como a magia e os flashbacks, por exemplo. A história dos personagens, seja qualquer for a mensagem que a dupla de roteirista Aleksandr Boguslavskiy e Dmitriy Zhigalov queria passar, ficou um pouco superficial e um tanto arrastada.
Falta de carisma é algo que atinge grande parte dos personagens, o mocinho Bale (Gleb Bochkov) é inexpressivo, além de não ter a menor química com protagonista. Aqueles com os quais a gente tende a se preocupar pouco aparecem em tela, o destaque mesmo vai para Eddie Marsan, que interpreta o pai de Abigail, e funciona como uma espécie de mestres dos magos, aparecendo em momentos oportunos e cheio de enigmas, e Kaitlyn McCormick que interpreta a Abigail criança.
O longa consegue, de um modo geral, divertir, mas você dificilmente vai se lembrar que assistiu Abigail e a Cidade Proibida daqui a seis meses.