Quem folheou revistas dos anos 70 e 80 já deve ter se deparado com vários anúncios vintage de beleza. Também deve ter se perguntado o porquê de só ter modelo branca, loira, magra, cis e outras características que foram padrão de beleza por anos. Com a fotógrafa Julia Comita e a maquiadora Brenna Drury, ambas de Nova York, não foi diferente e, portanto, criaram a série de fotos Prim-n-Poppin’.
O projeto recria esses anúncios, em sua maioria de maquiagens, mantendo as características da época, mas substituindo as modelos por outras que quebram esses padrões limitados, como as trans, negras, plus sizes, e assim vai. “Julia e eu nos perguntamos: ‘Como seria o futuro hoje se esses anúncios tivessem sido o padrão do passado?’ Como criativos, queremos desafiar a indústria a assumir a responsabilidade por seu marketing e comece a diversificar seu pool de talentos”, conta Brenda à revista Glamour do Reino Unido.
Além disso, a campanha também conta com entrevistas dadas pelas modelos. Uma delas é a de Maria Rivera, modelo trans que está no anúncio Maybebabie. “Quando eu era mais jovem, fazer parte do mundo da beleza era apenas um sonho para mim”, conta a modelo, que, aliás, já foi miss.
“Isso representa todos os sonhos de todos os jovens transgêneros de ter liberdade para escolher, desfrutar e viver suas vidas, com seu estilo de vida e preferências sexuais, sem qualquer preconceito ou necessidade de se adequar aos moldes e normas da sociedade”, continua.
O Prim-n-Poppin’ também lista as marcas de beleza, as agências de modelos e grupos de educação em beleza que prezam pela representatividade. Bem como oferecem recursos de saúde mental para a comunidade LGBTQ+.
E aí? Como seria o futuro hoje se esses anúncios tivessem sido o padrão do passado? Sem dúvida não teríamos a depressão, a ansiedade e suas consequências como o mal do século hoje.