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A vida sem internet e as coisas legais que você fazia offline

1 de julho de 2015, por Stefanny Lima
Lifestyle

É fato que, antes da ascensão da internet, fazíamos muitas coisas legais. Todo mundo tem uma lembrança favorita desse período em que tínhamos os ponteiros do relógio a nosso favor. Um detalhe que não mudou, porém, parece que, neste século, vivemos com o botão emergência ativado. Uma influencia da websfera que nos deixa mais ansiosos que o normal e nos faz atropelar muitas coisas que poderíamos fazer e usufruir com calma.

Você se lembra qual foi a última vez que realmente aproveitou o dia, longe das redes sociais e sem celular? Anos 1980? 1990? Faz tempo, não é mesmo? Mas, nada como uma boa dose de nostalgia para relembrarmos que também éramos muito legais sem internet. Eis algumas distrações que, bem lá no fundo, você sabe que sente muita, muita falta:

– Escrever cartas

escrever carta

(Foto: Reprodução)

Antes dos e-mails e dos chats online, cartas eram as grandes geradoras de conversas. Fossem curtas ou longas, não importava! Você poderia desabafar o quanto quisesse em muitas, muitas, muitas folhas, ciente de que a pessoa do outro lado lhe daria a devida atenção. Não só isso, como responderia com a mesma (ou mais) quantidade de palavras.

Não havia nada mais mágico que terminar de escrever, passar o dedo cheio de cola no envelope e correr para os correios. E a ansiedade da resposta? Todo dia, lá estava você, conferindo se o envelope das amigas/dos amigos estava na soleira da porta. Era, e ainda é, um ato apaixonante!

– Falar ao telefone 

falar no telefone

(Foto: Reprodução)

Cartas eram enviadas para quem morava longe e perto. Porém, a saudade também poderia ser amenizada com horas e horas no telefone. A antiga tormenta dos pais que amavam berrar “desliga esse negócio!”. Quem é que nunca ficou de castigo só por usá-lo demais, né? Não pelo valor, nada disso, mas pelo tempo de duração da chamada.

Quem é que não foi vitimizado pelos telefones com chave? Afinal, 1 hora de tagarelice era muito pouco, ainda mais na adolescência. Mesmo que você visse as amigas todos os dias, era incrível chegar em casa pós-aula e já correr para o telefone fofocar sabe-se lá o quê.

– Ir ao cinema

cinema

(Foto: Reprodução)

É óbvio que ainda há mortais do bem que apreciam a 7ª arte de pertinho, um comportamento cultural que ainda não morreu (amém!). Mas assim como as mensagens instantâneas “mataram” as cartas, os dowloads “mataram” a ida semanal ao cineminha.

Isso tem seus pontos positivos e negativos, pois ir ao cinema hoje em dia está bem carinho. Contudo, lá no passado, as pessoas gastavam tudo que podiam por um bom filme. Elas faziam questão de chegar cedo na fila para brigar pelos melhores lugares. Quem é que não sofreu na época em que Titanic foi lançado, certo? Não havia assento marcado como hoje em dia, mas nada disso impedia a diversão. Era sagrado, como guardar o ingresso de cada longa assistido.

– Álbum de fotografias

álbum de família

(Foto: Reprodução)

Lá no século 20, um hábito costumeiro das famílias era sentar e ver vários álbuns de fotos, afim de resgatar o passado. Uma atitude dos avós, que passava para os pais, e que atingia as gerações futuras.

Vale até uma menção honrosa para a revelação de fotos, mais torturante que ver o download cancelar por causa da internet discada. Quem não torcia para nenhuma queimar? Adrenalina pura!

– Fitas VHS/Mixtapes

fita k7

(Foto: Reprodução)

Cartas eram um meio impressionante de expor sentimentos. O mesmo vale para as falecidas fitas. As filmagens caseiras registravam momentos ou homenageavam alguém. Bastava colocar a câmera em um bom ângulo e apertar o botão vermelho/REC para ser feliz.

O mesmo vale para as fitas cassetes, em que você podia gravar uma sequência de músicas para dar de presente ou para tentar conquistar a/o crush. Tudo feito com muito carinho, pois se era uma coisa muito fácil de acontecer era a fita enroscar e todo o trabalho ser perdido.

– Discotecas

discoteca

(Foto: Reprodução)

Nada de “balada”. No final de semana, a turma ia dançar com os amigos e a azaração era mera consequência. O mesmo vale para os adolescentes que iam nas matinês e, com sorte, davam o primeiro beijo. Ou, na pior das hipóteses, pagava um mico épico que se espalhava pela escola com mais eficácia que um viral.

Quem não se lembra das fumaças e dos globos coloridos que dava todo o ar “disco” à festa?

A criativa vida offline

A criatividade foi a grande responsável em tornar o mundo no status offline sensacional. Algo muito a ver com o desejo de buscar coisas novas. Não só isso, como de se esforçar para estar com alguém e de tornar cada momento mais proveitoso.

Sem a facilidade da banda larga, buscar novas músicas, novos livros, novas amizades era uma questão de ir atrás. Havia muito prazer nisso, o que conferia muitos níveis de valor sentimental.

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2 Responses

  1. IsisRenata

    Nostalgia é pouco. Sou adepta até hoje do telefone, e não ligo porque sei que as pessoas já não tem mais paciência para ficar horas e horas falando, ahhh que saudade!.
    Meu Deus, eu já gravei muita vita cassete e muita fita tape com bobagens para rever depois :B
    E não abro mão do cinema e nem abrirei, só gostaria de ir mais vezes (tá carinho mesmo rs)

    beijos e demais esse texto.

  2. Pedro Lopes

    As coisas antigamente poderiam não ser tão fáceis como antigamente, mas havia um prazer em buscá-las e depois sentir o sabor da conquista e isso é uma coisa que a atual geração e as futuras não irão experimentar. Tá tudo fácil demais e isso, de certo modo, acaba atrapalhando. Sem falar que vivemos mais ansiosos, querendo saber de tudo o que acontece, no momento em que acontece.

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