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Análise: The Beatles – Get Back mostra a boa vibe que Let it Be não mostra

29 de novembro de 2021, por Leila Benedetti
Cinema & TV
The Beatles - Get Back

Durante os dias 25, 26 e 27 fomos presenteados pela Disney+ com a série documental The Beatles – Get Back com três episódios de entre duas e três horas de duração cada. Isso proporcionou um fim de semana regado a sessões de cinema entre os fãs dos Fab-four, bem como uma análise para nós aqui do UR

Para este documentário, o cineasta Peter Jackson resgatou um conteúdo inédito dos Beatles trancado em um cofre por 50 anos e nunca antes reproduzido. São 60 horas de vídeo, assim como mais de 150 horas de áudio registrados pelo diretor de TV Michael Lindsay-Hogg, que acompanhou o grupo durante o mês de janeiro de 1969.

The Beatles - Get Back
(Os Beatles – e Yoko – nas sessões de gravação do álbum Let it Be. | Foto: Ethan A. Russell/Apple Corps. Ltd.)

O que foi usado para este novo documentário são, na verdade, gravações brutas para o filme Let it Be. Este longa lançado pelos Beatles em 1970 tinha como foco o processo de gravação do então futuro álbum homônimo. Seu conteúdo começa no ensaio das músicas no Twickenham Film Studios, passa pelas gravações na Apple Studios e, por fim, termina no icônico Rooftop Concert

Mas a produção foi editada de forma que exibisse apenas os momentos tensos da banda, além de mostrar Yoko constantemente “na cola” de John Lennon. Este longa levou a fama de “filme sobre o fim dos Beatles” e ainda deu uma má impressão sobre a esposa de John.  

The Beatles - Get Back
(Os Beatles ensaiando na Twickenham Film Studios. | Foto: Linda McCartney/Apple Corps. Ltd.)

The Beatles – Get Back chegou para mostrar a verdade sobre aquele período mostrado em Let it Be. Peter Jackson exibiu os brutos que, de acordo com ele, receberam o mínimo possível de cortes. O resultado foi a exibição de todos os momentos, sejam eles tensos, divertidos e de amizade entre o grupo. Inclusive, o documentário mostrou que havia boa convivência entre Yoko e os demais beatles, além de detalhar mais a presença da então pequena Heather, enteada de Paul McCartney, em um dos dias de gravação.

Sobre a parte técnica do documentário, a remasterização das imagens é um dos pontos que chamam muita a atenção dos entusiastas pelo ramo do audiovisual. Ela nos traz muita nitidez e uma sensação de ser uma gravação nova, com um foco melhorado e sem nenhum ruído causado pelo tempo ou por ter sido extraído de um filme de rolo. Ainda, essas imagens ganharam transições que simulam um calendário de janeiro de 1969, nos fazendo acompanhar mais de perto a agenda dos Beatles naquele período. 

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