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As mulheres das capas dos álbuns e singles do grupo britânico The Smiths

13 de março de 2017, por Claudio Lima
Música
The Smiths

The Smiths, uma das principais bandas britânicas da década de 80, liderada pelo vocalista Morrissey, utilizou como capa de seus álbuns e singles diversos artistas e ícones históricos de vários segmentos, desde cantores, atores e atrizes, escritores, entre outros. Aproveitando o Mês da Mulher, selecionamos algumas capas que contaram com personalidades femininas, vale a pena conferir um pouco sobre cada uma delas:

1 – Billie Whitelaw: William it was really Noghing, 1984

A capa alternativa do álbum William it was a really nothing é estampada pela atriz inglesa Billie Whitelaw, em cena do filme dramático britânico Charlie Bubbles (1967).

The Smiths

Capa alternativa do álbum “William it was a really nothing”, estampada pela atriz inglesa Billie Whitelaw, em cena no filme Charlie Bubbles, 1967 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Ao longo de sua carreira, a atriz participou em mais de 200 peças, filmes e séries e ganhou prêmios por seu papel no programa de televisão The Sextet (1972), e nos filmes A morte tem cara de anjo (1968) e A Profecia (1976). A britânica foi considerada, no universo teatral, a melhor intérprete feminina das obras de Samuel Beckett. Whitelaw era descrita pelo famoso dramaturgo irlandês como “uma atriz perfeita”. Ela faleceu em 2014, aos 82 anos.

2 – Viv Nicholson: Barbarism Begins at home, 1985

Barbarism Begins at home é um single do álbum Meat is Murder. O EP é composto por 3 canções: Barbarism Begins at home, canção de 7 minutos; Shakespeare’s Sister, com 2:09 e Stretch Out And Wait, com 2:37. Na capa, vemos Viv Nicholson com uma mala, indo para Malta gastar dinheiro, depois que uma tragédia levou quase tudo que restou de sua fortuna.

Vivi Nicholson

Vivi Nicholson no ‘Barbarism Begins at home’ de 1985 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

A britânica ficou famosa após ela e o marido ganharem na loteria inglesa no ano de 1961. Com seu estilo consumista e esbanjador, gastou toda a fortuna com compras de carros luxuosos, casacos de peles, roupas, jóias, viagens de férias, entre outras excentricidades. Após o falecimento do seu marido, Keith Nicholson, em um acidente de carro em 30 de outubro de 1965, sua fortuna foi reduzida a zero, chegando assim a falência.

Após um longo período de dificuldades com álcool e drogas, ela tentou recuperar sua fama gravando o single “Spend, spend, spend”. Chegou a fazer alguns shows, porém sem sucesso e abriu temporariamente uma boutique que também não obteve exito. E em 1976 se converteu a religião, se tornou Testemunha de Jeová e lançou sua autobiografia. Morreu em 2015, após um surto de demência.

3 – Pat Phoenix: Shakespeare’s Sister, 1985

A capa do álbum Shakespere’s Sister de 1985 foi estrelado pela atriz britânica Pat Phoenix. A foto é de sua personagem Elsie Tanner na novela Coronation Street.

Pat Phonix

Pat Phonix na capa ‘Shakespeare’s Sister’ de 1985 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Phoenix, que fumava até 60 cigarros por dia, foi diagnosticada com câncer de pulmão em março de 1986, após um colapso em sua residência. Ela continuou trabalhando após seu diagnóstico, escondendo sua doença da maioria das pessoas, incluindo seu amante, Antony Booth. No verão de 1986, sua condição se deteriorou, forçando-a a passar por um tratamento mais extenso e confirmando a especulação leve na imprensa que ela tinha problemas de saúde. Mais tarde, vazou que ela tinha apenas semanas para viver e tinha sido dado os seus últimos ritos.

4 – Yootha Joyce: ASK (1986)

Yootha Joyce é a mulher que estampa a capa do álbum ASK, de 1986, que conta com as canções Ask, Cemetry Gates e Golden Lights.

Yootha Joyce

Yootha Joyce no álbum “Ask” de 1986 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Entre as décadas de 1960 e 1970, Yootha tornou-se um rosto familiar em muitos papéis de sitcoms, além de ser elenco de apoio em diversos filmes. Seu talento para comédia também foi usado com bons resultados em programas como Steptoe and Son e On the Buses. Ela fez aparições nos filmes Catch Us If You Can (1965), Um homem para todas as estações (1966) e Charlie Bubbles (1967), ao lado de Billie Whitelaw, que está no álbum de 1984, como visto acima.

5 – Shelagh Delaney: Louder Than bombs (1987) e Girlfriend in a coma (1987)

Dois álbuns de 1987 são estampados pela escritora Shelagh Delaney, Louder Than bombs (1987) e Girlfriend in a coma (1987). Segundo Morrisey, em declaração à NME, 50% da razão de escrita dele é atribuída a Shelagh.

Shelagh Delaney

A escritora Shelagh Delaney (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Shelagh Delaney

Shelagh Delaney no álbum ‘Girlfriend In A Coma’, 1987 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Shelagh Delaney é uma dramaturga britânica e ficou reconhecida depois da premiada peça A Taste of Honey, escrita por ela quando tinha 19 anos, em 1958. O espetáculo também virou filme, três anos depois.

6 – Candy Darling: Sheila Take a Bow, 1987

O álbum Sheila Take a Bow de 1987 é estampado pela atriz e modelo transexual Candy Darling, que ficou conhecida por atuar nos filmes de Andy Warhol.

Candy

Candy no álbum ‘Sheila Take a Bow’ (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Candy teve um papel bastante significativo para a história do cinema, ao quebrar barreiras quanto a sua sexualidade e até inspirando canções de Lou Reed. A atriz teve uma história de vida difícil, rejeitada pelo pai homofóbico, mesmo no auge da “fama”, dormia nos sofás das pessoas, tomava hormônios femininos e resistiu a fazer a cirurgia de mudança de gênero.

Em 2010 foi lançado o documentário Beautiful Darling, dirigido por James Rasin sobre ela. A estrela transexual de Andy Warhol, é uma reflexão triste sobre a veneração insana das estrelas de cinema. Ela morreu aos 29 anos, em 21 de março de 1974.

7 – Avril Angers: I Started something I couldn’t finish, 1987

Em I Started something I couldn’t finish, álbum de 1987, quem está na capa é a atriz inglesa Avril Angers, com imagem do filme Lua-de-Mel ao Meio-Dia (1966).

Avril Angers

Avril Angers no álbum ‘I Started something I couldn’t finish’, 1987 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Avril foi uma das primeiras mulheres comediantes stand-up. Em 1961, interpretou Norah Dawson na Coronation Street. Com vários papéis na televisão e no cinema, um de seus melhores personagens, foi o da mãe mal-humorada de Hayley Mills na versão cinematográfica de Bill Naughton, The Family Way (1966).

8 – Alexandra Bastedo: Rank, 1988

No álbum Rank de 1988, a atriz Alexandra Bastedo é quem está na capa. A foto, feita por John D.Green, foi retirada do livro Birds Of Britain.

álbum Rank

Alexandra no álbum Rank de 1988 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Nascida em 9 de Março de 1946, na Inglaterra, Alexandra ficou bastante conhecida com o seu papel como agente secreto em 1968, na série de ficção científica The Champions. Alexandra era vegetariana e resgatava gatos, cavalos, porcos e diversos animais, o que a motivou a fundar a Alexandra Bastedo ABC Animal Sanctuary, um espaço dedicado à animais abandonados.

9 – Sandie Shaw: There is a light that never goes out, 1992

No álbum There is a light that never goes out (1992), vemos o rosto da cantora inglesa Sandie Shaw, que gravou um cover de Han in Glove tendo Smiths como de apoio em 1985.

Sandie Shaw

Sandie Shaw no álbum There is a light that never goes out, 1992 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Sandie Shaw é o pseudônimo da cantora Sandra Goodrich, que ficou famosa pela Europa por ter vencido o Festival Eurovisão da Canção (1967). Ela é conhecida por ser uma das heroínas musicais de Morrissey.

10 – Diana Dors: Singles (Coletânea), 1995

A atriz inglesa, Diana Dors, no longa Meu amor, Minha Ruína (1956), estampa a capa da coletânea The Smiths Singles. Diana também apareceu também na capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles (1967) e no clipe  Prince Charming dos Adam and the Ants em 1981.

Diana Dor

Diana Dor no álbum “Singles”, 1995 (Foto/Montagem: Reprodução/Universo Retrô)

Nascida como Diana Mary Fluck, a atriz teve uma carreira significativa, embora seus últimos trabalhos tivessem um tom mais pornográfico. Mesmo não tendo o mesmo sucesso em Hollywood, ela será sempre lembrada por ter sido a primeira ‘bombshell’ da Inglaterra. Com à Jean Harlow, Jayne Mansfield e Marilyn Monroe, elas formaram a santíssima quadrindade das loiras platinadas do cinema.

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