A moda dos anos 50, de um modo geral, é a preferida pelos amantes do vintage. É a década que tem como maiores ícones Elvis Presley, James Dean, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn.
Audrey, esguia e alta, transformou as sapatilhas rasas, sem salto algum, em objeto de desejo. As adolescentes e jovens adultas adotaram o estilo da estrela de cinema, combinando as sapatilhas com saias ou mesmo calças. A marca Capezio era a mais badalada, e fabricava sapatilhas que deixavam partes dos dedos do pé visíveis.
Além de Audrey, outra estrela de cinema que influenciava bastante a moda era Elizabeth Taylor. Assim como Liz, muitas mulheres usavam grandes vestidos em festas e jantares, de modo que o sapato usado com eles podia ser bem discreto, para que o vestido fosse o centro das atenções. O salto era alto e muito fino, dando sex appeal a quem o usasse.
Usar sapatilhas em eventos sociais se tornou mais que aceitável. No começo da década, o bico das sapatilhas sociais era muito fino, e no final ele ficou mais redondo. Os materiais das sapatilhas se diversificaram, e os modelos de noite contavam com pedrarias e brilho.
As mulheres no dia a dia usavam sapatos de salto baixo ou médio, com bicos redondos ou quadrados. Estes modelos eram chamados de baby dolls e vinham em diversas cores, das mais vivas ao pretinho básico indispensável. As plataformas dos anos 40, com laço ou fivela no tornozelo, continuaram no guarda-roupa de todas as donas de casa, e podem ser vistas em episódios de I Love Lucy.
Os sapatos Mary Jane (com uma única fivela) eram usados pelas meninas até certa idade, quando elas os trocavam por sapatilhas sem fivelas. Muitas estudantes gostavam de sapatos brancos limpíssimos, muito semelhantes a sapatos de enfermeiras ou botas ortopédicas atuais. Afinal, nem tudo podia ser glamour.
Num cruzamento de moda masculina e feminina estavam as ghillies, uma espécie de Oxford com amarração na perna. Este modelo era muito bom para dançar.
Os pés masculinos não viram muitas modificações na década. Os modelos eram os mesmos dos anos 1940, com uma ou outra mudança de material e mais variedade de cores. Um dos produtos desta experimentação de cores e texturas foi o blue suede shoe, mocassim de camurça em tom azul marinho imortalizado por uma música de Elvis Presley.
Mas tudo mudava quando tratamos da “juventude transviada”, os jovens rebeldes dos anos 50. Os sapatos preferidos entre eles eram tênis Converse All Star, modelo criado em 1957, e botas de cano longo ou médio, ideais para andarem de moto.
Embora os sapatos vendidos no mercado como “inspiração retrô dos anos 50” sejam semelhantes entre si, com salto médio e bico redondo ou levemente pontudo, lembrando até o exagerado estilo Lolita, esta foi uma década de muita variedade nos calçados e o começo do costume de lançar moda focando nos jovens.
Através de séculos, os sapatos foram conquistando o fetiche, a sedução através deles e hoje fazem parte do dia a dia
das mulheres. Os sapatos assumem a condição de objetos de desejo das mulheres e valorizam as pernas, silhuetas
e até a personalidade daquelas que os usam.
No decorrer da história os sapatos exerceram total fascínio sobre as mulheres.