Brigitte Bardot, para os mais íntimos BB, completa 81 anos neste segunda-feira, dia 28 de setembro. Além da beleza singular, que a tornou símbolo sexual dos anos 60, e da trajetória como atriz, cantora, bailarina, ícone de moda e ativista dos direitos dos animais, o que mais podemos dizer sobre essa diva francesa é que ela sempre foi uma pessoa muito intensa e polêmica!
Nascida Brigitte Anne Marie Bardot em 28 de setembro de 1934, em Paris, a atriz começou sua carreira em 1957 após protagonizar o polêmico filme “E Deus Criou a Mulher”, produzido por seu marido na época (Roger Vadim). Aliás, casamentos não faltaram em sua vida. Conhecida como “devoradora de homens” pela rapidez com que começava e terminava seus relacionamentos, BB casou-se 3 vezes e teve um filho (Nicholas Jacques Charrier), o qual ela deixou com o pai quando se separaram.
Após sua estreia no cinema vieram muitos outros filmes (mais de 40 atuações), polêmicas e sua interpretação na música “Je T’aime… Moi Non Plus” com o cantor e compositor Serge Gainsbourg, o qual teve um tórrido romance. Em 1973, Brigitte Bardot protagonizou juntamente com Jane Birkin a liberação sexual francesa. Chocaram o mundo interpretando uma cena de amor lésbico no filme “Don Juan”. Bardot sempre esteve à frente de seu tempo.
Impactou a beleza de sua época com um corpo cheio de curvas, abusando de decotes , saias curtas e roupas coladas ao corpo. Tudo isso de forma natural e que fazia parte de sua personalidade forte e extremamente sensual. Bardot se tornou querida pela moda de seu tempo e abusava de acessórios e roupas sensuais. Chapéus de modelo floppys, faixas no cabelo, cinturas marcadas e botas até o joelho eram suas marcas registradas, assim inspirou mulheres de sua época e deixou sua marca para as gerações futuras.
Bardot foi responsável também por popularizar o biquíni e, ousadamente, registrou seu lado livre em Búzios, Rio de Janeiro, onde namorou um brasileiro e apresentou a cidade de pescadores ao mundo, por ter se tornado um local queridinho para a atriz. E exatamente tudo que BB fazia era registrado.
Ela era perseguida por paparazzis e não lidava bem com toda essa exposição. Dessa forma, em 1973, ela registrou sua precoce aposentadoria e decidiu usar sua fama para ser ativista em defesa dos direitos animais, se tornando vegetariana e chamando a atenção do mundo ao denunciar o massacre aos bebês foca no Norte do Canadá (1977).
Em 1986 construiu sua própria fundação e, em 1995, Dalai Lama foi nomeado membro honorário. BB liderou causas contra a caça de baleias, experiências em laboratórios com animais, rinhas entre cães e o uso de casacos de pele. Sempre envolvida em polêmicas, Bardot respondeu a alguns processos como a imigração árabe e a homossexualidade. Brigitte foi processada por entidades muçulmanas, devido às suas críticas aos imigrantes islamitas, ao crescimento de números de mesquitas. Foi também acusada de racismo e suposto incitamento anti-racional contra imigrantes e foi condenada a pagar 5 mil euros em multas.
Bardot já havia declarado ter mantido relações sexuais com uma mulher e não possui nada contra os homossexuais, mas é contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Dias depois da grande polêmica, ela concedeu entrevista a uma revista gay francesa onde negou as acusações de homofobia. A musa, hoje em dia, continua ativista e reclusa, afirmou recentemente ter tentado tirar sua vida algumas vezes por não conviver bem com todo o assédio em cima de sua carreira e vida e por seu filho não ter contato com ela.
Renata, ótima matéria,agora vou sugerir para uma próxima matéria(entrevista) o nome de uma mulher ativista política,filosofa e que está por aqui entre nós.Não tenho ideia de como você poderá encontrá-la mas ela está por aí.Recentemente esteve aqui na UFABC palestrando aos alunos da faculdade. Ela se chama Marilena Chaui.