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Campinas: 8 pontos turísticos (e históricos) para conhecer no interior de SP

12 de abril de 2022, por Leila Benedetti
Destinos
Maria Fumaça de Campinas

A cidade de São Paulo é enorme, isso não é novidade, e muitas localizadas no interior dela já não são tão pacatas como antes. Mas, apesar de não terem mais aquele aspecto de interior, elas preservam mais sua história do que a grande metrópole, e Campinas é um exemplo. São construções datadas entre o final do século XIX e meados do século XX tombadas, preservadas e transformadas em pontos turísticos que contam a história da cidade e faz seus visitantes, moradores do local ou não, voltarem no tempo. 

Confira 8 lugares históricos para conhecer em Campinas

1 – Jockey Club Campineiro

Esse prédio foi construído em 1925 especialmente para ser sede do Jockey Club Campineiro, que foi fundado em 1877. Sua arquitetura foi inspirada nos palacetes franceses do século XVIII e abrigou dois hipódromos até 1974, o do Bonfim e a da Boa Vista. Com o fim das corridas de cavalos, o clube entrou em decadência, mas ainda seguia funcionando, até ser revitalizado décadas depois para abrigar uma boate. Outra atração do local é o famoso elevador, datado de 1906 e o primeiro instalado em toda a cidade, que funciona normalmente e está em perfeito estado de conservação. 

Jockey Club Campineiro
(Sede do Jockey. | Foto: Guilherme Gongra)

2 – Museu da Imagem do Som (Palácio dos Azulejos)

Campinas também tem uma unidade do Museu da Imagem e do Som, fundada em 1975 no Palácio dos Azulejos, que, por sua vez, foi construído em 1878. Assim como todas as outras unidades ao redor do país, ela abriga o acervo audiovisual local, com centenas de equipamentos de produção e reprodução de som e imagem, assim como latas de filmes e suas cópias digitalizadas que contam a história da fotografia, do cinema, da TV e do rádio na cidade.  

MIS de Campinas
(Unidade do MIS de Campinas instalada no Palácio dos Azulejos. | Foto: Reprodução/Trip Advisor)

3 – Catedral Metropolitana

Para os religiosos, especificamente os católicos, a Catedral Metropolitana N. Senhora da Conceição é um bom programa. A catedral começou a ser construída em 1807, mas foi terminada apenas em 1883, e tem como estilo o barroco e o rococó. Hoje, o local recebe mais de 3 mil pessoas diariamente e segue uma programação comum de missas, além de ter uma cripta com sete bispos enterrados aberta para visitação em seu subsolo e um órgão de tubos francês datado de 1883, que conta com apresentações ao público. 

Catedral Metropolitana
(O local recebe mais de 3 mil pessoas atualmente. | Foto: Reprodução/Código 19)

4 – Mercado Municipal

Inaugurado em 1908, o Mercado Municipal foi construído inicialmente para servir como armazém de estocagem dos produtos transportados pela ferrovia Funilense. Onde são abrigadas as peixarias hoje, funcionava antigamente a plataforma de embarque da Estação Carlos Botelho, onde o trem parava para embarcar as sacas. Ainda, o local é um dos comércios mais antigos de Campinas e foi point da elite artística e intelectual da cidade por um longo período. Hoje, o mercado conta com 143 boxes para venda dos mais variados produtos. 

Mercado Municipal
(O Mercado é um dos comércios mais antigos de Campinas. | Foto: Reprodução)

5 – Estação Cultura

A Estação Cultura foi inaugurada em 1884 originalmente como a estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Mantendo toda a pompa da época cafeeira e com seus tijolos importados da Inglaterra, ela preserva sua arquitetura remetente à Era Vitoriana e, em 2001, deixou de funcionar como estação de trem para viagens para abrigar um espaço para atividades culturais promovidas pela Prefeitura. Batizado atualmente de Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos, o local é palco de espetáculos de música, dança, teatro, feiras literárias, gastronômicas, entre outros eventos. 

Estação Cultura
(A estação de trem deixou de funcionar em 2001 para virar um centro cultural. | Foto: Carlos Macapuna)

6 – Torre do Castelo

Antes conhecida como O Castelo D’água, a Torre do Castelo era uma caixa d’água de 27 metros de altura, construída em 1940 em um dos pontos mais altos de Campinas e em um local estratégico para o desenvolvimento urbano da cidade, cujos bairros da região norte eram abastecidos por ela. Nos anos 70, ela virou ponto de visitação ao ganhar um mirante com visão 360° da cidade, podendo enxergar até a Serra do Japi a 40 km de distância, se as condições climáticas colaborarem. Conforme foram passando os anos, a Torre foi ganhando outras atrações, entre elas o Museu Histórico da Sanasa

Torre do Castelo
(A Torre conta com um mirante em seu topo, que permite ter uma vista 360º de toda a cidade. | Foto: Reprodução)

7 – Escola Preparatória de Cadetes do Exército

Um dos ícones arquitetônicos mais admiráveis da cidade, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) teve sua construção iniciada em 1944. Desde a sua inauguração até hoje, o local abriga uma instituição de ensino que seleciona e prepara o futuro cadete da Academia Militar das Agulhas Negras, iniciando a formação do oficial combatente do Exército Brasileiro

Atualmente são 500 alunos das diversas regiões do país em regime de internato, recebendo, além de aulas e instruções, fardamento, alimentação e ajuda de custo. O que funciona no prédio não é muito atrativo, mas vale listar por complementar a beleza da cidade.

Escola Preparatória de Cadetes do Exército.
(Os alunos futuros cadetes estudam na instituição em regime de internato. | Foto: Priscilla Geremias/G1)

8 – Maria Fumaça

O passeio de Maria Fumaça é um dos principais atrativos de Campinas. O antigo trem movido a carvão de 1958 restaurado, mas mantendo suas características originais, parte da estação ferroviária de Campinas e vai até a Jaguariúna, passando por seis estações ao longo do caminho. Logo ao chegar na estação da cidade-destino, é possível conferir a feira de artesanato e provar a cachaça artesanal, além de outras delícias. 

Maria Fumaça
(Maria Fumaça promove passeios turísticos que parte de Campinas para Jaguariúna. | Foto: Reprodução/Viajante Sem Fim)

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