Sempre vemos alguma menção do Copacabana Palace nas épocas de Copa do Mundo ou quando desce Paul McCartney ou Mick Jagger aqui para o Brasil. Agora, o motivo da menção é o seu centenário, que será completado em agosto, mas que já está sendo festejado desde o início deste ano.
Começou com o anual e tradicional baile de Carnaval. Depois, em maio, rolou um jantar de gala com cardápio elaborado por chefs badalados, seguido de um fim de semana regado à atividades gastronômicas promovidas em parceria com a Veuve Clicquot no mês de junho. Ainda, durante essas celebrações, o hotel anunciou os próximos eventos comemorativos a serem realizados em agosto, como um show gratuito do Alok, o espetáculo Copacabana Palace – o Musical, que reabre o teatro do local depois de 30 anos, e, finalizando as festas com maestria, uma grande festa de aniversário em forma de baile real.
Para mais detalhes sobre os eventos que celebram os cem anos do Copacabana Palace, basta permanecer antenado pelos sites de turismo que rondam Google afora. Agora, segue a história de um dos hotéis mais importantes do Brasil e seu centenário, confira.
Os cem anos de Copacabana Palace
Em 1919, quando o Rio era a capital do país, o então presidente da república Epitácio Pessoa pediu ao empresário Octávio Guinle para que construísse um hotel para abrigar os visitantes da Exposição do Centenário da Independência do Brasil, que tinha dimensões grandes e internacionais e estava previsto para acontecer em 1922 na Esplanada do Castelo. Prontamente (e com o acordo de que receberia incentivos fiscais e a licença para instalar um cassino no hotel), Guinle construiu o Copacabana Palace. Este foi o primeiro grande edifício do bairro carioca homônimo, que até então era tomado por pequenas casas e mansões.
Entretanto, o hotel só foi inaugurado em 1923, deixando aqueles que foram à tal exposição vendo navios quanto à hospedagem. O motivo foram diversos problemas burocráticos, de mão-de-obra e naturais, como uma forte ressaca que, em 1922, invadiu os pavimentos inferiores do hotel. Mas tudo ocorreu bem e a festa de inauguração foi um sucesso a nível internacional, chegando até ter a presença da vedete francesa Mistinguett.
Aos poucos e com o passar dos anos, o hotel foi sendo ampliado, aumentando sua capacidade, perdendo o seu cassino com a proibição dos jogos de azar nos anos 40, mas ganhando outros novos espaços de lazer. Além disso, o Copacabana Palace foi palco de muita coisa, desde ambientação de filmes até cena de uma tentativa de assassinato.
Em 1960, quando a capital migrou para Brasília, o hotel foi decaindo lentamente até os anos 70, sendo superado por hotéis mais modernos. Em meados dos anos 80, seu prédio foi ameaçado de demolição, mas foi salvo pelo tombamento federal, estadual e municipal feito pelos órgãos IPHAN, INEPAC e SEDREPAHC, respectivamente. Já em 1989, a família Guinle vendeu o hotel para o grupo Orient-Express (hoje Belmond), que reabilitou o Copacabana Palace modernizando suas instalações, mas sem descaracterizá-las.
